20 DE
ABRIL:
FRONTINO-a organização em alto grau de
perfeição nas cidades romanas
FRONTINO
Sextus Julius
Frontinus
(nasceu no ano 35 de
nossa era, morreu cerca do ano 105)
POLÍTICO ROMANO
HISTORIADOR DOS AQUEDUTOS DE ROMA
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FRONTINO foi soldado, governador e alto
funcionário nos governos dos Flavius, de Nerva e de Trajano. Ele ficou famoso
como governador da Bretanha por sua conquista da tribo dos Silures no país de
Gales, na antiga Inglaterra. Foi elevado à alta função de curador das águas no
ano 97 e à grande dignidade de augure na qual teve como sucessor Plínio o Jovem.
Os augures eram membros de um corpo sacerdotal romano para interpretação
religiosa do sacrifício dos animais para conselho aos governantes. Frontino
morreu cerca do ano 105.
Frontino escreveu 4 livros sobre os
ESTRATAGEMAS DE GUERRA, mas seus dois livros AQUEDUTOS DE ROMA, escritos perto
do ano 100, constituem sua principal obra. Esse é um tratado cuidadoso e exato
sobre o sistema de aquedutos, que é parte da organização da cidade de Roma
levada a um muito alto grau de perfeição. Os gregos haviam negligenciado esse
assunto, que foi bem tratado pelos romanos e muito aperfeiçoado por eles.
Plínio o Jovem declarou que não havia
nada mais maravilhoso no mundo do que o aqueduto Claudiano, completado no
governo do imperador Cláudio no ano 50. As cidades gregas eram de extensão
média, o país montanhoso e a organização municipal pouco complicada,
encontrando seu abastecimento de água nos poços e nas fontes naturais. Mesmo
nas grandes cidades gregas, como Alexandria e Siracusa eram fornecidas de água
por meio de fontes ou de canais que se abasteciam dos rios vizinhos.
O aqueduto propriamente dito é um canal
muito elevado e ligeiramente inclinado que leva a água pura a uma grande
distância. É uma invenção que foi criada pelos romanos, muito antiga e aplicada
de forma geral em todo o império criado por Roma. O enorme volume de água que a
higiene exigia entre os romanos tornou indispensável construir o aqueduto para
conduzir a água a grandes distâncias, como se fosse um rio artificial.
No tempo em que Frontini escreveu,
no ano 100 da nossa era, Roma recebia a água de que necessitava por meio de
nove aquedutos, num volume que somado, equivaleria a um enorme rio correndo em
direção à cidade. O mais antigo aqueduto era o AQUA APPIA, construído pelo famoso censor Appius Claudius no ano
313 antes da nossa era, mais de 400 anos antes de Frontini. Alguns dos
aquedutos tinham mais de 60 e até 80 quilômetros de
comprimento.
Frontini diz com um justo orgulho que
essas gigantescas obras de necessidade do povo ultrapassam de muito por sua
utilidade as pirâmides do Egito e os famosos, mas vãos monumentos da Grécia. Os
romanos tinham muito cuidado com a conservação de seus aquedutos. O diretor
principal era um empregado de alto nível e era um administrador capaz. Um corpo
formado com 460 escravos era empregado constantemente na reparação dos
aquedutos.
É um fato profundamente característico
que os romanos fossem o único povo da antiguidade que levou ao mais alto ponto
essa instituição da vida civil: o constante abastecimento de água de fonte a
mais pura, em quantidade ilimitada e inesgotável.
É ainda mais impressionante que a mesma
perfeição numa das condições essenciais da civilização não fosse conseguida por
nenhum outro povo antigo.
AMANHÃ: As muitas vidas de Plutarco, sacerdote
de Apolo.
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