MAIO 29. Teodósio
Imperador: Ele sai ardente na fé cristã das águas do batismo
TEODÓSIO I
Théodose, Theodosius the Great, Flavius Theodosius
(nasceu no ano 347 da
nossa era, em Cauca, Gallaecia ou Galícia, Espanha; morreu em 395, em
Mediolanum, Milão, Itália)
IMPERADOR ROMANO
CRISTÃO DEFENSOR DA ORTODOXIA COM O COMBATE ÀS HERESIAS
O Catolicismo
A regeneração moral
com a compressão do egoísmo anti-social
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
Teodósio (347-395dC) nasceu na província de Galícia no
norte ocidental da Espanha. Filho do general Flávio Teodósio, foi educado na
Espanha e participou nas campanhas de seu pai contra os Picts e Scots na
Bretanha em 369, com 22 anos, contra os Alemanni na Gália em 370 e contra os
Sarmatians nos Bálcãs, que derrotou em 374 tendo então 27 anos.
Seu
pai foi sentenciado à morte e executado devido a intrigas políticas na corte
romana em 376. Então Teodósio, com 29 anos, retirou-se para a Espanha, vivendo
perto de Sevilha, onde tinha nascido.
Quando
o imperador do oriente Valens morreu em 378 combatendo os godos em Andrinopla,
o imperador do ocidente, Graciano, chamou Teodósio como o único capaz de fazer
face ao perigo público e o colocou como imperador do oriente, no ano de 379,
com 32 anos.
Depois
de quatro campanhas, terminou habilmente a guerra com os godos, tolerando a sua
permanência no Império, como aliados. Em 387 derrotou Máximo, que se fizera
imperador em Roma. Entrou
em Roma em triunfo, tendo sido o último que o fez, em toda história de Roma.
Teodósio
governou por 3 anos na Itália, retornando a Constantinopla. Mais tarde, em 394,
destruiu adversários pagãos em
Aquilea. Em 395 morreu em Milão, aos 48 anos de idade.
“O
gênio de Roma expirou com ele”,
disse Gibbon.
Os
imperadores Valens e Constâcio, que antecederam Teodósio, eram da seita ariana,
que negava a divindade de Cristo. Constantinopla era a principal fortaleza do
arianismo, que dominava o palácio do bispo, a catedral e todas as igrejas.
Teodósio
começou expulsando os prelados do arianismo e suas congregações. Colocou
Gregório de Naziance como bispo e reuniu o Concilio Geral de Constantinopla em
381, que confirmou em definitivo a
doutrina da Trindade. Ao mesmo tempo, promulgou pelo menos 15 decretos dos
mais severos contra ministros, proibindo as reuniões dos hereges.
Contra
os pagãos foi também muito enérgico, proibindo seus ritos até mesmo o culto dos
seus deuses domésticos. Os sacrifícios foram declarados crimes de alta traição
e deu ordem para destruir os templos pagãos, muitos sendo magníficos espécimes
da arquitetura grega. Essas violências aconselhadas e aprovadas pelos chefes da
Igreja, devem ser tidas como decorrentes do absolutismo monotêico, que
condenava todos os seus predecessores.
Teodósio foi batizado no primeiro ano
de seu governo, na fé da Santíssima Trindade, a doutrina ortodoxa do
catolicismo. Teodósio “saindo todo
ardente das fontes do batismo” fez o seu célebre decreto que declarou que todos
os seus governados teriam que ser
“católicos cristãos”, ameaçando
todos os dissidentes de castigo como hereges infames.
O
imperador Teodósio realizou a imposição da doutrina católica pelo poder
político. Essa violência era indispensável para proteger a nova religião das
heresias e do perigo da discussão. Não havendo uma base firme doutrinária,
experimental, verificável para a narrativa religiosa, a nova igreja era
impotente contra as numerosas heresias e discussões sem fim.
Mesmo
com o politeísmo extirpado como religião pela força policial, muitas instituições dos pagãos foram
introduzidas no culto católico, como a invocação dos santos protetores no lugar
dos deuses antigos, das preces pelos mortos, da adoração dos túmulos e das
relíquias dos santos. Essas práticas não havia no judaísmo, onde só o
deus único era adorado.
O
ultimo conselheiro religioso de Teodósio foi Ambrosio, que impôs ao imperador a
exclusão pública da entrada na Catedral durante oito meses, como penitência dos
massacres que, por sua ordem, foram feitas aos moradores de Tessalônica em 390.
O imperador se submeteu ao castigo.
Teodósio
aceitou, dessa forma, por antecipação, a disciplina feita pelo sacerdócio
católico na Idade Média, então sem poder
das armas, apenas pelo poder da
opinião e do prestígio pessoal, uniformemente por toda a Europa do ocidente.
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