10 DE JUNHO. S.
Bernardo: competente, mantinha humildade como o menor de todos
Bernard de
Clairvaux, Saint
(nasceu em 1090, em
Dijon, no Burgundy, França; morreu em 1153, em Clairvaux,
na Champagne, França)
ORADOR
PRESTIGIOSO DIRETOR ESPIRITUAL DO CATOLICISMO EM SEU APOGEU
A regeneração moral
com a compressão do egoísmo anti-social
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
Bernard de Clairvaux (1090-1153) cresceu numa família que lhe deu exemplo de
profundo respeito por gratidão, justiça e leal amizade. Pai e mãe eram exemplos
excepcionais de modelos de virtude. Depois de sua educação literária,
dedicou-se à vida religiosa.
Na
Idade Média a suprema glória do catolicismo foi realizada por seu sacerdócio. O poder religioso trabalhava em liberdade,
sendo independente do governo político e se constituiu de fato como o diretor
espiritual da época, tanto para os ricos como para os pobres. Assim, os
padres dirigiam a sociedade, fazendo a união, a instrução, o elogio e a punição
do povo, usando apenas os variados apelos ao sentimento de piedade religiosa.
São Bernardo representa o tipo mais perfeito, a todos os respeitos, do
catolicismo em sua época de apogeu, de
completa realização.
A
vida de Bernardo começa no fim do século IX, sendo a maior parte na primeira
metade do século X. Esse é o século mais importante do regime feudal. Seu pai,
súdito do duque de Borgonha, era um bravo e bom homem que habitava perto de
Dijon. Sua mãe, Alith, era muito religiosa: ela consagrou seus seis filhos a
Deus, desde seu nascimento.
Bernardo
entrou em 1112, aos 22 anos de idade, para o convento de Citeaux, então
recentemente fundado, onde a disciplina era muito severa e que obedecia à regra
monástica de Etienne Harding. Sua habilidade de persuasão era tal, que
convenceu ao todo trinta pessoas para que o acompanhassem, incluindo seu tio e
seus irmãos. Suas penitências durante esse período podem ser a causa de seus
sofrimentos por toda a vida, com a saúde abalada, na forma de anemia, gastrite,
enxaqueca, alta pressão e falta de paladar.
Dois
anos depois, aos 24 anos, foi enviado com 12 companheiros, para fundar, com
imensas fadigas, um novo convento da ordem de Citeaux numa floresta selvagem no
vale do Aube, em Clairvaux, que foi, depois, o seu abrigo e o teatro de seus
trabalhos mais importantes.
Bernardo
foi descrito por seu biografo contemporâneo desta forma:
“Quando
ele, como eleito de Deus, anunciava o nome do Cristo aos povos e aos reis;
quando os príncipes deste mundo se curvavam diante dele e que os bispos de
todos os paises obedeciam às suas ordens; quando o próprio papa em Roma
aceitava seus avisos e o enviava pelo mundo como uma espécie de embaixador geral; quando, sobretudo,
suas palavras e suas ações foram confirmadas pela experiência, - ele não se glorificava nunca, mas com toda
humildade se considerava como ministro, e não como autor; e quando cada um lhe
tinha por maior de todos, ele estimava a si mesmo como o menor de todos, dando
a Deus a autoria de todos os seus sucessos”.
Em
1140, Bernardo, como campeão defensor do catolicismo ortodoxo, teve Pierre
Abelardo por adversário. Abelardo, o mestre célebre da dialética e de teologia
especulativa, acabara de publicar seu livro INTRODUÇÃO À TEOLOGIA. Nesse livro
dizia que a fé não passava de uma simples opinião. Mas, para Bernardo, a fé não é uma opinião, mas é uma certeza.
E via com horror os santos milagres debaixo de exame do racionalismo. Na
presença do arcebispo, do rei e de todo concilio reunido em Sens, Abelardo, sob
o ataque de Bernardo, se levantou e abandonou a assembléia. O concilio
pronunciou sua condenação.
Durante
toda sua carreira, Bernardo deu uma atenção especial ao culto da Virgem, a
mediatriz verdadeiramente humana. O
culto da Virgem ou mariolatria está de data antiga nos anais cristãos,
remontando a antes do concilio de Efeso no 5º século, mas que passou a ter uma
preponderância sistemática no tempo das cruzadas. Foi então que a pureza
católica se ligou à ternura cavalheiresca. A capela da Virgem, colocada em
grande número de igrejas a partir dos
anos 1200, lembra a glorificação desse culto no ocidente.
Essa
bela idealização da Virgem-mãe, principal criação poética do catolicismo, humaniza em mesmo tempo o culto e a crença,
tendo uma influencia profunda sobre os sentimentos e os costumes do ocidente
cristão.
São
Bernardo é o tipo que resume a elevação
moral do sistema católico de educação que dirigiu sociedade por toda a Idade
Média.
AMANHÃ: S. Francisco Xavier recuperando o papa das perdas do cristianismo com a secularização.
SECULARIZAÇÃO
A secularização é a
transformação de uma sociedade pelo abandono de seus
tradicionais e profundos valores e
importantes instituições religiosas
e filosóficas
para aceitação e para o uso de outros novos valores, filosofia e instituições laicas, científicas ou seculares, isto é, não religiosas.
A noção de secularização resulta da percepção de que as
sociedades se desenvolvem ou progridem pela modernização e racionalização
cientifica. Com a modernização a religião perde a sua autoridade em todos os aspectos da vida social e de governo.
A direção do ensino e da
formação de opinião é feita pela religião. A secularização promove a passagem
dessas funções para instituições que em geral não têm a coerência e a capacidade dos sacerdotes.
No caso da Idade Média,
na Europa, a partir dos anos 1300, século XIV, o ensino, as artes e a
informação deixaram de ter comando único nas mãos do papa e de seus padres,
dentro da unidade da fé. Toda formação de opinião e governo da
consciência passaram a ser feitas por especialistas, como professores,
consultores, psicólogos, médicos. É uma era de revolução social moral, familiar
e política de hábitos e costumes e de conflitos em que nos achamos. Até que uma
nova filosofia, uma nova e elevada visão de mundo e de vida se estabeleça.
Notar o que é FILOSOFIA
É
verdade que você não será maior
do que sua visão da vida, que é a sua filosofia.
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