1112 L’HÔPITAL planejamento para proteger o bem estar de todos os súditos
12 DE NOVEMBRO. Michel de L’Hôpital: Jurista Chanceler da França realizou a tolerância religiosa.
L’HÔPITAL
Michel de L’Hospital ou L’Hôpital
(nasceu em 1507, em Aigueperse, França; morreu em 1573, em Bellebat, França)
ESTADISTA CHANCELER DA FRANÇA POLÍTICO HUMANISTA DA TOLERÂNCIA
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1 a destruição das antigas crenças medievais e de sua organização militar para a guerra de defesa;
2 a preparação da nova civilização científica e pacífica com a atividade industrial-comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
Na política moderna são básicas duas condições : a unidade de comando e a liberdade consciência e de opinão. O poder deve ser concentrado num só chefe responsável, como nos exércitos, no império romano e no catolicismo medieval. Deve haver liberdade para que a produção e comercialização seja feita com paz e ordem já que a guerra impede a indústria. O poder do capital também deve ser concentrado. A divisão do poder leva ao desgoverno, à anarquia, com a dissolução da sociedade. O sucesso depende do difícil equilíbrio entre o unidade governo e a ampla liberdade.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento do cristianismo os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Os sete tipos humanos desta segunda semana pertencem ao período compreendido entre o meio dos anos 1500 ao fim dos anos 1600, o tempo das grerras de religião. São todos protestantes, menos L’Hôpital que era sem dúvida protestante de coração. Mas nenhum deles foi um protestante beato. Eles se destacaram como advogados da defesa da tolerância que consideravam as crenças no ponto de vista político. Dos sete nomes cinco são holandeses. Esta semana tem como principal campeão Guilherme o Taciturno, no domingo que finaliza a semana.
Ver em 1105 1 em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social política do mês.
L’HÔPITAL nasceu em família da classe média. Estudou Direito na Universidade de Toulouse, mas foi forçado ao exílio por causa da associação de seu pai com revoltoso duque Charles de Bourbon. Ele então continuou seus estudos jurídicos em Pádua e em Bolonha.
Ele voltou para a França em 1534 e em 1537 tornou-se membro da Suprema Corte de Paris. Em 1555 chegou a ser o primeiro presidente da Câmara de Contas. Foi elevado a Chanceler no reinado de Francisco II e mantido pela regente rainha Catherine de Médicis.
L’Hôpital foi um dos primeiros e dos mais importantes membros do grupo chamado os POLITIQUES, de católicos que durante as guerras de religião colocavam os interesses da Igreja Católica como subordinados aos interesses da nação. Eles resistiram à influência clerical da Espanha e desejavam a tolerância, a união nacional e um governo forte. Em pequeno número no início, detestados pelos fanáticos, eles reuniram aos poucos ao seu grupo todos os que, na França, eram bons e sensatos. Sua política acabou triunfando finalmente com a conversão de Henrique IV e a publicação do Édito de Nantes, estabelecendo a tolerância para os protestantes.
Um importante papel de L’Hôpital foi realizado no planejamento e na execução da política de governo. Quando os calvinistas na França, chamados de Huguenotes, se preparavam para lutar com os católicos, ele propôs uma política de tolerância que foi aprovada pela rainha Catherine de Médicis.
Muito da ação política então foi realizada por L’Hôpital. Ele provava em seus escritos que o governante não deveria favorecer uma religião em detrimento de outra fé. Ao contrário, ele deveria proteger o bem estar dos seus súditos como um todo. Embora ele desejasse a unidade da religião, ele acreditava que o uso da força política teria o efeito contrário ao efeito desejado de pacificação.
Durante sua participação no governo, ele preparou uma trabalhosa reforma judicial e em 1566 promoveu a Ordonnance de Moulins, que avançou no objetivo de retificar muitos problemas da administração judicial e que também estipulava a política para a administração e centralização das terras da coroa francesa.
L’Hôpital morreu em 1573, pouco depois dos massacres do dia de São Bartolomeu que pareceram ser o fim de suas esperanças para a paz religiosa.
Ele era um homem de um caráter elevado e de uma firmeza inabalável, um grande cidadão em toda acepção da palavra. Embora por razões políticas permanecesse católico, ele era protestante ou cético de coração. Ele inicia a semana de 12 a 18 de novembro com os estadistas protestantes.
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