sábado, 4 de julho de 2015

0705C SUGER liberdade para as povoações e os trabalhadores da semi escravidão

JULHO 05.   Suger, abade regente: uma monarquia central para a paz e progresso

SUGER
Abade Suger, Suger Abbot
(nasceu no ano 1081 da nossa era, em Paris; morreu em 1151)

ABADE DE ST. DENIS ECLESIÁSTICO HÁBIL ESTADISTA MINISTRO REGENTE DA FRANÇA

As grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da Nesta terceira semana estão os fundadores da importante vida cultural nos monastérios. O tipo principal é Inocêncio III, que se colocou entre os mais nobres e enérgicos papas. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em 0618 C
O QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL,
com o resultado geral do feudalismo e com os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

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QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS


O abade Suger (1081-1151), famoso regente da França, foi ministro do rei Luis VII de 1137 a 1151. Ele nasceu perto de Saint-Omer, em Artois, França, em 1081 de uma família de camponeses.
Suger foi educado na abadia de Saint-Denis, perto de Paris. Na idade de 14 anos, teve como colega de estudo e companheiro o príncipe real que viria a ser o rei Luis VI le Gros. Durante vinte anos, Suger trabalhou nos interesses da abadia, cuidando de suas possessões ou aumentando o patrimônio por meios legais ou por sua habilidade militar. Ele esteve continuadamente empregado em missões para o abade Adam ou para seu amigo o rei Luis VI. Em 1122, Suger, contando então 41 anos, tornou-se o abade de Saint-Denis, mas, na realidade, ministro e principal apoio da monarquia.
Com as normas que Suger colocou por trinta anos, a abadia triplicou suas rendas e se tornou o centro da civilização e o maior baronato do reino. Ele conseguiu elevar ao mais alto grau os recursos materiais e morais da abadia. O mesmo resultado obteve para o reino, fortificando em conjunto um e outro. Ele reconstruiu a igreja de Saint-Denis com uma perseverança extraordinária e lhe deu um grande esplendor. Ela foi consagrada em 1140. A fachada do lado oeste e as torres foram feitas com sua própria mão, e são das primeiras que eram em estilo romano e passaram a ser em estilo gótico.
Suger estabeleceu uma disciplina rigorosa em sua abadia e praticava, ele mesmo, uma severa austeridade. A última das numerosas missões que o rei Luis VI confiou a seu fiel ministro foi realizar o casamento de seu filho com Eleonora de Guienne, que resultou em mais do que dobrar os domínios do reino francês.
Logo depois Luis VI morreu e o príncipe, agora um jovem de 18 anos, passou a reinar com o nome de Luis VII, em 1137. A partir de então, Suger tornou-se efetivamente o vice-rei de França, até sua morte, quatorze anos mais tarde, em 1151.
Em 1146, São Bernardo pregou a realização da segunda cruzada, apesar da viva oposição de Suger, que aconselhava ao rei que se limitasse aos negócios da França. Mas o rei se lançou nessa campanha desastrosa. Pela recomendação de São Bernardo e com o acordo dos prelados e dos barões, Suger foi nomeado o regente do reino.
Por cinco anos Suger se mostrou um dos maiores administradores que a França já teve. Ele manteve a paz e a ordem em todo o país, estimulou o crescimento das cidades, dispensou uma rigorosa justiça e restabeleceu a prosperidade material, usando as riquezas de sua abadia e conseguindo ainda bastante recurso para remeter ao rei na terra santa.
Antes de Suger, o centro da França era um deserto. Ele introduziu a agricultura, a prosperidade se desenvolveu de forma durável e a população do país cresceu. Quando o rei se decidiu voltar à França em 1149, Suger se propôs a chefiar uma nova cruzada. Mas com malária, a morte não permitiu a realização desse projeto. Ele morreu em 1151 aos 70 anos de idade.
Suger foi o primeiro e um dos melhores da longa sucessão de estadistas que fizeram o progresso dos países na Idade Média. Sua idéia mestre foi a criação de uma monarquia central como garantia da paz e do progresso. Seu grande instrumento para isso foi o desenvolvimento das Comunas, povoações de atividade comercial dentro de cada feudo, para com elas obter a supressão da guerra particular entre os barões dentro do país e para evitar a opressão feudal. A Comuna inicialmente estava localizada em terras do senhor feudal, a ele devendo obediência e pagamento.
A liberdade dos trabalhadores feudais, dos servos da gleba, do feudo, fez nascer a atividade comercial foi gradualmente estabelecendo o comerciante como classe do capitalismo nascente, o burguês. Então se organiza o importante sistema capitalista das liberdades civis no fim do feudalismo, cerca dos anos 1100, século XII. Assim nasce a burguesia, na liberdade de uma civilização pacífica e industrial.
Nos séculos seguintes a atividade comercial capitalista gradualmente ganharia riqueza e importância, resultando no desprestigio do clero e da religião bem como no enfraquecimento e extinção da nobreza hereditária na transmissão do capital e do poder político.
Para manter essa política, Suger colaborou muitas vezes com a monarquia colocando-se, ele mesmo, em armas, no comando de sua abadia. Dizia ele que
     “A glória da Igreja consiste na união da realeza com o clero”. Para chegar a esse fim, a política de Suger e dos dois reis de que ele dirigiu a conduta, foi oficializar o foro de liberdade às comunas e cidades e de dar a liberdade aos servos da gleba, aos camponeses medievais, então submetidos à semi-escravidão por seus barões, os senhores donos do território do feudo. “Não se pode abandonar sua tropa à fúria dos lobos, era a recomendação que fazia ao rei. A liberdade dos servos da gleba já era comum, então, apenas na Europa ocidental, a mais adiantada civilização do mundo.
Ele era um erudito, apaixonado pelos poetas latinos e, ele mesmo, era um escritor, deixando uma “Vida de Luiz VI” e outras obras. Suger encorajou as ciências, formou uma grande biblioteca e deu início à famosa “Crônica de Saint-Denis”.
Suger deixou uma profunda impressão no reconhecimento do povo de seu país.


AMANHÃ: Papa Alexandre III: O projeto de liberdade da Igreja Católica livre do comando dos reis




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