JULHO 12. Sta. Isabel
Rainha da Hungria: o altruísmo cristão na cavalaria medieval.
SANTA ISABEL DA
HUNGRIA
Sainte Elisabeth de Hongrie, Elizabeth of Hungary, Elizabeth of Thuringia
(nasceu no ano 1207 da
nossa era, em Presburg, Hungria; morreu em 1231, em Marburg, Alemanha)
PIEDOSA TERNURA
FEMININA NO ALTRUÍSMO CRISTÃO DA CAVALARIA MEDIEVAL
A grande contribuição da
Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana
Nesta quarta semana é feita a representação de como agiram
os dirigentes cristãos no governo político. O tipo principal é o rei São Luiz
de França, comemorado no domingo que encerra a semana.
Ver em 0618 C
O QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL,
com o resultado geral do
feudalismo e com os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
SANTA ISABEL (1207-1231)
é o tipo de caridade feminina, representando na Idade Média o poder das
mulheres para dignificar, elevar, a cavalaria feudal. As tradições criaram
lendas de uma vida cheia de milagres, mas os fatos essenciais têm registro
histórico e sua bela personalidade não oferece dúvida alguma.
Filha de André II, rei da Hungria, ela nasceu em 1207. Com a idade
de quatro anos, foi dada como noiva a Luis, filho do príncipe de Turíngia,
Alemanha. Foi educada na corte de seu futuro marido, quando sua graça na
infância e sua santidade de jovem menina se destacaram.
Aos quinze anos de idade, ela se casou com Luis, então já como
duque de Turíngia. Isabel marcou com o casamento o seu ascendente que exerceu
sobre ele durante sua infância. Ele foi, a todos os respeitos, merecedor de seu
amor e tomou por divisa: “Piedosa, Casta, Justa”.
Isabel fez construir um hospital ao lado da montanha em que seu
castelo estava. Ela cuidava pessoalmente dos enfermos, atendendo os doentes
duas vezes por dia, pela manhã e à tarde.
A curta união do casal, que durou seis anos, é representada como o
tipo de felicidade conjugal, da caridade sem limites, da terna solicitude pelos
interesses de seu povo e pelo ascendente espiritual da santidade feminina. As
lendas resultantes de sua graça, sua virtude, beleza, sua doçura, piedade, sua
bondade, abnegação e ternura, estão entre as mais emocionantes de todas as
vidas religiosas, na história dos santos católicos, quase sempre voltados a uma
triste e penosa solidão ou a um misticismo extravagante.
Quando o papa convidou Frederico II a fazer uma nova cruzada, Luis
seguiu o imperador e morreu pela febre na viagem, em Otrante, no ano de 1227. A jovem viúva, que
tinha então 20 anos, se afastou com seus quatro filhos de seu castelo de
Wartbourg. Esse mesmo castelo é que se tornou, 300 anos depois, o refúgio de
Lutero, onde ele terminou sua tradução da bíblia.
Com a perda do esposo, ela vendeu tudo que tinha e foi trabalhar
para criar seus quatro filhos. Com caridade, distribuía sempre o pão dos pobres
e, durante um tempo de fome generalizada na Alemanha, fez uma grande oferta de
trigo ao povo. Por essa caridade, mais tarde, Isabel passou a ser considerada a santa padroeira dos padeiros.
Isabel se negou a ser a regente em nome de seu filho ainda
criança, se retirou de Marburgo com suas filhas e se dedicou inteiramente a uma
vida de penitência e de caridade, sob a direção de seu confessor Conrado.
Depois de alguns anos de sofrimento que ela se impôs a si mesma,
morreu com a idade de 24 anos, no ano de 1231, esgotada, ao que parece, por seu
zelo na caridade e pelas ordens severas de seu orientador espiritual. Morreu
como franciscana, a corda dos frades em torno de seu corpo. Seu túmulo, na
igreja de Santa Isabel em Marbourg, foi um dos lugares de peregrinação na
Alemanha, até que foi violado brutalmente por seu descendente, Philippe de
Hesse, ao tempo da reforma protestante.
Isabel de Hungria é uma
das figuras mais caras à arte, à narrativa e à poesia do catolicismo.
Ela permanece, para sempre, como um tipo inesquecível do poder
exercido pelas mais nobres mulheres da era feudal para colocar o espírito de altruísmo cristão na
cavalaria medieval e para inspirar aos chefes políticos o sentimento do dever
social.
AMANHÃ: Rainha sábia e justa se destaca entre os soberanos da Idade
Média: Branca de Castela.
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