16 DE ABRIL. VARRO: tratados de agricultura, língua latina
e antiguidades históricas
VARRO
Marcus Terentius
Varro
(nasceu no ano 116
antes da nossa era, em Reate, na Itália; morreu em 27 antes da nossa era)
SÁBIO ESCRITOR E
PATRIOTA INFLUENTE NO IMPÉRIO ROMANO
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
VARRO (116-27 aC) foi educado nas antigas tradições romanas de simplicidade
e de coragem sem arrogância, recebendo a melhor instrução grega e latina de seu
tempo. Foi o maior sábio dos romanos na opinião de Cícero e de Santo Agostinho.
Serviu ao seu país na terra e no mar, foi pro-questor, um
magistrado do tesouro para Pompeu nas guerras contra os piratas e contra o rei
Mitridate, de Pontus, na Ásia Menor; uniu-se ao partido aristocrático na guerra
civil e foi tenente de Pompeu na Espanha. Com a derrota do partido do senado e
de Pompeu na luta contra César, submeteu-se ao vencedor. César o recebeu com
bondade e o encarregou de dirigir a formação de uma grande biblioteca pública.
A partir de então se retirou da política, consagrando-se ao trabalho
intelectual. Morreu no ano 28, antes da nossa era, com 89 anos de idade.
Varro foi ao mesmo tempo o mais fecundo e o mais sábio dos
romanos. A ele são atribuídos mais de 490 volumes escritos. O número exato
seria de 620 volumes, formando 74 obras em vários volumes. Suas obras foram as
mais variadas e suas vastas pesquisas originais sobre todos os assuntos formam
uma enciclopédia romana completa no ponto de vista prático, histórico,
filosófico e religioso. Além de sátiras e ensaios, suas mais importantes obras
tratam da agricultura, da língua latina e das antiguidades históricas.
Os três livros sobre agricultura são de fato manuais práticos e
apresentam em detalhe as tarefas da fazenda, da criação e da economia rural,
retiradas de seus conhecimentos e de suas observações pessoais.
O seu tratado sobre a linguagem constitui o tratado mais completo
e mais científico que os romanos puderam dar de sua própria língua, o latim.
Mas a obra capital de Varro foi sua obra em 41 livros sobre a
antiguidade tanto humana quanto religiosa. Foi por meio de santo Agostinho que
nós a conhecemos quase inteiramente, por ter ele se servido como um manual dos
deuses da religião do politeísmo, chamada de paganismo pelos cristãos.
Varro nessa obra começa na origem do homem, depois trata do povo
primitivo da Itália antiga e finalmente expõe a origem, a história dos
primeiros tempos e a cronologia de Roma, em que fixa sua fundação no ano 753
antes da nossa era. Ele discute a política e as instituições de Roma desde o
seu começo. Nenhuma obra dos tempos de Roma antiga seria tão inestimável. Mas
foi destruída quase inteiramente pelo receio do fanatismo dos primeiros tempos
do cristianismo em relação ao efeito do principal manual da teologia da
religião do politeísmo.
De maneira rudimentar e preliminar, Varro fez três ensaios que só
a ciência moderna poderá levar ao termo:
1 o uso da ciência aplicada à indústria prática;
2 o estudo científico da linguagem;
3 o esboço da evolução humana, desde as eras mais primitivas, sob
a influência de uma crença religiosa.
Por sua obra Disciplinae,
Disciplinas, do ano 30 antes da nossa era, sobre todos os assuntos, em nove
livros, Varro é tido como o primeiro enciclopedista romano.
AMANHÃ: A agricultura científica de Roma por Columela.
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