FEVEREIRO 12. Esopo: o grande escritor do período clássico na Grécia.
ESOPO
Aesop
(viveu nos anos 500
antes da nossa era)
AUTOR DA FAMOSA
COLEÇÃO DE FÁBULAS MORAIS INFLUENTES NA EUROPA
O Politeísmo Militar Ocidental vence a Teocracia Sacerdotal do
Oriente
Na Grécia a arte
coordenou a política militar num período histórico crítico. Nessa época foi
eliminado o total poder político e mental da casta hereditária dos sacerdotes
das teocracias. O que foi feito pela primeira vez no mundo. Para sempre.
Foi uma guerra
entre o politeísmo militar e o politeísmo sacerdotal do oriente.
A arte gera emoções,
cria visões de progresso, visões do futuro.A arte tem, desse modo, o poder de
antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural,
criado por humanos.
Estão nesta terceira
semana autores cômicos e satíricos da Grécia e de Roma reunidos, porque, a esse
respeito, a obra de Roma pode ser comparada àquela dos gregos. O mesmo não pode
ser dito para as artes da forma ou para a tragédia. Os autores de fábulas
figuram aqui por continuarem a comédia dos costumes humanos.
A semana tem como
chefe Aristófanes no domingo que a termina.
Ver em 0129-01 Quadro
do Mês de Homero, a Poesia Antiga,
com os grandes tipos representantes do mês.
ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.
ESOPO (nos anos 500 antes de Cristo) é o autor presumido de uma
coleção de fábulas morais que, em diversas formas, tiveram uma extensa difusão
em toda a Europa.
Temos pouca informação sobre a vida de Esopo. Ele é assim quase
com certeza uma figura da lenda. Nos anos 400 antes de nossa era, Heródoto
escreveu afirmando que Esopo teria vivido cem anos antes, sendo um escravo.
Outra indicação feita por Plutarco coloca Esopo como conselheiro de Creso, rei
da Lídia.
Nos primeiros anos da nossa era, uma biografia feita na Egito
descreve Esopo na ilha de Samos como um escravo que foi libertado para depois
ir para a Babilônia, morrendo em
Delphi. O nome de “história de Esopo” passou a ser usado para
indicar uma fábula. A importância das fábulas está no ensinamento moral, de
costumes, que elas encerram, em forma artística.
As fábulas parecem ter origem na Índia ou na Pérsia. A ficção
feita pelas imagens que colocam palavras e outras ações humanas nos animais
mais inferiores na escala da vida é usual e natural nas primeiras formas de
pensar. No entanto, há poucos exemplos dessa mitologia na literatura da Grécia
antiga.
Há um exemplo em Hesíodo e em Ésquilo e um ou dois outros exemplos
nos primeiros poetas gregos. Em nenhum outro autor essa imaginação é
encontrada. Podemos colocar Esopo como o primeiro de uma série de escritores
que tem Aristófanes como o autor principal. Assim podemos verificar o fato de
que essa epopéia dos animais é a forma mais antiga de fazer a descrição
humorística dos defeitos dos homens. Essa demonstração de nossas fraquezas,
depois de completamente desenvolvida, é o que se chama de “Comédia”.
As fábulas de Esopo foram colocadas em verso muito mais
tarde, nos primeiros anos da nossa era, por Fedro na língua latina e na língua
grega por Babrius. As fábulas de Fedro foram empregadas por autores mais
modernos, como pelo poeta francês Jean de La Fontaine. Avianus ,
um escritor quase esquecido, conservou a tradição das fábulas de Esopo durante
a Idade Média, tendo por vários séculos uma celebridade quase igual à de
Virgílio. Avianus foi um autor semibárbaro de fábulas, em estilo de elegia, de
tristeza.
As fábulas mostram a grande capacidade estética,
artística, da humanização das coisas, dos animais, de todos os seres, feita
pelos fetichistas. Mas o conhecimento das fábulas só chegou até nós quando as
Teocracias começaram a ter algum tipo de escrita, para seu registro, dentro das
primeiras formas de vida pública, de grandes populações, de povos em grande
número, reunindo muitas famílias.
A primeira forma de religião que os homens criaram, o fetichismo,
foi a adoração dos objetos, como a mais simples forma de raciocínio. Essa forma
de pensar é supor que tudo seja igual ao próprio observador, então, por falta
de experiência, a única explicação conhecida. A pedra cai porque ela quer cair.
O raio que mata e que queima, provoca a destruição porque o raio quer agir
dessa forma. Tudo é vivo no fetichismo. Os animais assim podem falar e ensinar
muita moral e bons costumes aos homens.
Então as fábulas de Esopo nos chegaram pelos poetas gregos, com
sua origem nas Teocracias do oriente. E as Teocracias nos transmitiram a
criação feita nas épocas pré-históricas da religião primeira dos homens, o
fetichismo, na adoração das coisas, todas vivas, amuletos poderosos e sábios.
AMANHÃ: Plauto o grande gênio da comédia.
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