05 DE NOVEMBRO. Maria de Molina: Vida apaixonante foi rainha de Castela por três vezes.
MARIA DE MOLINA
Doña Maria de Molina, Rainha de Castela.
(morreu em 1321)
RAINHA DE CASTELA CORAJOSA E PRUDENTE REINOU TRÊS VEZES
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1 a destruição das antigas crenças medievais e de sua organização militar defensiva;
2 a preparação da nova civilização científica e pacífica com a atividade industrial e comercial, a ordem e a paz mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento do cristianismo os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta semana da Política Moderna estão lembrados a partir da rainha Maria de Molina de Castela os estadistas italianos, espanhóis e franceses dos anos 1300, 1400 e 1500. Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos dispersos poderes regionais dos barões do feudalismo. É a necessária unidade de comando no governo de um país. Com o enfraquecimento do cristianismo os reis tiraram do papa e dos padres muitas das funções religiosas. O rei Luis XI da França é o chefe da semana no domingo que a encerra.
Ver em 1008 1 em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social política do mês.
MARIA DE MOLINA, rainha de Castela, na Espanha, era filha de Alfonso de Molina e se casa em 1281 com o filho de Alfonso X de Castela, que mais tarde, em 1284, seria o rei de Castela, com o nome de Sancho IV. Alfonso X (1226–1284) era chamado de Alfonso o Sábio.
Doña Maria de Molina é uma figura histórica de relevante importância, sendo meia-irmã do rei Alfonso X. Seu casamento com Sancho IV, filho de Alfonso X, não teve a aceitação do rei nem a autorização do papa, por ser uma união entre parentes próximos, consangüíneos. Ela era a tia, e ele o sobrinho.
O casamento de Maria de Molina foi um matrimônio por amor, o que era usual entre os nobres e entre os reis. Os casamentos eram por eles considerados uma maneira de formar alianças políticas e militares, a fim de aumentar e manter suas terras e suas riquezas.
Maria de Molina logo procurou refazer a amizade entre seu esposo e seu pai, o rei Alfonso X, uma relação desfeita muito antes do casamento e que piorou depois do seu casamento com a tia, por amor. Ela não teve sucesso em reatar pai e filho, mesmo com muito esforço.
Com a morte de Alfonso X, seu filho Sancho IV foi posto como rei de Castela. Os conselhos de Maria de Molina foram então de grande importância. Ela procura por todos os meios a seu alcance acabar com as diferenças e lutas pela conquista do poder que havia na corte de Castela. Os filhos bastardos de Alfonso X, chamados “de la Cerda ”, como Alfonso de la Cerda , não deixavam de criar mil e uma intrigas para acabar com o reinado de Sancho IV.
Sancho IV morre em 1295, o que obriga a Rainha a ficar com o governo como Regente enquanto seu filho Fernando IV fosse de menor idade. Fernando IV tinha então 9 anos de idade.
A situação política no reino de Castela era muito perigosa. Havia lutas permanentes do rei com os nobres de Castela para desmembrar e tomar o poder no Reino. Além disso, as relações entre os países como com Aragão, Portugal e França eram difíceis, já que eles procuravam se aproveitar da situação de instabilidade que o reino de Castela atravessava.
Durante o seu governo como regente, com habilidade, Maria de Molina deu poderes aos Conselhos do Reino para enfraquecer o poder dos nobres. No meio das maiores dificuldades, ela se conduziu com uma grande prudência e enérgica coragem, apesar de todas as ameaças. Em 1302, Fernando IV alcança a maioridade e toma as tarefas de governo.
Em 1312 o rei Fernando IV morreu e sua esposa também morre um ano mais tarde, obrigando Maria de Molina retornar ao governo. Ela voltou a ser a Rainha Regente representando seu neto Alfonso XI. Nessa nova Regência os sérios problemas políticos permaneceram como ocorria no período anterior. Maria de Molina continuou a mostrar suas elevadas qualidades políticas até sua morte em 1321.
A Rainha Maria de Molina, com seu talento pacificador, com uma distinta e clara inteligência e habilidade indica como deve governar um político na modernidade.
Maria de Molina é uma figura histórica sem precedentes. Teve uma vida apaixonante, para um destino muito singular: ser governo por três vezes, ao ser Rainha por três vezes.
AMANHÃ: Grande empresário moderno com devotamento ao trabalhador e habilidade política: Cosme de Médicis.
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