09 DE
ABRIL. NEARCO: imenso progresso para a
geografia científica
NEARCO
Néarque,
Nearchus
(viveu no
período do fim dos anos 300 antes da nossa era)
FAMOSO
ALMIRANTE DE ALEXANDRE AUTOR DE IMPORTANTE VIAGEM AO ORIENTE ANTIGO
AS
BASES DA CIÊNCIA
Os gregos
antigos tiveram grandes filósofos até a obra de Aristóteles. Depois dele, os
pensadores passaram ao estudo das ciências particulares. A filosofia ficou sem
maior desenvolvimento.
Todos os
conhecimentos da época foram registrados pela descrição dos fatos da vida
diária. Anotaram os conflitos políticos, as paixões humanas, a estrutura e as
doenças do corpo humano, todos os fatos que a sua volta ocorriam na
agricultura,à navegação e às outras artes. Mas o que tornou célebres os gregos
antigos foi que descobriram o estudo abstrato dos fenômenos dos seres, pelo
estudo de suas propriedades, dos acontecimentos, das ocorrências.
O início
do estudo ABSTRATO no mundo foi realizado pela primeira vez no mundo pelos
gregos. Outros, como os egípcios, já tinham feito a medição dos campos, dos
terrenos e já tinham calculado as dimensões da pedras para a construção de seus
templos. Mas só com Tales e aqueles que o sucederam os gregos tiveram o mérito de,
por meio e sua imaginação, retirar, por abstração, as linhas e os ângulos que
formam os objetos. Linhas e ângulos são propriedades percebidas pelos sentidos,
não são objetos físicos que existam ou bens que se possam minerar, ou cultivar
na natureza ou produtos obtidos por fabricação.
A função
cerebral da abstração é a forma mais complexa da capacidade da inteligência
humana. Envolve a observação dos fenômenos ou acontecimentos e sua elaboração
mental abstrata. O progresso da ciência em todos os tempos se acelera com
aplicação da pesquisa abstrata. O psicólogo Jean Piaget(1896-1980) confirmou
experimentalmente que as crianças só conseguem pensar abstratamente após cerca
da idade de sete anos.
O
filósofo francês Auguste Comte já tinha identificado o mesmo nos povos
primitivos e nas crianças. Somente quando os povos evoluem da feitiçaria ou
feiticismo, da magia ou animismo é que conseguem pensar no politeísmo em
deuses, que são conceitos abstratos, dotados de propriedades superiores, de
enorme poder. Se assim é, somente povos politeístas poderiam chegar a
desenvolver a abstração científica. Os politeístas da Teocracia Oriental,
embora capazes de criar seus deuses abstratos, não conseguiram criar a ciência
abstrata talvez por ser a casta sacerdotal secreta um poder político
totalitário impedindo a iniciativa da livre pesquisa dos pensadores laicos.
A
terceira semana do mês de Arquimedes mostra os mais destacados astrônomos da
Grécia e da Arábia. Foi na época em que a Astronomia, deixando de ser apenas um
registro de observações dos astros, tornou-se uma ciência abstrata. Somente com
a abstração e as leis abstratas foi possível, pela primeira vez no
mundo realizar uma previsão dos acontecimentos astronômicos futuros.
No posto de chefe de semana está Hiparco no domingo que encerra a semana.
Ver o
Quadro 0325 01 B do mês de Arquimedes
Ciência Antiga.
O quadro mostra os grandes homens representantes da criação dos fundamentos do
conhecimento científico na antiguidade.
Ver o
Quadro 0325 01 B do mês de Arquimedes
Ciência Antiga.
O quadro mostra os grandes homens representantes da criação dos fundamentos do
conhecimento científico na antiguidade.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
NEARCO é o famoso almirante de Alexandre. Era nascido em Creta,
morando em
Amphipolis. Inicialmente lutou como guerrilheiro. Mais tarde,
participou na conquista da Índia como amigo e oficial do imperador Alexandre o
Grande.
Recebeu o comando da frota que foi da foz do rio Indus até o golfo
Pérsico. Essa viagem memorável, dirigida com muita energia e uma grande
habilidade por Nearco durou de setembro do ano 325 antes da nossa era até 2 de
fevereiro do ano seguinte. Nessa data ele chegou a Suse depois de ter
atravessado o golfo Pérsico e subido o rio Tigre. Depois da morte de Alexandre
no ano 323 antes da nossa era, ligou-se a Antigonus e depois a seu filho
Demetrius.
O diário de sua grande viagem, chamado de O Périplo, foi escrito
pelo próprio Nearco. O diário foi perdido, mas temos os seus dados na “História
da Índia” escrita por Arriano, onde os últimos capítulos contém um sumário
completo do relato original.
A descrição de Arriano mostra claramente a perseverança, a
capacidade criativa de recursos e audácia de Nearco nessa primeira investigação
geográfica.
A grande viagem de Nearco é uma memorável realização naval da
antiguidade grega. Foi talvez a primeira viagem de pesquisa nos mares
desconhecidos do Extremo Oriente e em meio das populações selvagens de que não
temos qualquer descrição. Foi imensa sua influência prática sobre a geografia
científica.
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