27 DE
MAIO. Constantino: seus escudos com XP, as primeiras letras de CRISTO em grego
CONSTANTINO
Constantino
I o Grande, Constantin, Constantine the Great, Flavius Valerius Constantinus
(nasceu no
ano 274 da nossa era, em Naissus, Moesia; morreu em 337, em Nicomedia, na
Bithynia, hoje Turquia)
PRIMEIRO
IMPERADOR ROMANO CRISTÃO UNIFICOU O IMPÉRIO PREPAROU A IDADE MÉDIA
A
regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social
O
Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a
regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse
resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de
associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito
pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção
da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de
Deus
Verifica-se
e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e
consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana
em nome de um sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam
e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do
supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente
exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios
sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica
básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao
grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses.
Caso contrário todos morreriam.
O
Calendário Filosófico indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na
primeira semana os quatro primeiros séculos com seus principais padres
fundadores; na segunda semana a instituição política do papado, com Hildebrando,
o papa Gregório VII; na terceira os fundadores da vida nos monastérios; na
última semana o controle e estímulo da vida moral da população e o surgimento
do protestantismo.
HILDEBRANDO
A segunda
semana do mês de São Paulo é presidida por Hildebrando, que tomou o nome de
Gregório VII como papa. Sua biografia está no domingo que encerra a semana. Com
Hildebrando se completa a constituição do Catolicismo no continente europeu
como poder político sem armas. Respeitado por sua cultura, por seu elevado
conceito, por seu exemplo, por meio do ensino e da consagração.
LIBERDADE
DE CONSCIÊNCIA
Pela
primeira vez na história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem
armas se torna livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a
libertação do Poder Espiritual, da liberdade de consciência, em relação ao
Poder Temporal da disciplina dos atos. A liberdade dos formadores de opinião
foi feita pelo Catolicismo pela primeira vez na história do mundo. Antes do
cristianismo o poder político era totalitário, não havendo liberdade de
consciência em todas as civilizações passadas. Comprova-se assim que o
totalitarismo é de fato um regime retrógrado e cruel, muito antigo, barbaro.
Desse
modo se completa a instituição política da religião de São Paulo, começada pelo
imperador Constantino, continuada por Teodósio. Atinge seu ponto culminante
pelo estabelecimento final do poder político liberal do pontífice romano sob a
direção de Hildebrando papa Gregório VII.
Ver em 0520 01 B, de maio
dia 21, O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos
humanos do mês.
Constantino
nasceu cerca do ano 274 depois de Cristo, no que hoje é a Servia. Seu pai foi
Constantius Chlorus, após co-imperador Constantius I na divisão do Império em
quatro partes feita por Diocleciano. A região do Império que seu pai governava
era formada pela Gália, Espanha e Grã Bretanha. Sua mãe, Helena, foi depois
canonizada como Santa Helena.
Quando
Constantino tinha 32 anos, Constancio morreu em York, na Inglaterra, designando
Constantino como seu sucessor, confirmado pelo exército. Ele já era, então, um
soldado experiente.
Depois
de sangrentas campanhas contra os bárbaros e em longas e ferozes guerras civis,
Constantino tornou-se o chefe do Império do ocidente, e mais tarde, em 325, aos
38 anos, o forte soberano de todo o Império Romano, no ocidente e no oriente.
Viveu
Constantino no quarto século de nossa era. Foi quando ocorreu uma grande
transformação política, tanto no governo como na religião. É o século que marca
o fim da Antiguidade clássica de Roma e da Grécia, com o início da Idade Média.
E o grande imperador abriu o caminho para o estabelecimento do Catolicismo e,
ao mesmo tempo, tornando o declínio do Império mais suave.
Constantino
unificou o Império Romano, então já encerradas as conquistas, reorganizou o
governo imperial e preparou a vitória final do Catolicismo no fim do século.
Fez o fortalecimento do Império para assegurar sua continuidade no oriente.
Hoje
se aceita que ele se tornou um sincero cristão. A conversão teria ocorrido
pouco a pouco, passando de um adorador do deus-Sol a um fiel católico. Afirmou
em 312, com 38 anos, ter sonhado com Cristo, que lhe disse para escrever XP nos
escudos de guerra de suas tropas (XP são as 2 primeiras letras do nome Cristo,
em grego). No dia seguinte disse ter visto uma cruz sobreposta sobre o sol, com
as palavras
“IN HOC SIGNO VINCES”,
em
latim “com este sinal vencerá”. Tendo vencido a batalha em que estava, ele
passou a ver no deus cristão um caminho para a vitória. A partir de então, a
perseguição aos cristãos foi suspensa e a liberdade religiosa foi feita.
Com
a fundação de Constantinopla em 328,
a ser a sede futura do governo, como uma nova Roma a
cidade foi construída, para assegurar a defesa das províncias do oriente. O
fato de Constantino deixar o ocidente para colocar a capital no leste, foi
descrito por Dante, com tristeza, dizendo
“afim de ceder o lugar ao pastor (o Papa) se fez grego” (Paraíso, XX,57).
Constantino
acabou reconhecendo a necessidade de incorporar ao Estado a minoria cristã,
resoluta e organizada. De acordo com Santo Agostinho, ele se decidiu “a edificar uma potência espiritual
semelhante ao Império Romano e como a própria filha de Roma”.
O
imposto ordinário passou a ser entregue à Igreja, dispensou os padres das taxas
municipais, oficializou a autoridade disciplinar e judiciária do clero e
construiu muitas igrejas cristãs.
Constantino
morreu aos 63 anos, em Nicomedia e foi enterrado na igreja dos Apóstolos em
Constantinopla.
A
população mais avançada da sociedade humana passou, dessa forma, de uma era de
um politeísmo militar, não teocrático, para uma civilização monoteísta. O
governo passou a ser local, feudal, de pequenos territórios, coordenados sem
violência armada pela fé cristã universal. Essa a fé do catolicismo de Paulo
Apóstolo, o pregador dos gentios, uma única fé para todos os povos, para todas
as nações.
O
catolicismo governou as mentes de toda a Europa ocidental no regime feudal até
os anos 1300, socialmente unificando, educando e instruindo com liberdade com
sua doutrina a mais adiantada civilização humana no planeta.
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