23 DE JULHO: Da Vinci:
experimentação na sublimidade da arte da perfeita beleza
LEONARDO DA
VINCI
(nasceu em 1452,
em Vinci, Florença, Itália; morreu em 1519, em Cloux, França)
CÉLEBRE
PINTOR, ESCULTOR, ENGENHEIRO GRANDE GÊNIO DO IDEAL HUMANISTA
ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da
atividade
A civilização moderna, após o fim
da Idade Média, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma
grande variedade na atividade humana, pelo fim da servidão da gleba, com a
total liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio, com a
sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. Criou também a
saída das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos.
As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como
ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em
fase de transição, em tempos de revolução.
É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma
civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram
conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do
clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de
produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações
artísticas.
A segunda semana tem Rafael como
chefe, mostrado no domingo último dia da semana. Consta da relação os grandes
representantes da evolução social da arte da forma, que são os pintores, os
escultores, os arquitetos. Foram escolhidos os representantes principais da
arte das diferentes nações, escolas e técnicas diversas. Não é uma
classificação pela ordem crescente de mérito. Reúne os nomes representativos e
de escolas artísticas opostas.
Ver em 0716 01 C O
QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
Leonardo da Vinci (1462-1519) era filho natural de Pierre da Vinci, advogado em Florença. Ele nasceu
no Castelo de Vinci, perto de Florença, em 1452. Ele foi legitimado e educado
ao mesmo tempo em que os filhos legítimos que seu pai teve em seguida. Ele mostrou,
desde sua infância, um talento precoce para a música, para a matemática,
mecânica e para a arte em todas as suas formas.
Ele foi colocado no atelier d’Andrea Verrochio, que era escultor,
gravador e pintor. Na sua juventude, ele se dedicou a um largo campo de estudo
e sua capacidade parecia um extraordinário milagre. A uma grande beleza e a uma
grande força, ele reuniu todos os conhecimentos que se podia adquirir em seu
tempo. Ele tornou-se, ao mesmo tempo, um matemático, engenheiro, arquiteto,
músico, poeta, escultor, pintor, anatomista, botânico e físico.
Na idade de vinte e cinco anos, Leonardo, já dono de um grande
renome, recebeu encomendas do governo e de Laurent o Magnífico. Todo o campo da
natureza em suas mais fantásticas e as mais obscuras formas tornaram-se estudo
desse criador universal. Sabemos agora que, quando tinha cerca de trinta anos,
ele visitou o Oriente, Constantinopla e a Ásia Menor. Tornou-se até engenheiro
do Sultão do Cairo.
Como engenheiro, arquiteto, matemático, escultor, artista e
diretor geral dos trabalhos artísticos, científicos e mecânicos, Leonardo foi
convidado por Ludovico Sforza em 1484 para ir para Milão. Ele se dedicou a uma
quantidade grande de serviços durante 15 anos. Suas maiores obras artísticas em
Milão foram a estátua de bronze do príncipe, que ele nunca terminou e o afresco
da Última Ceia.
Quando da ocupação de Milão pelos franceses em 1500, Leonardo
retornou para Florença onde começou sua rivalidade com Miguel Ângelo. Depois de
12 anos passados em Florença e em seus arredores, ele foi em 1514 a Roma, onde Rafael
estava em seu apogeu de glória. Desprezado pelo papa, então Leão X e posto em
segundo plano pela grande reputação de seu jovem rival, Leonardo acompanhou o
rei Francisco I em seu retorno para a França em 1516 e ali se fixou até sua
morte. Morreu perto de Amboise sur la
Loire , em 1519, com a idade de 67 anos.
Leonardo, além de ter sido um dos maiores pintores, foi um dos
primeiros, dos mais surpreendentes e dos mais universais de todos os grandes
homens do século 16. Ele consagrou uma grande parte de sua vida às ciências
aplicadas e a invenções de todo gênero.
Ele, de fato, foi o primeiro nome de seu século e antecipou em
muito as descobertas da ciência moderna. Leonardo chegou à convicção de que a
força e o movimento é que produziriam as formas da natureza orgânica e
inorgânica, funcionando de acordo com leis bem ordenadas e harmoniosas.
