0506
B JÚNIO BRUTUS o regime republicano contra a tirania e
injustiça dos reis
06 DE
MAIO. Júnio Brutus: a subordinação da família à pátria na moralidade romana
JÚNIO
BRUTUS
Lucius
Junius Brutus
(morreu
cerca do ano 509 antes da nossa era)
FIGURA
HISTÓRICA E LENDÁRIA COMO UM DOS FUNDADORES DA REPÚBLICA EM ROMA
A CIVILIZAÇÃO MILITAR
Guerra para a Paz, Cultura e Cooperação
Os
guerreiros e estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no
quinto mês do calendário histórico-filosófico.
São os
representantes principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida
social do modo oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais
liberal, com uma vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos
cruel. Os pequenos países viviam em continuada luta contra os visinhos, no
ataque e em sua própria defesa, sempre procurando fazer a conquista.
Foi Roma
com suas qualidades militares e de administração política que conseguiu a
conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os
pequenos povos num império de paz e de cooperação.
O resultado
foi pela primeira vez uma paz de longa duração num território de grande
extensão. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para
sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma
civilização homogênea, que veio a ter mais tarde uma religião universal, comum
a todo o continente.
Esta terceira semana do mês da
Civilização Militar representado pela figura de Júlio César mostra os melhores
tipos da fase inicial de Roma na forma de República aristocrática.
A semana tem como chefe Cipião o
Africano, nascido de família patrícia, sendo o maior general romano antes de
César. Ele incentivou a difusão da cultura grega e continuou a reduzir o poder
do Senado na tendência que mais tarde, no Império, tornou essa assembléia
corrupta e perturbadora sem poder político, passando a ser apenas consultiva.
Cipião é homenageado no domingo último dia da semana.
Ver o
Quadro 0422 01 B do mês de César a
Civilização Militar
que mostra os grandes homens representantes da criação de um continente europeu
unido e em paz.
Os
primeiros romanos, livres da teocracia oriental por meio do predomínio dos
guerreiros sobre os sacerdotes, se dividiam em duas classes, os patrícios e os
plebeus. Os patrícios eram os sacerdotes e os guerreiros. Os plebeus eram os
comuns, indivíduos não nobres e livres, que também eram chamados para a guerra.
Os escravos eram os vencidos nas guerras, como ocorreu em toda antiguidade. É
uma das características da natureza humana. O Rei governava sob algum controle
de um senado composto por patrícios, os ricos. Uma assembléia formada pelo povo
era em geral pouco ativa.
A
guerra era a atividade mais importante, levando a reduzir os direitos que
haviam nas teocracias pelo nascimento e o direito divino dos Reis, resultando numa
nova tendência da escolha dos chefes pela competência e pela eleição.
A
primeira ação foi colocar no lugar do Rei um governo dirigido pelos nobres,
pelos patrícios, numa oligarquia, o governo de poucos e fortes. Mais tarde, os
romanos conseguiram realizar, pela primeira vez, o governo com a escolha dos
mais competentes, no Império Romano, onde a sucessão não se fazia por
hereditariedade, mas era feito pelo mérito pessoal.
A
crônica de Brutus tem muito de lendário, mas não há duvida de que ele foi
importante no papel principal da expulsão do rei Tarquinius e sua família,
cerca do ano 510 antes da nossa era.
Na
época de Brutus reinava Lucius Tarquínius Superbus, acusado de odioso governo
injusto e tirânico. Brutus, um patrício, promoveu o afastamento do Rei,
formando a republica de Roma. Brutus foi eleito Cônsul.
Descobriu
Brutus que seus filhos fizeram uma conspiração para restaurar o Rei deposto. Ele
os condenou à morte, e presenciou a execução de seus filhos.
Essa
famosa legenda mostra o conflito entre as duas principais obrigações da
moralidade romana, o dever para com a família e o dever para com a pátria.
Ficou bem afirmada a subordinação da família em relação com o dever para com a
pátria. Apesar da enorme angustia de um pai nessa dolorosa decisão
A
instituição da republica em Roma foi uma primeira fase na solução do problema
da transmissão ou sucessão do poder político e da riqueza, problema ainda não
completamente resolvido em nossos dias.
Brutus,
portanto, representa o esforço feito na sociedade, desde a antiguidade, para
tornar a troca de governo mais justa e adequada para o bem do povo, para o bem
do trabalhador. E também para a transmissão da riqueza entre os sucessores,
seja entre parentes seja com estranhos.
Representa
sua figura, portanto, um antepassado a ser lembrado, com seus companheiros,
como parte de nossos avós que contribuíram para formar essa grande família
humana, que, dia a dia, sempre melhora. Dessa família histórica humana é que
viemos e a ela devemos conhecer, amar e servir para sermos felizes.
Essa
é a regra de ouro da fraternidade, do sentimento de associação, que tem o nome
de ALTRUÍSMO. No altruísmo está o nosso dever, a nossa felicidade, a nossa
saúde mental e física.
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