domingo, 19 de dezembro de 2010

1220 MORVEAU

20 DE DEZEMBRO. GUYTON-MORVEAU: Pensador brilhante criou o novo método dos nomes dos produtos, a moderna nomenclatura química.
MORVEAU
Guyton-Morveau
Louis Bernard Guyton de Morveau
(nasceu em 1737, em Dijon, na França; morreu em 1816, em Paris)

QUÍMICO EDUCADOR CRIADOR DA NOMENCLATURA QUÍMICA MODERNA

O Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, por meio das maiores figuras humanas. O Calendário, na verdade, passa a ser um verdadeiro CURSO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA, demonstrando os seus princípios científicos em sua observação e fundamentação empírica nos anais da História.
Indica a faculdade criadora para o melhoramento da vida humana, depois do fim do feudalismo e do fim do poder político do papa e da fé medieval, devido ao conhecimento científico que prepara a nova civilização industrial moderna. São os cientistas da nova civilização, pensadores que antes eram teólogos e metafísicos e passam ao saber firme comprovado, isto é, ao saber positivo sobre o próprio homem, sobre o mundo e seus princípios gerais.
Nesta semana mostra os grandes cientistas do desenvolvimento da Química como ciência experimental positiva nos anos 1700 e 1800, nos séculos XVIII e XIX. A Química científica, mais complexa, só poderia se desenvolver após a criação nos anos anteriores da ciência Física, com fenômenos mais simples,. O patrono da semana é LAVOISIER, por suas pesquisas da oxidação e da combustão e ainda pela destruição da hipótese do flogístico, um fluido metafísico que explicava a ocorrência da combustão (do grego phloks, phlogos= chama, flama). LAVOISIER termina a semana.

GUYTON DE MORVEAU estudou Direito na Universidade de Dijon, onde seu pai era professor. Em Dijon ele advogou de 1756 a 1762, passando a procurador do parlamento de Burgundy de 1762 a 1782.
Guyton se tornou membro da Assembléia Nacional Francesa consagrando-se à política até 1797. Desde então se dedicou às pesquisas da química, uma área científica que lhe interessava muito desde 1760, trabalhando como escritor e como professor.
Ele foi um dos primeiros cientistas que concluíram que o ferro e o aço diferiam apenas em seu teor de carbono. Fez também aperfeiçoamentos na fabricação da pólvora, foi o primeiro a usar o cloro como desinfetante. Guyton de Morveau foi dos primeiros balonistas, fazendo vôos no balão de ar quente em 1784. Ele ajudou na organização da primeira força aérea do mundo: a Companhia de Aerostatos da França Revolucinária, usando balões para reconhecimento nas batalhas dos anos de 1790.
Morveau foi um dos fundadores da Escola Politécnica de Paris, onde foi professor de mineralogia e seu diretor em 1797. Foi membro da Academia de Ciências, em química.
O Primeiro Império Francês de Napoleão lhe deu em 1811 o título de Barão e ele morreu tendo quase completado seus 80 anos de idade, em 1816. Guyton de Morveau se mostrou um pensador inteligente e um brilhante escritor. Com seus artigos da ENCYCLOPÉDIA METÓDICA ele contribuiu para divulgar um conhecimento correto dos progressos rápidos da ciência na época. Com esse trabalho que ele percebeu a dificuldade do uso dos nomes primitivos dos compostos químicos e sentiu a importância de um novo sistema de nomenclatura para o ensino e para a pesquisa química.
O tratado “Méthode de nomenclature chimique” foi publicado em 1787, propondo a reforma dos nomes empregados para identificar os componentes das reações químicas. Nessa época de intensa pesquisa na nova ciência, os nomes adotados variam com o pesquisador, com a sua fonte, sua aparência, suas qualidades ou apelidos antigos.
No século XVIII, a química encontrava-se em plena transição para o quantitativo. Ao mesmo tempo, o grande número de novas descobertas exigia uma nomenclatura funcional e uniforme entre os cientistas. Um sistema prático de notação tornou-se, portanto, fator essencial para seu progresso.
Era comum, na época, o emprego de nomes estranhos e complicados, como "algarote", "manteiga de arsênico", "água fagedênica", "óleo de tártaro por desfalecimento", "flores de zinco", cuja única função parecia ser confundir os químicos.
A proposta de Guyton sugeria que as substâncias simples ou elementos, tivessem os mais simples nomes, ao passo que os corpos compostos deveriam ter nomes que indicavam seus componentes.
A revisão do vocabulário usado nas experiências permitiu a clara distinção entre as substâncias elementares, os elementos básicos, e os compostos resultantes de sua combinação. Os nomes também passaram a indicar a forma com que os elementos básicos se combinaram para formar os compostos.
O novo sistema de nomes químicos foi aprovado por Lavoisier, depois por Berthollet e Fourcroy. O novo sistema foi em pouco tempo aceito universalmente e contribuiu a manter a grande obra de Lavoisier no desenvolvimento da química de maneira firme e durável.

AMANHÃ: Sábio francês desenvolveu a teoria química das reações e suas aplicações: BERTHOLLET.

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