06 DE JULHO: Alexandre III obriga rei inglês a fazer
pública penitência por Becket
ALEXANDRE III PAPA
Alexandre III, Pape; Alexander III Pope, Rolando
Bandinelli
(nasceu cerca do ano 1105, em Siena, Toscana, Itália; morreu em
1181, em Roma)
VIGOROSO PAPA, MEMORÁVEL HABILIDOSO, DEFENSOR DA LIBERDADE DA
IGREJA
As grandes contribuições da
Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana
Nesta terceira semana estão os fundadores da importante vida cultural nos monastérios.
O tipo principal é Inocêncio III, que se colocou entre os mais nobres e
enérgicos papas. Sua biografia está no domingo que termina a semana.
Ver em 0618 C
O QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL,
com o resultado geral do
feudalismo e com os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
Rolando Bandinelli Papa Alexandre
III (1105-1181) estudou
teologia e direito. Tornou-se professor de leis em Bolonha, destacando-se como
importante conhecedor da legislação e como teólogo.
Durante o pontificado de Eugênio II foi
promovido e com o papa Adriano IV foi o principal negociador com o imperador
Frederico Barbaroxa.
Frederico I, chamado de Frederico
Barbaroxa (1123-1190), rei da Alemanha, foi eleito imperador do Sacro Império
Romano em 1152. Ele pensava em restaurar a gloria do Império Romano. Frederico
foi coroado no ano 1155 pelo papa Adriano IV.
Em 1156 o papa Adriano provocou a ira
do imperador contra o papado ao dizer numa carta a ele dirigida que o imperador
tinha a posse das suas terras como feudos pertencentes ao papa. Desde então,
instalou-se um sério conflito entre o imperador e o papa.
Como negociador, Bandinelli mostrou-se
um legado de fino julgamento e de aguda compreensão, capaz de grande sutileza e
de diplomacia. Ele se tornou o chanceler da Santa Sé e cardeal de São Marcos, e
foi um dos mais capazes auxiliares e um dos mais fiéis embaixadores do papa
Adriano IV. Foi então que ele concebeu o audacioso projeto de fundar uma Igreja
Católica independente do poder temporal do imperador romano, dirigindo de
maneira uniforme a cultura de todas as regiões da Europa.
Com a morte do papa Adriano em 1159, o
chanceler Rolando Bandinelli foi eleito papa. Ao mesmo tempo, a facção
conflitante do imperador Frederico Barbaroxa entronizava um anti-papa com o
nome de Victor IV. Rolando Bandinelli tomou o nome papal de Alexandre III. Ele
recebeu a adesão da França, da Espanha, da Inglaterra, da Itália do sul e das
mais importantes Ordens, mas foi obrigado a se refugiar na França durante três
anos sob a proteção de Luis VII.
Nesses tempos, Alexandre se envolveu
com a defesa de Thomas Becket, por serem as idéias dele em substância as mesmas
que as suas. Becket defendia a liberdade do clero em relação ao poder político,
temporal, do rei. Mas o papa foi muito imprudente de apoiar Becket contra o
possante aliado do papado, que foi Henrique d’Anjou, o rei Henrique II da
Inglaterra.
A intervenção de Alexandre III obrigou
que houvesse a conciliação entre Becket e o rei inglês. Mas Becket foi
assassinado pelos homens de Henrique. O papa obrigou o rei Henry II a fazer
penitência em público pela morte de Becket, arcebispo de Canterbury. Mas o rei
continuou aliado a Alexandre III, como antes.
A política discreta e móvel de
Alexandre, nessa conjuntura muito difícil, foi conduzida com uma enorme
habilidade. Sua conduta foi muito correta no ponto de vista dos princípios,
embora, por vezes, com falta de sinceridade. O imperador Barbaroxa, que tinha
feito eleger sucessivamente vários anti-papas, acabou por se submeter, depois
de muitos e longos conflitos.
Alexandre, tendo o apoio de toda a
Itália e de quase toda a Europa, recebeu, em Veneza, 18 anos depois de sua
eleição, a reconciliação formal e a submissão efetiva do imperador Frederico
Barbaroxa. Esse resultado final se deveu ao senado e ao doge ou duque de
Veneza.
Alexandre III morreu em 1181, depois de
22 anos de pontificado, dos mais memoráveis que a história de Igreja Católica
apresenta. Foi Alexandre III que canonizou São Bernardo e Santo Thomas Becket
de Canterbury.
Ele faz a continuação do programa de formação da Igreja medieval forte e independente
que Hildebrando, o papa Gregório VII, começara no século anterior. O projeto de
liberdade da Igreja liga Alexandre III a Hildebrando e ao papa Inocêncio III,
que completou esse importante sistema da Igreja da Idade Média.
Pela primeira vez na história foi
realizada a libertação do governo da opinião, do aconselhamento, da
consciência, fora do domínio coercitivo do governo político. O governo teórico
do sacerdócio no ensino, na consagração, foi feito sem armas, sem violência,
apenas por sua força moral. Foi a efetiva realização do importante preceito
católico de liberdade de consciência–
“A
César o que é de César, a Deus o que é de Deus”.
AMANHÃ: Uma auréola de doçura e
de simplicidade: São Francisco de Assis.
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