07 DE
MAIO. CINCINATO: sem ambição na
dedicação patriótica à Roma republicana
CINCINATO
Cincinnatus,
Lucius Quinctius
(nasceu
cerca do ano 519 antes da nossa era; morreu depois do ano 439)
GENERAL
E ESTADISTA ROMANO FAMOSO POR SUA DEDICAÇÃO E VIRTUDES ROMANAS
A CIVILIZAÇÃO MILITAR
Guerra para a Paz, Cultura e Cooperação
Os
guerreiros e estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no
quinto mês do calendário histórico-filosófico.
São os
representantes principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida
social do modo oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais
liberal, com uma vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos
cruel. Os pequenos países viviam em continuada luta contra os visinhos, no
ataque e em sua própria defesa, sempre procurando fazer a conquista.
Foi
Roma com suas qualidades militares e de administração política que conseguiu a
conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os
pequenos povos num império de paz e de cooperação.
O resultado
foi pela primeira vez uma paz de longa duração num território de grande
extensão. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para
sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma
civilização homogênea, que veio a ter mais tarde uma religião universal, comum
a todo o continente.
Esta terceira semana do mês da
Civilização Militar representado pela figura de Júlio César mostra os melhores
tipos da fase inicial de Roma na forma de República aristocrática.
A semana tem como chefe Cipião o
Africano, nascido de família patrícia, sendo o maior general romano antes de
César. Ele incentivou a difusão da cultura grega e continuou a reduzir o poder
do Senado na tendência que mais tarde, no Império, tornou essa assembléia
corrupta e perturbadora sem poder político, passando a ser apenas consultiva.
Cipião é homenageado no domingo último dia da semana.
Ver o
Quadro 0422 01 B do mês de César a
Civilização Militar
que mostra os grandes homens representantes da criação de um continente europeu
unido e em paz.
CINCINATO viveu na primeira metade o período que vai da abolição
da monarquia romana até a lei de Licínio. A vida de Camilo ocorreu na última
metade desse período.
Foi nomeado Ditador no ano 458 antes da nossa era, quando foi
noticiado que o Consul Romano e seu exército estavam cercados e em perigo de
serem destruídos. A comissão enviada pelo Senado para convocá-lo para salvar a
pátria do perigo encontrou o velho general lavrando sua terra de 160 metros quadrados .
Afinal Cincinato venceu os inimigos em apenas 16 dias. Abandonou imediatamente o
poder absoluto como Ditador que então tinha e que poderia manter durante 6
meses. Deu assim uma prova de desprendido procedimento político e de interesse
pelo trabalho.
A lenda mostra muitos elevados sinais característicos do regime
dos nobres, dos patrícios romanos. Todos eles, fossem ricos ou pobres, agiam
essencialmente da mesma forma. Quando as circunstâncias extraordinárias
tornavam necessário muitas vezes escolher chefes por seu mérito, eles só
poderiam ser encontrados na classe dos patrícios e por um tempo muito curto. Os
patrícios bem cientes dos princípios de sua classe abreviariam a tarefa tanto
quanto fosse possível.
O desprezo da civilização militar na antiguidade pelo trabalho
manual apresenta, no entanto, entre os romanos, uma exceção: não havia então
qualquer rebaixamento em cultivar sua terra com suas próprias mãos, como diz
Cícero.
Cincinato foi um defensor obstinado dos privilégios do patriciado.
Tinha 80 anos quando novamente foi feito Ditador para combater a conspiração do
chefe popular Spurius Moelius, que venceu e que condenou à morte.
Foi famoso por sua dedicação patriótica à sua pátria republicana
em tempos de crise, demonstrando não ter ambição para manter-se no poder,
recusando todas as honrarias que lhe ofereciam.
Cincinato tornou-se um modelo das virtudes dos romanos.
Em homenagem ao distinto romano foi dado o nome de Cincinato a uma
cidade na Itália e nos Estados Unidos da América. Sua estátua mostra o
estadista tendo numa das mãos o fasces, feixe de varas com o martelo, símbolo
do poder político de Ditador de Roma e na outra segurando o arado, representando
assim sua ação militar e política como cidadão e como trabalhador.
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