17 DE MAIO. Antonino: a
prosperidade pelo governo de um imperador romano sereno.
ANTONINO
Antoninus Pius, Caesar Titus
Aelius Hadrianus Antoninus Augustus Pius
(nasceu no ano 86, no Latium; morreu em 161,
em Lorium, Etruria)
IMPERADOR ROMANO
ESTADISTA EM PERÍODO DE
PAZ E DE PROSPERIDADE
A CIVILIZAÇÃO MILITAR
Guerra para a Paz, Cultura e Cooperação
Os guerreiros e
estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês
do calendário histórico-filosófico.
São os representantes
principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo
oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma
vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos
países viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua própria
defesa, sempre procurando fazer a conquista.
Foi Roma com suas
qualidades militares e de administração política que conseguiu a conquista de
todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os pequenos povos
num império de paz e de cooperação.
O resultado foi pela
primeira vez uma paz de longa duração num território de grande extensão.
Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para sempre;
deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma
civilização homogênea, que veio a ter mais tarde uma religião universal, comum
a todo o continente.
Esta quarta semana tem como chefe Trajano, um general
vitorioso e estadista, grande
como soldado e grande como administrador.
Sua vida foi de
harmonia e de modéstia, com luxo, mas sem pompa.
Trajano é homenageado no ultimo dia da semana.
Ver o Quadro 0423 01 C
do mês de César - a Civilização Militar que mostra os grandes homens representantes da criação de
um continente europeu unido e em paz.
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
Antonino
(86-161 dC) mostrou-se um competente administrador, de atitudes calmas,
serenas. A passagem do poder no império romano não foi feita pela
hereditariedade, de pai para filho, como nas castas teocráticas, esse modo
sendo chamado, por isso, de modo teocrático. Nesse caso, o imperador Adriano
adotou como filho e indicou a Antonino como seu sucessor e também indicou Marco
Aurélio para suceder a Antonino. A história registra o bom resultado do modo de
passagem do poder em Roma, já que esses imperadores foram muito felizes no
exercício do poder centralizado, com unidade de comando.
O
Senado romano foi mantido sem poder de fato, evitando a nociva interferência
parlamentar, que provoca a quebra da unidade de decisões e a corrupção. As
assembléias fornecem soluções imprevisíveis, sem terem um responsável, onde
ninguém manda, ninguém obedece, num rumo sem direção.
A
honra, a nossa admiração deve ser dada aos três notáveis imperadores-Adriano,
Antonino e Marco Aurélio.
Os ancestrais paternos de Antonino eram da Gália,
hoje a França, mas sua família morou na Itália por duas gerações. Ele não era
um militar, mas ganhou grande reputação quando governou na Ásia, tornando-se
mais tarde um grande estadista como imperador romano.
O
governo de Antonino, durando 22 anos, foi um período de profunda tranqüilidade,
de ordem e paz geral, salvo por uma revolta na Inglaterra, onde foi construído
o Muro Antonino, de 70 quilometros e rebeliões na Mauritânia, Alemanha, Dácia e
Egito.
Ele
governou sempre de Roma, dirigindo pessoalmente as reformas feitas e
favorecendo o comércio, a educação e a saúde publica. Sua conduta particular e
publica foi irrepreensível, sua vida foi feliz e bem sucedida. Antonino merece
nossa gratidão por seu trabalho no governo do império romano e por seu exemplo
como homem e como estadista.
O
nome de IMPÉRIO, dado ao sistema de governo da Roma antiga, dá a aparência de
ser uma monarquia hereditária para o modo de sucessão do poder. A escolha do
sucessor passou a ser feita por MÉRITO, sem ser pelo sangue nem pela eleição. É
importante observar esse importante aspecto da evolução da política romana. O império romano foi mesmo um
presidencialismo sem parlamento.
Essa
é uma lição prática de política, de como
agir no governo da sociedade para fazer a transmissão do poder. Que equivale à transmissão do poder e da
riqueza na direção política do país e que ocorre também nas empresas.
A observação cuidadosa e inteligente dos
registros nos anais históricos corresponde a uma base de verificação empírica,
a ser empregada na elaboração de uma Sociologia como ciência das organizações,
de uma teoria dos fenômenos de
associação em grupo, da
sociedade. O conjunto de leis abstratas forma a SOCIOLOGIA abstrata. Em que as leis são infalíveis. Na
preparação para a formação de uma Ciência Política aplicada.
Não
se deve perder essa preciosa lição de governo político que devemos aos romanos
antigos, nossos antepassados. São dos mais ilustres membros de nossa grande
família humana em maravilhosa evolução desde a animalidade primitiva até nossos
dias, através dos milênios.
E
esses são os nossos antepassados a serem lembrados e reverenciados para sempre.
AMANHÃ: O saber jurídico de Papiniano.
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