sábado, 23 de maio de 2015

0525C S AMBRÓSIO temer a Deus sem jamais ter medo de dizer a verdade aos reis

MAIO 25, 05/25. Santo Ambrósio: mestre da cultura cristã e da autoridade moral sacerdotal

SANTO AMBRÓSIO
Ambrosius, Ambrose Saint, Ambroise Saint,
(nasceu no ano 339 da nossa era, em Trier, Bélgica; morreu no ano 397, em Milão, Itália)

BISPO DE MILÃO GRANDE DOUTOR DA IGREJA CATÓLICA

O Catolicismo
A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social


NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS


Ambrosio (339-397dC) nasceu em Trier, Bélgica e foi educado em Roma. Era o segundo filho do Vice-Rey da Gália, a França atual. Seu pai morreu cedo, sua mãe e sua irmã foram para Roma com ele. Estudou advocacia, sendo indicado governador de Aemilia e Ligúria, com sede em Milão. Com 35 anos foi aclamado como Bispo pelo povo de Milão. Tornou-se um hábil condutor da cultura e da política em sua época.
Ambrosio reuniu uma extensa cultura com sua simpatia pessoal, usando energia em ações políticas corajosas. Enfrentou imperadores e adversários com intervenções diretas, mas com os grandes recursos de diplomacia mostrava sua lealdade ao Império Romano e ao bem publico. Agia como um competente estadista, e estabeleceu a idéia do governo do rei cristão como um operoso filho da Igreja Católica. O imperador deveria prestar serviço embaixo das ordens de Cristo, de acordo com o conselho e recomendação do seu Bispo.
O modelo de governo medieval mostrou a liberdade de ação da orientação consultiva dos sacerdotes, em harmonia com a disciplina do governo material do imperador.
Pela primeira vez na historia ocorreu a liberdade de opinião em que os conselhos dos religiosos, intelectuais pobres, sem armas nem violência, orientavam o governo político dos reis. Foi a realização da separação libertadora, com harmonia entre o âmbito da consciência, da opinião, com o governo da ação política. Em outras palavras, a força do político não impunha sua opinião, e o intelectual tinha toda a liberdade para aconselhamento. Fato que nunca acontecido ao longo da evolução da sociedade humana. É a separação entre o governo das opiniões e o governo político coercitivo. É a separação entre o poder espiritual e o poder temporal.
Santo Agostinho foi convertido e batizado por Ambrosio, que foi seu professor. Nas CONFISSÕES de Agostinho é mostrado como agia Ambrosio quando bispo, com muita energia, mas sempre com simpatia e ternura. Ele foi, na verdade, uma das vigas mestras da elaboração da cultura cristã e da autoridade espiritual dos seus sacerdotes. O conhecimento da literatura e das leis foi aplicado, com larga imaginação mística, para a sua tarefa de organizar e construir a Igreja Católica em seus primeiros anos.
Ambrosio condenava a perseguição aos que erravam, mas, por sua vez, também perseguiu as heresias do tempo. Foi um ardente defensor do celibato, da vida em isolamento ascético e das instituições monásticas. Chegou mesmo a ter um monastério fora de Milão,
       “repleto de bons irmãos”.
Os príncipes temporais prestavam honras a Ambrosio, e em varias ocasiões importantes o empregavam como seu embaixador. Era considerado o grande sacerdote, “O GRANDE PADRE” (Ecce sacerdos magnus). Uma das razões dessa confiança seria por Ambrosio   “temer a Deus, sem jamais temer de dizer a verdade aos reis”, como disse sua biografia na época. Tinha o poder moral que governa sem coerção por meio do aconselhamento, da censura ou da consagração.
As relações de Ambrosio com o grande Imperador Teodósio ficaram famosas. Ao poderoso senhor ele sugeriu uma legislação enérgica contra a heresia ariana e contra o culto pagão antigo, ao mesmo tempo em que o censurava corajosamente por seus atos condenáveis. Mesmo assim, