19 DE
ABRIL: aquedutos
a organização em alto grau de perfeição das cidades romanas
FRONTINO
Sextus
Julius Frontinus
(nasceu no
ano 35 de nossa era, morreu cerca do ano 105)
POLÍTICO
ROMANO HISTORIADOR DOS AQUEDUTOS DE ROMA
AS
BASES DA CIÊNCIA
O início
do estudo ABSTRATO nas ciências foi realizado pela primeira vez no mundo pelos
gregos. Outros já tinham feito a medição dos campos, dos terrenos e já tinham
calculado as dimensões da pedras para a construção de seus templos. Mas só com
Tales e aqueles que o sucederam os gregos tiveram o mérito de, por meio e sua
imaginação, retirar, por abstração, as linhas e os ângulos que formam os
objetos. Linhas e ângulos são propriedades percebidas pelos sentidos, não são
objetos que existam na natureza ou coisas que se possam fabricar: são
abstrações.
Os
romanos conservaram as descobertas dos gregos e aplicaram-nas à ação prática.
Estavam empenhados na construção de uma grande pátria, que usou sua força e
extraordinária habilidade para pacificar as diversas tribos brancas selvagens
da Europa. O Império Romano tornou o continente europeu homogêneo e pacífico.
As obras de engenharia de notável complexidade foram realizadas com o uso do
saber teórico desenvolvido pelos gregos.
A quarta
e última semana do mês de Arquimedes apresenta a comemoração dos tipos humanos,
principalmente romanos, que, sem fazer descobertas científicas, aplicaram as
ciências às artes da vida e prepararam os conhecimentos necessários aos
pensadores do futuro. Os pesquisadores que desenvolveram a ciência moderna.
Plínio o Velho é o representante principal desses homens, entre os quais se
vêem autores de tratados sobre agricultura, arquitetura e geografia. Plínio é o
chefe de semana, no domingo que a termina.
Ver o
Quadro 0325 01 B do mês de Arquimedes
Ciência Antiga.
O quadro mostra os grandes homens representantes da criação dos fundamentos do
conhecimento científico na antiguidade.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
FRONTINO foi soldado, governador e alto funcionário nos governos
dos Flavius, de Nerva e de Trajano. Ele ficou famoso como governador da
Bretanha por sua conquista da tribo dos Silures no país de Gales, na antiga
Inglaterra. Foi elevado à alta função de curador das águas no ano 97 e à grande
dignidade de augure na qual teve como sucessor Plínio o Jovem. Os augures eram
membros de um corpo sacerdotal romano para interpretação religiosa do
sacrifício dos animais para conselho aos governantes. Frontino morreu cerca do
ano 105.
Frontino escreveu 4 livros sobre os ESTRATAGEMAS DE GUERRA, mas
seus dois livros AQUEDUTOS DE ROMA, escritos perto do ano 100, constituem sua
principal obra. Esse é um tratado cuidadoso e exato sobre o sistema de
aquedutos, que é parte da organização da cidade de Roma levada a um muito alto
grau de perfeição. Os gregos haviam negligenciado esse assunto, que foi bem
tratado pelos romanos e muito aperfeiçoado por eles.
Plínio o Jovem declarou que não havia nada mais maravilhoso no
mundo do que o aqueduto Claudiano, completado no governo do imperador Cláudio
no ano 50. As cidades gregas eram de extensão média, o país montanhoso e a
organização municipal pouco complicada, encontrando seu abastecimento de água
nos poços e nas fontes naturais. Mesmo nas grandes cidades gregas, como Alexandria
e Siracusa eram fornecidas de água por meio de fontes ou de canais que se
abasteciam dos rios vizinhos.
O aqueduto propriamente dito é um canal muito elevado e
ligeiramente inclinado que leva a água pura a uma grande distância. É uma
invenção que foi criada pelos romanos, muito antiga e aplicada de forma geral
em todo o império criado por Roma. O enorme volume de água que a higiene exigia
entre os romanos tornou indispensável construir o aqueduto para conduzir a água
a grandes distâncias, como se fosse um rio artificial.
No tempo em
que Frontini escreveu, no ano 100 da nossa era, Roma recebia
a água de que necessitava por meio de nove aquedutos, num volume que somado,
equivaleria a um enorme rio correndo em direção à cidade. O mais antigo
aqueduto era o AQUA APPIA, construído
pelo famoso censor Appius Claudius no ano 313 antes da nossa era, mais de 400
anos antes de Frontini. Alguns dos aquedutos tinham mais de 60 e até 80 quilômetros de
comprimento.
Frontini diz com um justo orgulho que essas gigantescas obras de
necessidade do povo ultrapassam de muito por sua utilidade as pirâmides do
Egito e os famosos, mas vãos monumentos da Grécia. Os romanos tinham muito
cuidado com a conservação de seus aquedutos. O diretor principal era um
empregado de alto nível e era um administrador capaz. Um corpo formado com 460
escravos era empregado constantemente na reparação dos aquedutos.
É um fato profundamente característico que os romanos fossem o
único povo da antiguidade que levou ao mais alto ponto essa instituição da vida
civil: o constante abastecimento de água de fonte a mais pura, em quantidade
ilimitada e inesgotável.
É ainda mais impressionante que a mesma perfeição numa das
condições essenciais da civilização não fosse conseguida por nenhum outro povo
antigo.
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