07 DE JUNHO. LANFRANC
arcebispo de Canterbury : preciosos serviços ao Catolicismo
LANFRANC
Lanfranc da abadia do Bec, Lanfranc
de Cantuária, Lanfranc de Pavie; foi beatificado
BENEDITINO
ARCEBISPO DE CANTERBURY CONSELHEIRO DO REI GUILHERME DA INGLATERRA
(nasceu em 1010 em
Pávia, Lombardia, Itália; morreu em 1089, em Canterbury, Kent, Inglaterra)
FUNDADOR DAS
ORDENS MONÁSTICAS NO OCIDENTE CIVILIZADORAS
DA EUROPA
MEDIEVAL
A regeneração moral
com a compressão do egoísmo anti-social
Ver em 0521 C O QUADRO DO
MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
Lanfranc de Cantuária (1010-1089) é
contemporâneo de Hildebrando (1020-1085).
Estamos reverenciando os grandes servidores da sociedade na época
do apogeu da Igreja Católica. Uma era começa com o papa Hildebrando, que adotou
o nome Gregório VII. O papado teve seu tempo áureo desde o governo de
Hildebrando (1073-1085) até o seu ponto culminante no pontificado de 1198 a 1216 do papa
Inocêncio III (1160-1216).
Lanfranc nasceu em Pávia, na Lombardia. Estudou e praticou a
advocacia em sua cidade natal. Na Normandia, em 1039, com 34 anos, estabeleceu
uma escola em
Avranches. Lecionou ali até 1042, quando entrou para o
monastério beneditino em Bec, perto de Ruen. Em 1045 tornou-se o prior. Ali ele
fundou uma escola que se tornou conhecida por toda a Europa.
O duque de Normandie, Guilherme, que faria, mais tarde, a
conquista de Inglaterra, estava no poder. A Igreja de Roma estava proibindo o
casamento de Guilherme com sua prima Matilde de Flandres, que seria contrario
aos cânones da religião. O duque enviou Lanfranc como seu embaixador para fazer
a paz com o papa. Lanfranc teve sucesso, e em seu retorno, em 1064, o nomeou
antecipadamente abade da nova abadia de Santo Etienne em Caen, cuja ereção fora
uma das condições de reconciliação com a Igreja de Roma.
Em 1070, Guilherme levou Lanfranc para a Inglaterra para ser o
arcebispo de Canterbury. Nesse alto cargo, o segundo mais elevado do reino, que
exigia uma alta capacidade de estadista, Lanfranc prestou os mais preciosos
serviços ao rei, e à Igreja Católica Romana. Seus contemporâneos sabiam que ninguém suplantava Lanfranc em saber e em
autoridade.
Lanfranc conservou a confiança de seu imperioso rei sem ofender
seriamente seu soberano espiritual, Hildebrando o papa Gregório VII. Mantendo a
paz entre o rei e o papa, ele contribuiu decisivamente para a reforma monástica
e eclesiástica de Hildebrando papa e consolidou a união da Inglaterra com a
Igreja Romana.
A longa vida de Lanfranc se prolongou até o reinado do sucessor de
Guilherme o Conquistador, seu irmão Guilherme II. Lanfranc morreu em 1089, aos
84 anos, em Canterbury, Kent, na Inglaterra.
Lanfranc promoveu uma bem sucedida reforma e reorganização da
igreja da Inglaterra. Manteve-se subordinado ao poder do papa, mas assistiu ao
rei Guilherme na intenção de dar à igreja inglesa a liberdade espiritual. Com
habilidade, protegeu a liberdade de consciência da igreja contra a
interferência do próprio rei e de outros poderosos. É o que se chama separar o poder material do poder
espiritual.
Sua preocupação foi separar as responsabilidades e poderes do rei,
de um lado, e da Igreja Católica do outro. O que resultou na lei que separou os
tribunais da igreja dos tribunais seculares, do governo do rei. Mas talvez o
maior serviço pessoal que prestou ao rei foi descobrir em 1075 uma conspiração
formada contra ele por importantes nobres ingleses.
Ao morrer o rei Guilherme, Lanfranc assegurou a passagem do
governo para seu irmão, Guilherme II, colocando as forças inglesas em seu
apoio, contra os partidários de outro seu irmão mais velho, o duque de
Normandia.
Revendo a historia da organização da igreja medieval, notamos a preocupação permanente com o ensino,
aliada à realização de uma religiosidade universal, para todos os povos e todas
as raças. E tudo conseguido pela colocação da unidade do comando único religioso
na pessoa do papa como pontífice romano, para obter a continuidade e
uniformidade no tempo e no espaço. Ou seja, para durar muitos séculos e para o manter
por toda a Europa ocidental.
Importante é perceber a instituição da liberdade dos religiosos,
educadores, formadores de opinião, em relação ao poder coercitivo do governo
político. Essa libertação foi feita na
Europa católica pela primeira vez no mundo, na Idade Média. E veio para
ficar na civilização industrial de trabalhadores livres em que vivemos.
Para sempre veremos o fracasso da política de controle das consciências pelo Estado, da falta das liberdades, que
caracteriza o totalitarismo sempre bárbaro. Com cruéis resultados, com a
pobreza, com a fome e a morte de populações inteiras, em conflitos
intermináveis.
A solução é simples, de baixo custo: Com a disciplina somente dos atos anti-sociais pelo
Estado, mas com plenas liberdades cívicas de opinião, de religião, de reunião,
de ensino, como norma para sempre, com o Estado mantendo a liberdade de
consciência.
AMANHÃ: Amor sublime e constante: Heloisa.
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