sábado, 4 de dezembro de 2010

1203 BICHAT

03 DE DEZEMBRO.
FRANÇOIS BICHAT: Pioneiro nas pesquisas sobre os tecidos dos corpos vivos.

BICHAT
Marie-François-Xavier Bichat
(nasceu em 1771 em Thoirette, na França; morreu em 1802, em Lyon, na França)
ANATOMISTA E FISIOLOGISTA FRANCÊS O MAIOR DOS BIOLOGISTAS FUNDADORES


Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana depois da Idade Média, a partir de 1300, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.

BICHAT nasceu em Thoirette, no departamento de l’Ain, no leste da França, em 1771. Seu pai, que era médico, o enviou para Lion, para estudar medicina, embora ele tivesse mostrado desde cedo gosto pela matemática. Estudou anatomia e cirurgia com Marc-Antoine Petit, cirurgião-chefe no hospital Hôtel Dieu em Lion.
Em 1793 tornou-se aluno e depois assistente do grande especialista na arte da cirurgia Pierre-Joseph Desault, que reconheceu seu gênio e o adotou como filho. Bichat, em reconhecimento, recolheu e editou as obras de seu mestre, completando seus textos no Journal de Chirurgie, com a biografia de Desault, dois anos após a sua morte ocorrida em 1795.
Ele abriu uma escola de anatomia e realizou, com uma energia de que não há exemplo na história da ciência a série de investigações anatômicas e experiências sobre as quais estão baseadas as descobertas de Bichat. O seu ardor afetou a sua saúde e uma queda acidental dentro do hospital do Hôtel-Dieu provocou sua morte em 1802, com apenas 31 anos de idade.
As duas grandes obras de Bichat são: a Anatomie génerale publicada em 1801 e as Recherches physiologiques sur la vie et la mort publicadas em 1800. No prefácio da Anatomie génerale, Bichat se coloca em posição em relação à escola materialista de Boerhaave, que tratava a biologia como uma simples conseqüência da Física, e em relação à escola metafísica e espiritualista que explicava a vida por entidades imaginárias tais como a alma, o arcano, o princípio vital e outras.
Colocando-se entre as duas escolas, Bichat definiu com precisão de mestre o ponto de vista científico. Ele não tentava explicar a constituição íntima da vida, como não se procura explicar a composição íntima da gravitação. O objetivo é observar e coordenar os fatos da vida e ligar esses fatos tão rigorosamente como possível com as estruturas em que eles ocorrem e com o meio que os envolve.
A definição do fenômeno vida deixa de ser um mistério dos deuses para ser a descrição do que ocorre nos seres vivos. A vida tem sua definição cinetífica: Vida é o movimento contínuo e espontâneo de assimilação e desassimilação. Essa definição, como deve ser, expressa a propriedade mais simples que só a coisa a definir apresenta e que as outras coisas não apresentam.
Bichat foi o primeiro pesquisador a registrar as diferenças de composição entre as várias partes do corpo vivo e foi o primeiro a usar o termo de TECIDO em biologia. Bichat isolou 21 tipos de tecido no corpo humano e seu trabalho tornou-se a base da Histologia e da Anatomia Patológica modernas. A Histologia é o importante estudo da composição e estrutura dos tecidos orgânicos. A Anatomia Patológica estuda as estruturas dos tecidos nos órgãos doentes.
Bichat foi o maior dos biologistas, ao conduzir o ajuste sistemático dos aspectos estáticos e dinâmicos dos corpos vivos, com profundo significado enciclopédico, do conhecimento interdisciplinar. As pesquisas sobre os tecidos do corpo humano lideraram os trabalhos de seus sucessores, como o de Theodor Schwann (1810-1882), que completou a teoria celular em 1839, estendendo a teoria das células vegetais de Mathias Schleiden da Universidade de Jena, na Alemanha.
A Biologia se tornou a ciência mais importante na modernidade, assim como a Astronomia foi a mais importante na antiguidade. Porque a Biologia é a base para o estudo das ciências humanas, como sua base necessária.
Não é no mundo exterior que os homens encontraram a explicação de sua vida. Mas foi a Biologia que constituiu o caminho evolutivo para encontrar a explicação da finalidade da vida humana, que se encontra, em todos os tempos, na sociedade, determinando os princípios iniciais e finais do conhecimento humano, no próprio humanismo social. É a unidade do sentimento, pensamento e ação feita em torno do homem em sociedade, do humanismo moderno.


AMANHÃ: O gênio que no estudo do céu deu movimento aos astros: JOHANNES KEPLER.

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