FEVEREIRO 13. Plauto: situações
cômicas e diálogos cheios de graça
PLAUTO
Plautus, Titus
Maccius Plautus
(nasceu cerca do ano
250 antes da nossa era, na Umbria, Itália; morreu no ano 184)
GRANDE ESCRITOR
ROMANO AUTOR DO TEATRO DE COMÉDIA
O Politeísmo Militar Ocidental vence a Teocracia Sacerdotal do
Oriente
Na Grécia a arte coordenou a
política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o
total poder político e mental da casta hereditária dos sacerdotes das
teocracias. O que foi feito pela primeira vez no mundo. Para sempre.
Foi uma guerra entre o politeísmo
militar e o politeísmo sacerdotal do oriente.
A arte gera emoções, cria visões
de progresso, visões do futuro.A arte tem, desse modo, o poder de antever o
progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por
humanos.
Estão nesta terceira semana autores
cômicos e satíricos da Grécia e de Roma, reunidos porque, a esse respeito, a
obra de Roma pode ser comparada àquela dos gregos. O mesmo não pode ser dito
para as artes da forma ou para a tragédia. Os autores de fábulas figuram aqui
por continuarem a comédia dos costumes humanos.
A semana tem como chefe
Aristófanes no domingo que a termina.
Ver em 0129-01 Quadro
do Mês de Homero, a Poesia Antiga,
com os
grandes tipos representantes do mês.
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando
a civilização do futuro.
PLAUTO nasceu na Úmbria em meados dos anos 200 antes da nossa era.
A tradição conta que ele era um escravo de guerra que aprendeu a profissão de
carpinteiro. O nome Plauto, de acordo com uma fonte, viria de Plautus, o nome
de quem tinha “planis pedibus”, ou “planipes” que é o pé chato.
A versão que o faz como um antigo escravo explica o conhecimento
que Plauto mostra da situação dos escravos na Roma de sua época. Ele teve de
uma forma ou outra uma origem humilde. Produziu sua primeira peça de teatro no
ano 224 e continuou escrevendo muitas obras teatrais até a sua morte perto de
quarenta anos depois. De suas comédias foram conservadas vinte peças.
Do mesmo modo como Cecilius e Terêncio, Plauto se inspirou muito
em Manandro e nos últimos autores gregos de comédia de Atenas. Mas ele foi um
autor dos mais originais. A maneira de tomar a inspiração em outros autores tem
alguma semelhança com o estilo de Shakespeare.
Os personagens de Plauto têm nomes gregos e vivem nominalmente nas
cidades gregas, mas se comportam como os romanos. Eles se referem aos costumes
dos romanos como sendo familiares, ao passo que os costumes da Grécia são
considerados como estrangeiros. Devido a essa prática do autor, as comédias de
Plauto têm mais valor do que as de Terêncio como boas descrições da vida em
Roma.
Numa das comédias de Plauto, Penulus
ou O Jovem Cartaginês, escrita na
época da segunda guerra de Roma contra Cartago, nós temos a única descrição dos
inimigos dos romanos feita por seu poeta popular, numa forma imparcial e
generosa.
Da mesma forma como Terêncio, Plauto representava sempre os tipos
habituais da comédia grega: o pai severo ou indulgente, o filho perdulário, o
escravo mentiroso mas fiel, o parasita sem vergonha. Eles eram todos colocados
em classes separadas, reconhecidos por máscaras identificadoras. Plauto tornou-se
um grande dramaturgo adaptando o teatro de comédia dos gregos criando na língua
latina um autêntico teatro para os romanos.
A capacidade literária e sua arte dramática tornam as peças de
Plauto grandemente apreciadas por seu próprio valor. A sua criação permanece
importante e duradoura na história da literatura e do teatro na cultura do
ocidente. Plauto foi muito apreciado por Shakespeare, por Molière, Fielding e
por muitos outros escritores que fizeram adaptações e imitações de suas
comédias.
Em seu tempo, dentro de seus limites, o gênio criador de Plauto é
notável para criar situações cômicas e chegar a diálogos cheios de graça.
AMANHÃ:
As comédias do escravo africano Terêncio.
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