GOETHE
Johann Wolfgang von Göthe, -von Goethe
(nasceu em 1749, em Frankfurt am Main, Alemanha; morreu em 1832, em Weimar, Alemanha)
NOTÁVEL POETA E PENSADOR ALEMÃO AUTOR DO “FAUST”
A civilização moderna, após o fim da Idade Média, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana, pela liberdade do servo da gleba do feudo, liberdade do trabalhador, do povo, com o desenvolvimento da indústria e do comércio.
Criou também a saída das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
O domínio das artes de linguagem, da Estética, teve na modernidade um grande desenvolvimento, gerando um número maior de grandes artistas do que na antiguidade.
O mundo antigo era a muitos respeitos mais favorável do que a modernidade à produção da grande poesia. A sociedade era mais homogênea e mais harmoniosa em sua constituição, também mais estável e mais regular em seu movimento.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução, ao passar de uma civilização medieval para uma civilização científica e industrial. A diversidade infinita de atividade social, os conflitos e alterações incessantes da vida estimulam a originalidade mental, mas não são favoráveis à perfeição da criação artística.
Mas, apesar do clima de revolta, triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico independente. É o sinal da potente capacidade da natureza humana para criar e produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de obras artísticas.
A primeira semana compreende os autores dramáticos puros, os grandes sucessores de Shakespeare, desde Lope de Veja a Goethe. Nessa classe se encontram criadores do drama de imaginação que nos representam um mundo ideal povoado de seres fictícios. O chefe de semana é Calderon.
Seu pai, filho e neto de trabalhadores, destacou-se nas universidades, tornou-se doutor em Direito, viajou muito, colecionou obras de arte e finalmente se estabeleceu em sua cidade natal onde ele chegou a ser do conselho do império da Prússia. Era um homem de caráter enérgico, de espírito forte e severo.
A mãe de Goethe, Katharine Elisabeth Textor, filha do Bürgermeister, o prefeito de Frankfurt, era de uma sociabilidade nobre e ampla, tanto pessoal como pública, e, com sua filha Cornélia, foi sempre associada à memória do poeta. Ela colocou seu filho em contato com as mais importantes e ricas figuras da cidade.
Goethe recebeu uma boa educação de seu pai, que, aos 16 anos, o enviou para Leipzig na esperança de torná-lo um advogado. Depois foi à Universidade de Strasburgh onde encontrou o filósofo Herder (1744-1803), cujo espírito filosófico e elevada cultura muito o estimularam.
Em 1775 Goethe foi convidado por Karl August, o jovem duque de Weimar, para residir em sua corte. Uma sólida amizade, de nobre caráter, se formou entre os dois, e, com todas as formas de uma subordinação respeitosa, Goethe fez a administração do ducado por um longo período. Ali ele encontrou Wieland (1733-1813), conhecido poeta. Herder chegou pouco tempo depois e se tornou o principal orador da corte e, em 1799, o poeta Schiller (1759-1805) veio ali morar. Weimar veio a ser, por alguns anos, o centro da cultura alemã e o mais importante da Europa depois do fim da Revolução Francesa.
Goethe, a partir de 1794, com a ajuda de Schiller, decidiu se dedicar à obra que lhe pareceu a mais importante, que é a manifestação de um objetivo mais elevado da vida e do pensar, através da arte ideal, em especial por meio do teatro e do ideal de unidade pela ciência.
Ele escreveu vários poemas dramáticos, como Goetz de Berlinchingen em 1771, Egmont em 1787 e Tasso em 1789. O Faust já estava em começo, mas longe de ser terminado. As peças teatrais de Lessing e de Schiller foram compostas em Weimar, sofrendo a rigorosa revisão de Goethe.
O plano de Goethe em Weimar era fazer representar as obras-primas de todos os gêneros e de todos os países, no que elas tinham de excelentes. Foi assim que ele colocou em cena várias peças de Voltaire, Racine, de Shakespeare e de Calderon. Mas Goethe continuava a trabalhar nas duas obras que ocuparam a maior parte de sua vida: Wilhelm Meister e o Faust. Essa fase de sua vida foi apenas o começo.
A riqueza da obra de Goethe não pode ser resumida em poucas linhas. O resultado de seu prodigioso trabalho são centenas de peças teatrais, de poemas, de crítica, de pesquisa científica. Foi o mais sábio dos poetas, com largo conhecimento enciclopédico.
No começo de sua vida, dois dos grandes pensadores modernos, Espinosa e Diderot exerceram sobre ele uma grande influência. Ele tomou um vivo ardor pela pesquisa em biologia, então uma ciência nova e em desenvolvimento, ficando na frente dos investigadores que mostraram que as formas de vida vegetal e animal procediam de uma evolução gradual e não por uma criação mágica, brusca.
Em resumo, o objetivo da vida de Goethe foi a desenvolver a cultura em seu sentido mais amplo e profundo. Escolher o melhor em tudo e rejeitar o medíocre e o inferior, esse o que desejava para ele e para o mundo. Claramente Goethe procurou esse fim, apesar das tempestades da paixão, com uma independência completa de preconceitos de crença ou de estreito nacionalismo, reconhecendo os limites da insuficiência e da vida humana.
O drama do Faust, a obra-prima de sua vida inteira, mostra o resumo de sua experiência extraordinária. E mostra uma idealização dos dolorosos enganos e sofrimentos da dúvida que se estabelece no ceticismo da modernidade.
AMANHÃ: Uma sublime arte, visão psicológica, racionalidade e seu padrão moral: Calderon de la Barca.
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