08 DE FEVEREIRO.
Praxíteles: maior nome chefe da escola ática de escultura
PRAXÍTELES
(viveu cerca dos anos 380 a 330 antes de nossa era)
MAIOR DOS
ESCULTORES GREGOS DE SEU TEMPO
O Politeísmo Militar Ocidental vence a Teocracia Sacerdotal do
Oriente
Na Grécia a arte coordenou a
política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o
total poder político e mental da casta hereditária dos sacerdotes das
teocracias. O que foi feito pela primeira vez no mundo. Para sempre.
Foi uma guerra entre o politeísmo
militar e o politeísmo sacerdotal.
A arte gera emoções, cria visões
de progresso, visões do futuro.A arte tem, desse modo, o poder de antever o
progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por
humanos.
Nesta semana são consagrados os
poetas líricos e trágicos da Grécia, num período de mais de 1300 anos. A semana
tem como chefe Ésquilo, que a termina.
Ver em 0129-01 C Quadro
do Mês de Homero, a Poesia Antiga,
com os
grandes tipos representantes do mês.
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando
a civilização do futuro.
PRAXÍTELES nasceu em Atenas, de uma família de artistas. É
considerado pelos críticos antigos e modernos como o maior nome da última
escola ática. Ele com Escopas são colocados como os chefes dessa escola.
Escopas, cem anos após Fídias, foi o mestre de Praxíteles, mais
jovem do que ele. Praxíteles viveu e trabalhou principalmente em Atenas, mas
suas obras foram disseminadas em número prodigioso pelo mundo grego inteiro.
Seus principais temas foram os mais jovens e mais belos deuses, sobretudo
Apolo, Artemis, Dionísio e Afrodite. A maior parte dos antigos atribui a ele o
grupo da Nióbia.
Temos preservadas várias cópias romanas de suas obras, como o
estranho Apolo de Sauroctonos, chamado o Apolino,
temos o Sátiro ou fauno do capitólio, a Silene, deusa da lua e os faunos de
Roma e de Florença. Na estátua do Apolo Sauroctonus o deus é mostrado como um
jovem recostado no tronco de uma árvore, quando estava na ação de matar uma
lagarta com uma flecha. Apolo era o deus da profecia, na lenda de Homero. As
funções do deus grego do sol Hélios foram passadas para Apolo, com o nome de
Phebus.
A mais bela produção de Praxíteles, a Vênus de Cnido, era uma das
grandes maravilhas da antiguidade, criando uma nova época na arte da escultura.
Nós temos uma idéia geral dessa estátua em parte pela Vênus do
Capitólio, pela Vênus de Munique e em parte por moedas e medalhas da época.
Reproduções feitas em moedas romanas mostram a sua forma. As mais conhecidas
moedas estão no Museu do Vaticano em Roma e no Museu do Louvre em Paris.
A famosa estátua deu lugar a epigramas, a anedotas e a descrições.
Peregrinações eram feitas para vê-la e o rei Nicomedes ofereceu o valor de sua
dívida nacional aos habitantes para comprá-la. O escritor romano Plínio o Velho
considerou a Vênus de Cnido a melhor obra de Praxíteles, sendo a melhor
escultura em todo o mundo.
A Vênus de Cnido foi considerada como a perfeição da forma
feminina. Para sua execução serviu de modelo a famosa cortesã Frinéia, de quem
Praxíteles foi um amante apaixonado. Alguns críticos atribuíram a Escopas a
inovação da representação de uma deusa completamente nua. Mas a Afrodite de
Cnido foi a primeira estátua nua de uma deusa. A beleza extraordinária da
estátua, talhada no mais belo mármore de Paros junto com o novo impulso dado à
arte da escultura foram uma revolução. Abriram assim a direção para que a
escultura grega fosse, finalmente, destinada à representação das formas
humanas.
Acusou-se Praxíteles de ter reduzido a arte grega ao limitar sua
representação à imagem sensual da beleza física. É verdade que seu ideal foi
sempre a perfeição da beleza unida à juventude aliada, como nos Apolos e nos
faunos, de uma doçura e de uma graça que parecem menos masculinas. Mas não há
razão alguma para supor que em
sua Afrodite de Cnido houvesse outra coisa que uma pureza
ideal e um refinamento original.
Em Olímpia foi descoberta uma escultura de Hermes feita por
Praxíteles que é um dos mais nobres tipos da beleza masculina.
AMANHÃ: Lisipo, escultor da força e da personalidade.
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