22 DE JUNHO. Villiers:
cavaleiro religioso e admirável no cumprimento do dever
VILLIERS
Philippe de Villiers de l’Isle-Adam
(nasceu no ano 1464 da
nossa era, em Beauvais, França; morreu em 1534 na ilha de Malta)
VALOROSO
ADMIRADO E VENERADO NOBRE CAVALEIRO DAS CRUZADAS
As grandes contribuições do Civilização Feudal para o progresso da
sociedade humana
Ver em 0618 C
O QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL, com seu resultado
geral e todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
Philippe de Villiers (1464-1534), duma família francesa de l’Ile de France, era neto
do famoso marechal de mesmo nome. Nasceu em Beauvais em 1464. Pertencendo à
Ordem dos Cavaleiros de S. João, ele cumpriu uma sucessão de tarefas e de
deveres onde provou as mais altas qualidades como general, como político e como
diplomata.
Ele obteve uma brilhante vitória sobre o sultão do Egito em 1510,
aos 46 anos e foi o inspetor de todos os priorados da sua Ordem na França.
A ilha de Rodes, posto avançado da Ordem de S.João, resistiu por
longo tempo aos muçulmanos, como a fortaleza mais oriental da cristandade. O
ataque de Maomé II, em 1480, foi repelido pelo Grão-mestre D´Aubusson. Mas, em
1521, Suleiman, o sultão chamado o Magnífico, depois de conquistar Belgrado,
resolveu destruir a fortaleza que tinha por tanto tempo desafiado as forças
muçulmanas.
Philippe foi nomeado Grão-Mestre da Ordem e se preparando para uma
defesa desesperada, ele pediu o socorro do papa e dos príncipes da cristandade.
A ilha de Rodes foi sitiada durante o outono de 1522. A narrativa desse
sítio o tornou um dos mais famosos da historia.
Philippe tinha para a defesa da ilha menos que 1.000 soldados
experientes, dos quais apenas a metade era de cavaleiros. Contava ainda com
cerca de 4.000 moradores das vilas em armas, com alguns camponeses e escravos.
Em junho de 1522
a frota turca chegou à ilha. Tinha 500 navios com 100
mil combatentes. Tudo que a habilidade, o valor e o desespero podia sugerir foi
usado pelos sitiados. Mês após mês, os assaltos tentados pelas forças
massacrantes dos turcos foram repelidos.
Os cavaleiros, os moradores, as mulheres, os padres e os escravos
trabalhavam com uma indomável energia para reparar as brechas a medida que elas
eram abertas.
Os turcos lançaram mais de 2 mil bombas explosivas, então uma
novidade como arma de guerra. Perto do fim do mês de agosto, Suleiman em pessoa
conduziu os assaltos, enquanto que muitas colunas do forte caiam no meio das
crateras feitas e os muros estavam todos abalados. Mais de 15 assaltos foram
feitos num só mês, mas os turcos foram repelidos em meio a uma imensa
carnificina. Em dois novos assaltos, em 24 de setembro e em 29 de novembro,
eles perderam 15 mil homens primeiro, e depois mais 11 mil.
Mas a ilha estava um monte de ruínas. A guarnição se reduziu a 3
mil combatentes, com somente 300 cavaleiros; já faltava munição e alimentos. E
nenhum socorro chegou da Europa. Os ciúmes dos reis, as intrigas de seus rivais
e as traições dos venezianos abandonaram os cavaleiros à sua própria sorte.
Suleiman ofereceu para a rendição condições honrosas, que Philippe
foi forçado a aceitar em 28 de dezembro de 1522. No demorado sítio feito à
ilha, os cristãos perderam 700 combatentes e os turcos 80.000.
O Grão-Mestre Philippe foi recebido com honra por Suleiman, e teve
a autorização para se retirar para Roma com o que restava de seus cavaleiros.
A perda da ilha de Rodes, a chave de defesa da cristandade, junto
com a visão do heroísmo de seus defensores, encheu a Europa cristã de vergonha
e de simpatia. O papa Adriano VI morreu a seguir em grande desgosto. Os reis
Francisco I Carlos V e Henrique VIII deploraram a grande perda. Era muito
tarde.
O Imperador instalou os cavaleiros sobreviventes na ilha de Malta.
Lá morreu Philippe de Villiers em 1534, com 70 anos. Sobre o túmulo, se liam as
palavras: “Aqui repousa o valor vitorioso
do destino”.
Philippe é um dos mais
nobres tipos das cruzadas. Combina a religiosidade e a modéstia do monge com o
valor, o devotamento e a intrepidez do cavaleiro errante. Calmo e recolhido,
jamais vaidoso pelo sucesso, jamais abatido pelos mais formidáveis perigos ou
pela aparência desesperada da situação. Ele é merecedor de admiração e
veneração por sua calma, majestade e doçura. Que permanecem em meio das mais
difíceis situações de sua vida.
Suleiman o Magnífico mandou fazer o elogio de Philippe de Villiers
em todas as mesquitas de seu imenso império otomano:
“Crentes, aprendei de um infiel como cumprir o seu dever até o
ponto de ser admirado e honrado por seus inimigos”.
AMANHÃ: João de Lepanto o herói da Batalha Naval contra os mouros.
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