segunda-feira, 9 de junho de 2014

0610 C SÃO BERNARDO culto da Virgem verdadeira interseção humana junto a Deus

10 DE JUNHO. S. Bernardo: competente, mantinha humildade como o menor de todos

Bernard de Clairvaux, Saint
(nasceu em 1090, em Dijon, no Burgundy, França; morreu em 1153, em Clairvaux,
na Champagne, França)

ORADOR PRESTIGIOSO DIRETOR ESPIRITUAL DO CATOLICISMO EM SEU APOGEU

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social


NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS

Bernard de Clairvaux (1090-1153) cresceu numa família que lhe deu exemplo de profundo respeito por gratidão, justiça e leal amizade. Pai e mãe eram exemplos excepcionais de modelos de virtude. Depois de sua educação literária, dedicou-se à vida religiosa.
Na Idade Média a suprema glória do catolicismo foi realizada por seu sacerdócio. O poder religioso trabalhava em liberdade, sendo independente do governo político e se constituiu de fato como o diretor espiritual da época, tanto para os ricos como para os pobres. Assim, os padres dirigiam a sociedade, fazendo a união, a instrução, o elogio e a punição do povo, usando apenas os variados apelos ao sentimento de piedade religiosa. São Bernardo representa o tipo mais perfeito, a todos os respeitos, do catolicismo em sua época de apogeu, de completa realização.
A vida de Bernardo começa no fim do século IX, sendo a maior parte na primeira metade do século X. Esse é o século mais importante do regime feudal. Seu pai, súdito do duque de Borgonha, era um bravo e bom homem que habitava perto de Dijon. Sua mãe, Alith, era muito religiosa: ela consagrou seus seis filhos a Deus, desde seu nascimento.
Bernardo entrou em 1112, aos 22 anos de idade, para o convento de Citeaux, então recentemente fundado, onde a disciplina era muito severa e que obedecia à regra monástica de Etienne Harding. Sua habilidade de persuasão era tal, que convenceu ao todo trinta pessoas para que o acompanhassem, incluindo seu tio e seus irmãos. Suas penitências durante esse período podem ser a causa de seus sofrimentos por toda a vida, com a saúde abalada, na forma de anemia, gastrite, enxaqueca, alta pressão e falta de paladar.
Dois anos depois, aos 24 anos, foi enviado com 12 companheiros, para fundar, com imensas fadigas, um novo convento da ordem de Citeaux numa floresta selvagem no vale do Aube, em Clairvaux, que foi, depois, o seu abrigo e o teatro de seus trabalhos mais importantes.
Bernardo foi descrito por seu biografo contemporâneo desta forma:
“Quando ele, como eleito de Deus, anunciava o nome do Cristo aos povos e aos reis; quando os príncipes deste mundo se curvavam diante dele e que os bispos de todos os paises obedeciam às suas ordens; quando o próprio papa em Roma aceitava seus avisos e o enviava pelo mundo como uma espécie de embaixador geral; quando, sobretudo, suas palavras e suas ações foram confirmadas pela experiência, - ele não se glorificava nunca, mas com toda humildade se considerava como ministro, e não como autor; e quando cada um lhe tinha por maior de todos, ele estimava a si mesmo como o menor de todos, dando a Deus a autoria de todos os seus sucessos”.
Em 1140, Bernardo, como campeão defensor do catolicismo ortodoxo, teve Pierre Abelardo por adversário. Abelardo, o mestre célebre da dialética e de teologia especulativa, acabara de publicar seu livro INTRODUÇÃO À TEOLOGIA. Nesse livro dizia que a fé não passava de uma simples opinião. Mas, para Bernardo, a fé não é uma opinião, mas é uma certeza. E via com horror os santos milagres debaixo de exame do racionalismo. Na presença do arcebispo, do rei e de todo concilio reunido em Sens, Abelardo, sob o ataque de Bernardo, se levantou e abandonou a assembléia. O concilio pronunciou sua condenação.
Durante toda sua carreira, Bernardo deu uma atenção especial ao culto da Virgem, a mediatriz verdadeiramente humana. O culto da Virgem ou mariolatria está de data antiga nos anais cristãos, remontando a antes do concilio de Efeso no 5º século, mas que passou a ter uma preponderância sistemática no tempo das cruzadas. Foi então que a pureza católica se ligou à ternura cavalheiresca. A capela da Virgem, colocada em grande número de igrejas a partir dos anos 1200, lembra a glorificação desse culto no ocidente.
Essa bela idealização da Virgem-mãe, principal criação poética do catolicismo, humaniza em mesmo tempo o culto e a crença, tendo uma influencia profunda sobre os sentimentos e os costumes do ocidente cristão.
São Bernardo é o tipo que resume a elevação moral do sistema católico de educação que dirigiu sociedade por toda a Idade Média.


AMANHÃ: S. Francisco Xavier recuperando o papa das perdas do cristianismo com a secularização.


SECULARIZAÇÃO

A secularização é a transformação de uma sociedade pelo abandono de seus tradicionais e profundos valores e importantes instituições religiosas e filosóficas para aceitação e para o uso de outros novos valores, filosofia e instituições laicas, científicas ou seculares, isto é, não religiosas.
A noção de secularização resulta da percepção de que as sociedades se desenvolvem ou progridem pela modernização e racionalização cientifica. Com a modernização a religião perde a sua autoridade em todos os aspectos da vida social e de governo.
A direção do ensino e da formação de opinião é feita pela religião. A secularização promove a passagem dessas funções para instituições que em geral não têm a coerência e a capacidade dos sacerdotes.
No caso da Idade Média, na Europa, a partir dos anos 1300, século XIV, o ensino, as artes e a informação deixaram de ter comando único nas mãos do papa e de seus padres, dentro da unidade da fé. Toda formação de opinião e governo da consciência passaram a ser feitas por especialistas, como professores, consultores, psicólogos, médicos. É uma era de revolução social moral, familiar e política de hábitos e costumes e de conflitos em que nos achamos. Até que uma nova filosofia, uma nova e elevada visão de mundo e de vida se estabeleça.

Notar o que é FILOSOFIA
 É verdade que você não será maior
do que sua visão da vida, que é a sua filosofia.


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