09 DE FEVEREIRO.
Lisipo: escultor da força e da personalidade.
LISIPO
Lysippus
(viveu nos anos 300
antes da nossa era, em Sicyon, na Grécia)
ORIGINAL
ESCULTOR GREGO NO TEMPO DO IMPERADOR ALEXANDRE O GRANDE
O Politeísmo Militar Ocidental vence a Teocracia Sacerdotal do
Oriente
Na Grécia a arte coordenou a
política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o
total poder político e mental da casta hereditária dos sacerdotes das
teocracias. O que foi feito pela primeira vez no mundo. Para sempre.
Foi uma guerra entre o politeísmo
militar e o politeísmo sacerdotal.
A arte gera emoções, cria visões
de progresso, visões do futuro.A arte tem, desse modo, o poder de antever o
progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por
humanos.
Nesta segunda semana estão os
escultores, arquitetos e pintores
gregos, conforme suas diferentes
escolas e épocas. A semana finda no
domingo com Fídias, como chefe.
Ver em 0129-01 C Quadro
do Mês de Homero, a Poesia Antiga,
com os
grandes tipos representantes do mês.
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando
a civilização do futuro.
LISIPO viveu em Sicyone, no Peloponeso. Foi contemporâneo de
Alexandre o Grande, que o nomeou seu escultor e decretou que ninguém mais
pudesse pintar seu retrato a não ser Apeles e de fazer sua escultura a não ser
Lisipo.
Tornou-se Lisipo o mais famoso estatuário em bronze de seu tempo.
Ele aprendeu sem mestre a trabalhar o bronze mostrando grande perseverança,
habilidade e criatividade. Do mesmo modo que toda a escola da arte do
Peloponeso, ele não visava representar a beleza ideal ou a graça de expressão;
mas ele teve sucesso em mostrar nas esculturas a sua intensidade da força, do
realismo e da personalidade.
As obras de Lisipo, todas em bronze, somaram mais de 1500 peças,
algumas de grande tamanho. Elas representaram o imperador Alexandre nas
diversas circunstâncias, mostravam Hércules em muitos aspectos e os atletas
famosos em suas atitudes mais naturais.
Antigos escritores de Roma relataram muitas obras de Lisipo, que
não ficaram preservadas.
Ainda existe uma amostra da vida e da verdade consumada de seus
atletas na bela estátua do Vaticano representando um atleta se servindo do
strigil e que é uma cópia em mármore do notável bronze que Agripa colocou em
suas casas de banho, suas termas.
Essa é a mais famosa cópia de uma estátua original. É o
Apoxyomenos que está no Museu do Vaticano. A obra mostra um jovem alto, magro,
com a cabeça menor em relação à altura. É notável a precisão dos detalhes, em
especial no cabelo e nos olhos. O atleta jovem é mostrado usando o raspador
strigil para limpar a pele coberta de óleo. Lisipo fazia os membros em
movimento para frente e para trás, com naturalidade, o que tornava a estátua
numa obra em três dimensões. A obra podia, então, ser analisada por seus vários
ângulos.
Lisipo introduziu alterações na proporção das partes do corpo
humano, antes feitas de acordo como o modelo do escultor Policlitus. Lisipo
reduziu o tamanho da cabeça para um oitavo da altura total do corpo. Também
passou a mostrar a posição do corpo em situações mais naturais, em vez da usual
representação de frente, de pé.
Lisipo foi o escultor sobretudo de soldados e de atletas, ao
contrário de Fídias que representava a deusa Atenea, nem como Praxíteles, que
representava Vênus. Duas de suas obras em Tarento eram colossais. O Zeus que
ele esculpiu tinha 20
metros de altura, como o gigantesco Hércules que mais
tarde foi levado para Roma.
Podemos ter uma idéia suficiente do valor da arte de Lisipo nas
cópias feitas dos bustos do imperador Alexandre. Lamentamos que todos os
fragmentos das produções autênticas de Lisipo tenham sido perdidos. O que
aconteceu com a maior parte das obras de bronze da antiguidade.
Na fase clássica da civilização grega foi Lisipo que deixou a
maior herança artística.
AMANHÃ:
Apeles pintor oficial de Alexandre o Grande.
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