segunda-feira, 11 de julho de 2011

0711 SANTO ESTÊVÃO DA HUNGRIA

11 DE JULHO. Santo Estevão: A coragem e a religiosidade criadora da Hungria.

SANTO ESTEVÃO DA HUNGRIA
Szent István király em húngaro, Saint Étienne de Hongrie, Stephen I,King, Rei Estevão I, o Grande
(nasceu cerca do ano 969, em Gran, Hungria; morreu no ano 1038 da nossa era, em Esztergom, Hungria)
NOTÁVEL ESTADISTA FUNDADOR DO REINO CATÓLICO DA HUNGRIA

Quais foram as grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana?
Duas forças coordenadas caracterizam a história da Idade Média: uma católica ou religiosa e a outra feudal ou cavalheiresca. De sua atuação resultou:
1. Purificar e disciplinar as mais fortes paixões do homem, sobretudo a desumanidade, o orgulho e os apetites sensuais.
2. Teve como conseqüência elevar a condição da mulher.
3. Fez a proteção do fraco, honrar a nobreza do caráter, elevar a natureza humana.
4. Suprimiu a guerra universal e transformou a guerra de conquista em guerra defensiva.
5. Estabeleceu os governos verdadeiramente locais com o acordo do dever recíproco, em vez da submissão a um império centralizado.
6. Suprimiu a escravidão geral na população e fundou o trabalho livre.
Os três primeiros resultados foram principalmente tarefa da Igreja Católica, com a Cavalaria participando na elevação das mulheres.
Os três últimos progressos foram principalmente obra do feudalismo junto com a religião.
Foram nove séculos de avanços, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com um heroísmo e uma dedicação admiráveis.
As duas últimas semanas estão representadas por religiosos. Mostram o apogeu do Catolicismo e seu declínio.

Nesta quarta semana é feita a representação de como agiram os dirigentes cristãos no governo. O tipo principal é o rei São Luiz de França, comemorado no domingo que encerra a semana.

Ver em 0618 1 O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO, A CIVILIZAÇÃO FEUDAL com todos os grandes tipos humanos do mês.


SANTO ESTEVÃO, o fundador do reino da Hungria e de sua civilização cristã, nasceu em Gran, a antiga capital, cerca do ano 969. Seu pai foi Geysa, duque da Hungria, sua mãe Sarolta, filha do duque da Transilvânia, que, durante uma missão em Constantinopla, tinha se convertido ao cristianismo. Na juventude, o jovem príncipe foi batizado por São Adalberto, bispo missionário de Praga. Então, teve o seu nome mudado de Vayik para Estevão.
Em 997 Estevão sucedeu a seu pai como duque da Hungria. Ele estava casado com Giselle, irmã do imperador Henrique II. Seguindo a influência de sua esposa, de seus auxiliares da Bavária e dos monges e missionários, ele empreendeu a complementação da conversão de seu povo ao cristianismo. Essa conversão foi feita pelo exemplo pessoal, pela persuasão, pela política e até pela espada.
Ele dividiu o país em paróquias, dioceses e distritos, colocou a sede metropolitana em Gran e cobriu o território de castelos e praças fortes para defender sua própria autoridade e também para proteger a nova Igreja.
Estevão decidiu obter para sua Igreja e para ele mesmo, uma consagração especial do chefe do cristianismo do ocidente, o papa. No ano 1000, ele enviou ao papa Silvestre II, Gerbert uma magnífica embaixada encarregada de pedir para ele a coroa da Hungria e a confirmação da nova hierarquia. O papa, encantado com sua devoção, concedeu a Estevão e a seus sucessores o título de “rei apostólico”, o direito de usar em público a cruz dupla em sinal de autoridade eclesiástica independente e lhe enviou a coroa célebre que se venera ainda como o símbolo sagrado da soberania húngara. Essa ligação entre o chefe magiar ou húngaro e o papado se perpetuou através toda a história húngara.
A Hungria, colocada entre o império anti-papal da Alemanha e as raças não católicas do leste, apressou-se em aproveitar o apoio moral que Roma lhe dava, ao mesmo tempo em que o espírito profético do papa Silvestre fundava suas esperanças no devotamento livre à Igreja Católica por parte do reino apostólico.
Estevão voltou suas armas para o oriente, expulsou seu tio, o duque da Transilvânia, que havia voltado às crenças pagãs antigas e estabeleceu sua autoridade sobre todo o reino da Hungria, da forma como o país magiar ficou conhecido na história da Idade Média.
Estevão aproveitou em seguida vinte anos de paz para organizar seu país como um reino cristão. Um historiador afirma com razão que “a Igreja cristã foi a pedra angular de toda a ordem social e política no reinado de Estevão” Ele regulou em seguida o sistema da igreja nacional com uma plenitude, uma magnificência e uma habilidade que não foi superada em toda a Europa da Idade Média.
Os últimos anos do rei Estevão da Hungria foram de tristeza pela morte de seu filho único, devido à doença e a conflitos domésticos relativos à sucessão do poder. Estevão morreu em 1038 depois de um reinado de trinta e oito anos, com a idade de 69 anos. Ele foi feito santo cinco anos mais tarde. Ainda se conserva sua mão direita e sua coroa como relíquias e símbolos da nacionalidade húngara.
Estevão foi, na verdade o criador de um país, como o rei Alfredo da Inglaterra: se igualou a esse grande rei, em coragem, energia, no zelo religioso e na moralidade.
Do rei Estevão pode-se dizer que a Igreja o colocou entre os santos, mas a história o coloca entre os legisladores.


AMANHÃ: Inspiração feita aos políticos pelo altruísmo cristão na cavalaria medieval: Santa Isabel da Hungria.



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