08 DE
MAIO. RÉGULO: feito prisioneiro manteve a honra e o devotamento patriótico
RÉGULO
Marcus
Atilius Regulus
(viveu
nos anos 200 e morreu cerca de 250 antes da nossa era)
GENERAL
E ESTADISTA ROMANO MODELO DE RESISTÊNCIA HERÓICA
A CIVILIZAÇÃO MILITAR
Guerra para a Paz, Cultura e Cooperação
Os
guerreiros e estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no
quinto mês do calendário histórico-filosófico.
São os
representantes principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida
social do modo oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais
liberal, com uma vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos
cruel. Os pequenos países viviam em continuada luta contra os visinhos, no
ataque e em sua própria defesa, sempre procurando fazer a conquista.
Foi
Roma com suas qualidades militares e de administração política que conseguiu a
conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os
pequenos povos num império de paz e de cooperação.
O resultado
foi pela primeira vez uma paz de longa duração num território de grande
extensão. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para
sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma
civilização homogênea, que veio a ter mais tarde uma religião universal, comum
a todo o continente.
Esta terceira semana do mês da
Civilização Militar representado pela figura de Júlio César mostra os melhores
tipos da fase inicial de Roma na forma de República aristocrática.
A semana tem como chefe Cipião o
Africano, nascido de família patrícia, sendo o maior general romano antes de
César. Ele incentivou a difusão da cultura grega e continuou a reduzir o poder
do Senado na tendência que mais tarde, no Império, tornou essa assembléia
corrupta e perturbadora sem poder político, passando a ser apenas consultiva.
Cipião é homenageado no domingo último dia da semana.
Ver o
Quadro 0422 01 B do mês de César a
Civilização Militar
que mostra os grandes homens representantes da criação de um continente europeu
unido e em paz.
RÉGULO, Consul em Roma pela segunda vez, no nono ano da primeira
guerra púnica contra Cartago, no comando de uma frota naval junto com Lucius
Manlius Vuso venceu a frota inimiga no mar no sudeste da Sicília. Em seguida,
sem a companhia de Vulso que voltara a Roma, Régulo desembarcou na África e
inicialmente avançou contra Cartago, ficando a pouco de uma vitória final em
Adys, próximo a Cartago. A exigência feita por Régulo de que os cartaginenses
se rendessem sem condições irritou os adversários. Eles resolveram continuar a
luta e no ano seguinte, em 255 antes da nossa era, Régulo acabou vencido e
feito prisioneiro.
Cinco anos mais tarde foi libertado sob palavra para acompanhar
uma comissão cartaginesa encarregada de negociar a paz ou a troca de
prisioneiros. A condição combinada era que ele deveria retornar a Cartago se a
proposta fosse recusada pelo governo de Roma.
O Senado de Roma estava hesitando quando Régulo exortou os romanos
a continuar a guerra com mais ardor. A respeito da troca de prisioneiros, teria
dito que
“os romanos que se
deixaram desarmar e se renderam como prisioneiros não mereciam ganhar a liberdade”
Régulo sabia bem quais torturas seriam feitas contra ele em Cartago. Mas isso não
o impediu de dar as costas a Roma, de olhos baixos, afastando as mãos que lhe
ofereciam seus amigos e o abraço de sua esposa e de seus filhos. Agora passara
a ser um homem sem honra que não mais era um cidadão romano, mas apenas um
escravo de Cartago.
No seu retorno, de acordo com a história, que nesse ponto não foi
confirmado, Régulo teria sofrido a morte em meio de torturas horríveis.
Seja lendário ou verdadeiro esse desfecho, não podemos duvidar do
possante efeito dessa história famosa como exemplo de devotamento patriótico e
de rígida honra entre os romanos.
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