sábado, 26 de novembro de 2011

1127 FRANKLIN genial sábio e estadista pelo bem da humanidade

27 DE NOVEMBRO. Benjamin Franklin: Genial americano, tanto teórico como prático, na contribuição para o bem dos humanos.

FRANKLIN
Benjamin Franklin, pseudônimo: Richard Saunders
(nasceu em 1706, em Boston; morreu em 1790, na Philadélfia, Estados Unidos)
CIENTISTA AMERICANO INVENTOR GRANDE ESTADISTA NA LIBERTAÇÃO DA AMÉRICA

No mês da Política Moderna pós-medieval são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1                                  a destruição das antigas crenças medievais e de sua organização militar para a guerra de defesa;
2                                  a preparação da nova civilização científica e pacífica com a atividade industrial-comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
Na política moderna são básicas duas condições: a unidade de comando e a liberdade consciência e de opinião. O poder deve ser concentrado num só chefe responsável, como nos exércitos, no império romano e no catolicismo medieval. Deve haver liberdade para que a produção e comercialização sejam feitas com paz e ordem já que a guerra impede a indústria. O poder do capital também deve ser concentrado. A divisão do poder leva ao desgoverno, à quebra da hierarquia social, a anarquia, com a dissolução da sociedade. O sucesso depende do difícil equilíbrio entre a unidade governo e a ampla liberdade. 
O governo de comando único concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo regional descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a integral unanimidade cultural religiosa da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento do cristianismo os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta quarta semana do Calendário estão consagrados os estadistas dos anos 1600 e 1700, séculos XVII e XVIII que participaram de revoluções. Não foram propriamente revolucionários destruidores por natureza, mas foram levados pelas circunstâncias. Colocados em outras condições políticas teriam sido ardentes conservadores. Nenhum dos participantes da Revolução Francesa constam aqui por serem puros destruidores. Nem mesmo o admirável Danton. A semana tem como destaque o republicano Cromwell no domingo que a encerra.

Ver em 1105 1  em novembro 05 o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social política do mês.

FRANKLIN nasceu em 1706, em Boston, em família pobre. Começou a vida como aprendiz numa firma de impressão. Aos 23 anos, em 1729, ele se estabeleceu por conta própria em Filadélfia e teve sucesso. Ele aprendeu a ler muito cedo e sua educação escolar se deu até seus 10 anos. Depois estudou sozinho, gradualmente obtendo uma excelente e variada educação. Quando tinha 46 anos, em 1752, fez a descoberta famosa de que o raio era uma descarga de eletricidade. Além dessa descoberta, que levou à do pára-raios, ele inventou os óculos bifocais e o conhecido fogão “Franklin Stove”. Outros de seus méritos foram a criação de um Corpo de Bombeiros, uma biblioteca, uma companhia de seguros, um hospital, algumas dessas instituições sendo as primeiras na América.
Entre os mais importantes políticos que fizeram a independência americana figura Franklin. De 1757 a 1762 e depois, de 1764 a 1775 ele morou na Inglaterra como agente das colônias da Pensilvânia, Massachusetts, Maryland e Georgia. Sua reputação como sábio era grande. Os intelectuais de todos os países ofereciam-lhe as melhores distinções, sendo ele admirado tanto por seu caráter como por suas descobertas.
Mas quando, na qualidade de representante oficial de seus compatriotas, foi defender os seus direitos e foi protestar contra a pretensão tirânica da Inglaterra de cobrar taxas das colônias, mesmo com sua rara habilidade, ele recebeu violentos ataques. Aqueles que queriam a submissão pela força passaram a tratar Franklin como um malfeitor que deveria ser expulso da sociedade da gente honesta.
Em março de 1775 a toda pressa ele deixou a Inglaterra para evitar ser preso. Chegando à América já encontrou a revolta pela independência. Franklin tornou-se em seguida um dos membros diretores do movimento insurrecional.
Em 1776 ele foi enviado em missão na França, onde recebeu a mais entusiástica acolhida como um sábio e como patriota. O seu reencontro com Voltaire na Academia de Ciências, onde os dois idosos se abraçaram publicamente é, na verdade, uma grande cena histórica.
Todo mundo conhece o verso em que Turgot resumiu os mais belos títulos para a fama de Benjamin Franklin:
“Eripuit coelo fulmen sceptrumque tyrannis”
Ele tirou o raio da mão dos deuses e tirou o cetro aos tiranos. Ou seja, Franklin tirou a explicação da descarga do raio como ação dos deuses, mostrando ser uma centelha elétrica, e instalou um regime político de liberdade na América do Norte, sem tirania.
Em 1778 Franklin obteve a aliança do governo francês com as colônias americanas revoltadas, o que, eventualmente, forçou a Inglaterra a assinar a independência da América, ao obter a ajuda financeira e militar da França durante a Revolução Americana. Ele realizou a negociação do tratado com que a Gran Bretanha reconheceu as suas antigas 13 colônias como uma nação soberana. E colaborou na elaboração da Constituição do país, que por mais de 200 anos é a lei fundamental dos Estados Unidos da América.
Retornando a seu país em 1785, ele continuou a tomar parte ativa nos negócios públicos enquanto a saúde lhe permitiu. Seu último ato público foi endereçar uma Memória ao Congresso americano contra a escravatura negra.
Quando Franklin morreu, os americanos fizeram um luto por dois meses, e a Assembléia da França um luto de três dias. Mas nem todos os seus contemporâneos o admiravam. Ele chegou a ser atacado como materialista. O sociólogo alemão Max Weber fez dele o exemplo da “ética protestante”, o menos admirável aspecto do capitalismo moderno.
O gênio de Benjamin Franklin foi tanto teórico como prático. Nas suas pesquisas científicas, como na sua carreira política, ele esteve sempre dirigido pelo desejo de contribuir para o bem estar da raça humana.

AMANHÃ: General americano primeiro tanto na guerra, na paz e no coração dos compatriotas: George Washington.

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