16 DE MAIO. Adriano:
estradas, fortificações e a famosa muralha no norte da Inglaterra
ADRIANO
Hadrianus, Publius Aelius
Hadrianus Caesar Traianus Hadrianus Augustus
(nasceu no ano 76 da
nossa era, na Espanha; morreu no ano 138, em Nápoles, Itália)
IMPERADOR ROMANO
PATRONO DAS ARTES UNIFICOU E CONSOLIDOU O IMPÉRIO
A CIVILIZAÇÃO MILITAR
Guerra para a Paz, Cultura e Cooperação
Os guerreiros e
estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês
do calendário histórico-filosófico.
São os representantes
principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo
oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma
vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos
países viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua própria
defesa, sempre procurando fazer a conquista.
Foi Roma com suas
qualidades militares e de administração política que conseguiu a conquista de
todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os pequenos povos
num império de paz e de cooperação.
O resultado foi pela
primeira vez uma paz de longa duração num território de grande extensão. Implantou
nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para sempre; deu-lhes a todos
a cultura greco-romana; criou as condições para uma civilização homogênea, que
veio a ter mais tarde uma religião universal, comum a todo o continente.
Esta quarta semana tem como chefe Trajano, um general
vitorioso e estadista, grande
como soldado e grande como administrador.
Sua vida foi de
harmonia e de modéstia, com luxo, mas sem pompa.
Trajano é homenageado no ultimo dia da semana.
Ver o Quadro 0423 01 C
do mês de César - a Civilização Militar que mostra os grandes homens representantes da criação de
um continente europeu unido e em paz.
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
Adriano
(76-138dC) nasceu em Itálica, perto de Sevilha, na Espanha. Foi educado em
Roma, ocupando cargos na cidade e na guerra até que Trajano se tornou imperador
no ano 98. Serviu com distinção nas campanhas militares com Trajano e foi
Cônsul por vários anos seguidos. Em Atenas, em 112, assimilou a cultura grega,
ficando muito ligado ao seu saber. Trajano morreu em 117, tendo deixado Adriano
como filho adotivo e como sucessor no trono imperial.
O
nosso saber e nossa vida são muito ligados aos trabalhos dos romanos antigos.
Os guerreiros de Roma, ao conquistarem toda a Europa, acabaram com as
constantes guerras entre as tribos de cada região. E difundiram a cultura da
Grécia e levaram a língua de Roma, o latim, a todo o continente europeu.
O
Brasil pode se considerar uma extensão de Portugal. Somos portugueses na
América. Toda a América do Sul é uma extensão da península ibérica, onde está a
Espanha e Portugal, paises que foram colonizados pelos romanos antigos. Os
países mais adiantados do mundo moderno são aqueles que receberam a cultura
romana e grega, com os hábitos da paz de Roma, apesar dos conflitos de cada
lugar. E são os países que fizeram parte da Europa do oeste, ocidental, depois
tornada mais educada nos hábitos cavalheirescos, hábitos menos ferozes, pela
religião católica romana.
Assim,
vemos a nossa verdadeira filiação, a nossa ligação direta com os nossos
antepassados na grande família humana. Que teve sua vida melhorada pouco a
pouco na evolução constante do conhecimento, das artes, da indústria, dos
sentimentos e dos costumes. O conhecimento dos grandes tipos humanos que
trabalharam pelo progresso de nossa sociedade está registrado nos documentos
históricos, de valor inestimável.
O
imperador Adriano, o 14º imperador romano, muito instruído, fez muito pela difusão
da cultura da Grécia e de Roma pela Europa toda. Conseguiu unificar as
populações pacificadas, tornando o vasto império romano mais civilizado.
Adriano
é um dos imperadores que mostram o modo não hereditário de passagem do governo em Roma. O império romano não
foi uma monarquia hereditária. E por isso foi uma lição de ciência política,
demonstrando uma solução muito bem sucedida da passagem do poder de governo
fora da linha de família, de pai para filho, que sempre foi o modo obrigatório
nas castas da teocracia oriental. Essa forma antiga de sucessão pode ser
chamada de sucessão teocrática.
A
prática de sucessão dos imperadores romanos é uma lição de sociologia e
política, uma solução para a passagem do poder e da riqueza de uma geração para
a seguinte. Até hoje esse é um problema vital para a política das nações e até
dentro das empresas na economia dos paises em nossos dias.
O
governo de Adriano está na época de grande expansão do império, que ia desde o
norte da Inglaterra até a Dácia, a Arábia e Mesopotâmia. O império foi
fortificado, suas defesas melhoradas e uma política de igualdade levada a todas
as províncias, em todo o território do império.
A
unidade e a expansão do império foi preparada e acompanhada pela introdução dos
costumes romanos e o emprego da língua de Roma, o latim. O poder ficou
centralizado nas mãos do imperador. O Senado, sem poder, deixou de dividir o poder
político, havendo, então, a unidade de comando pelo imperador, indispensável a
todo governo.
Roma
sempre ficou ameaçada por invasões dos povos bárbaros e Adriano construiu novas
estradas para o rápido deslocamento dos exércitos a todas as províncias. Fez
também a serie de fortificações de defesa, entre elas famosa Muralha de Adriano
no norte da Inglaterra.
Adriano
foi um homem de cultura e cercou-se de poetas, filósofos e artistas. Escreveu em verso e em prosa, em latim e em
grego, com grande habilidade. Construiu magníficos edifícios, como o Ateneu, o
templo de Vênus, reconstruiu o Panteon e fez seu grande mausoléu, hoje o castelo
de Santo Ângelo.
Adriano
morreu no ano 138, em Baiae, perto de Nápoles, na Itália.
AMANHÃ:
Imperador Antonino administrador sereno.
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