Ele deixou textos de matemática, de engenharia, hidráulica,
anatomia, botânica, além de uma imensa coleção de esboços, de estudos, de
figuras grotescas e de caricaturas.
O seu Tratado da Pintura
foi traduzido em todas as línguas da Europa e serviu de base a tudo o que já se
escreveu a respeito de arte. Essa obra continua tendo sua leitura recomendada
até hoje.
Como pessoa humana, Leonardo foi profundamente ambicioso, vaidoso,
rebelde, sonhador e inquieto. Com planos gigantescos, seu ideal de perfeição
era inaccessível, mas tinha uma fome insaciável de produzir.
Leonardo esteve sem cessar ocupado em corrigir, a refinar,
abandonando as antigas obras inacabadas para começar novas obras. Ele fez
poucos trabalhos completos e sua vida foi um longo catálogo de empreendimentos
abortados, em comparação a três ou quatro obras de uma beleza e de uma
perfeição suprema. O grande gênio sem limites de Leonardo teria a marca do
inatingível e sua vida seria, talvez, uma grandiosa sinfonia inacabada de beleza.
É provável que, das pinturas de cavalete atribuídas a Leonardo
poucas sejam, na verdade, de sua mão. Desse pequeno número é o retrato da Mona Lisa, que se acha no museu do
Louvre e pelo menos os rostos e a
composição, senão a totalidade da Madona
que está na Galeria Nacional de Londres sejam de Leonardo. Sua grande obra, a Última Ceia, um mural no refeitório do
mosteiro de Santa Maria delle Grazie em Milão,foi muito danificada. Em 1977
começou sua restauração com novas técnicas, com algum sucesso, permitindo ver a
majestade de sua composição e a caracterização de suas figuras.
Leonardo foi, incontestavelmente, o fundador do método italiano da
pintura a óleo e seus trabalhos infinitos e suas experiências constantes
aumentaram consideravelmente os recursos técnicos da arte. Ele é, também, o
primeiro que uniu a sublimidade das concepções à perfeita beleza.
AMANHÃ:
Sublimidade de imaginação e extraordinários resultados: Miguel Ângelo.
SERVOS DA GLEBA
A servidão é o status legal e econômico dos camponeses
("servos"), especialmente no âmbito do sistema econômico da "senhoria" (direitos feudais sobre a terra).
Os servos são trabalhadores rurais que estão vinculados à terra, formando a classe social mais baixa da sociedade feudal. À
diferença dos escravos, os servos não
eram propriedade de ninguém e não podiam ser
vendidos, pois não eram como escravos vencidos de guerra, que eram propriedade
dos donos. A servidão implica o trabalho forçado dos servos nos campos dos
senhores de terras, em troca de proteção e do direito de arrendar terras para
subsistência. Ademais do trabalho na terra, os servos executavam diversos
trabalhos relacionados com agricultura, como silvicultura, transporte (por terra e por rio), artesanato e mesmo manufatura. Na Idade Média também não havia a
noção de emprego. A relação trabalhista da época era a relação senhor-servo.
Um servo podia sair das terras do senhor de terras e ir para onde
quisesse, desde que não tivesse dívidas a pagar para o senhor de terras.
Na servidão, o servo não trabalha para receber uma remuneração,
mas para ter o direito de morar e cultivar nas terras do seu senhor. Parte da
colheita era do senhor.
HUMANISMO
Humanismo é a forma de pensar que
coloca os objetivos humanos
como a mais importante referencia. É uma perspectiva comum a uma grande
variedade de posturas éticas
que atribuem a maior importância à elevação, dignidade, liberdade, aspirações e
capacidades da sociedade humana, da humanidade.
A palavra pode ter diversos sentidos, o
significado filosófico essencial destaca-se por contraposição ao apelo a uma
entidade sobrenatural ou a uma autoridade
superior. Desde os anos 1500, século XVI, o humanismo tem sido resultado da
queda do papado, do fim feudalismo e da secularização. Foi a base da laicidade
dos filósofos Iluministas do século XVIII. O termo abrange as novas filosofias
não teístas
organizadas, como o Humanismo Secular, Ethical e outros com uma
nova visão e nova postura de vida.
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