sábado, 2 de julho de 2011

0702 SÃO LEÃO O GRANDE

02 DE JULHO: : S.Leão o Grande: A unidade de comando do papa no calendário histórico.
SÃO LEÃO O GRANDE
Leão I, Papa, Saint Leon-Le-Grand; Leo I, Saint; Leo-the-Great
(nasceu na Toscâna, Itália; morreu no ano 461, em Roma)
PRIMEIRO GRANDE ADMINISTRADOR PAPAL PARA A ORTODOXIA DA IGREJA MEDIEVAL ROMANA

Quais foram as grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana?
Duas forças coordenadas caracterizam a história da Idade Média: uma católica ou religiosa e a outra feudal ou cavalheiresca. De sua atuação resultou:
1. Purificar e disciplinar as mais fortes paixões do homem, sobretudo a desumanidade, o orgulho e os apetites sensuais.
2. Teve como conseqüência elevar a condição da mulher.
3. Fez a proteção do fraco, honrar a nobreza do caráter, elevar a natureza humana.
4. Suprimiu a guerra universal e transformou a guerra de conquista em guerra defensiva.
5. Estabeleceu os governos verdadeiramente locais com o acordo do dever recíproco, em vez da submissão a um império centralizado.
6. Suprimiu a escravidão geral na população e fundou o trabalho livre.
Os três primeiros resultados foram principalmente tarefa da Igreja Católica, com a Cavalaria participando na elevação das mulheres.
Os três últimos progressos foram principalmente obra do feudalismo junto com a religião.
Foram nove séculos de avanços, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com um heroísmo e uma dedicação admiráveis.

As duas últimas semanas estão representadas por religiosos. Mostram o apogeu do Catolicismo e seu declínio. Nesta samana vemos o apogeu da religião.
Na terceira semana o tipo principal é Inocêncio III, que se colocou entre os mais nobres e enérgicos papas. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em 0618 1   O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO  A CIVILIZAÇÃO FEUDAL  com todos os grandes tipos humanos do mês.


Os grandes sacerdotes da Idade Média mostram, por seu trabalho, a tomada da direção única do papa em Roma no comando da administração da cristandade do ocidente. Essa era a missão principal, junto com a indispensável eliminação das muitas heresias da época. Somente a autoridade unificada no papa poderia acabar com a dúvida das heresias, porque a doutrina era baseada na tradição e não era possível fazer a verificação e comprovação experimental.
As heresias ameaçavam perigosamente a unificação religiosa e a universalidade do catolicismo. Só com uma doutrina bem determinada e única poderia o cristianismo católico formar o conhecimento e fazer o ensino para todas as classes da população na Idade Média, a era que é a formadora da civilização ocidental moderna.
O primeiro desses sábios sacerdotes católicos foi Leão I, o Grande.
Ele nasceu em família da Toscana, na Itália, cerca do ano 390.
Em sua juventude foi empregado pelos bispos de Roma em missões nas igrejas de outros países. Assim, ele entrou em relações com Santo Agostinho e São Cirilo de Alexandria. Mais tarde, foi encarregado de importantes embaixadas. Numa delas, que se destinava a reconciliar Aécio com Albino, foi aclamado como papa, no ano de 440, quando tinha cerca de 50 anos de idade.
Na sua gestão, introduziu o costume, quase desconhecido de seus predecessores, de pregar diretamente ao povo. Seus fortes sermões estão entre os primeiros que estão conservados até hoje. São simples, severos, curtos e nervosos. O assunto era sempre a fé e a vida do verdadeiro cristão.
Leão é o grande inimigo da heresia, sobretudo a dos Maniqueus. Foi um censor atuante contra a imoralidade e contra a vida mundana dos pagãos. Sua veemente campanha em oposição à heresia e aos crimes dos maniqueus foi seguida de um ataque contra os pelagianos, dos priscilanistas, e, finalmente, contra a heresia de Eutiques de Constantinopla.
Durante uma longa vida de polêmica, Leão obteve que a Igreja do ocidente desse sua aprovação a um corpo extenso de doutrina, que foi, depois, reconhecido como a ortodoxia católica.
Em 452, Átila, rei dos hunos, refeito da derrota que sofreu em luta com Aécio em Chalons, avançou com seus homens sobre a Itália. A península itálica, com sua capital, Roma, estava toda submetida a Átila.
Leão foi à frente de uma comitiva negociar com o terrível conquistador. Com sua dignidade, seu calor, sua eloqüência, conseguiu que o bárbaro se retirasse para além do rio Danúbio em troca de um tributo. Três anos mais tarde, os germânicos vândalos chefiados por Gaiseric atacaram a Itália. Leão não conseguiu prevenir o saque de Roma, mas salvou os habitantes da cidade de um massacre geral.
Leão passou os últimos anos de seu pontificado em esforços para reparar as ruínas deixadas pelos vândalos. Ele fortificou a autoridade moral da Igreja e restaurou os templos antigos. Mas a ruína de Roma, como capital política, junto com a queda visível do império, foram o fundamento da colocação de Roma como o centro religioso do Catolicismo, do cristianismo da Europa ocidental.
Leão o Grande é o mais romano dos romanos, o Catão ou Cipião da Igreja Católica. Ele fez de Roma o centro de um novo império religioso que se levantou das ruínas do antigo império temporal, político. Foi a realização da previsão feita por Santo Agostinho.
O pontificado do papa Leão I é a primeira grande época da história do cristianismo latino. Roma obteve então a supremacia geral sobre todas as igrejas do Ocidente. O que resultou na propagação da mais adiantada cultura religiosa da época, tanto no aspecto intelectual como moral, de forma igual por todas as classes da população da Europa ocidental.
Em primeiro lugar, Leão I colocou Roma dentro da rigorosa e ardente doutrina ortodoxa católica. Depois, ele fez de Roma a capital religiosa da espiritualidade de todas as raças na Europa ocidental.


AMANHÃ: Silvestre II primeiro papa francês: Gerbert de Aurillac.


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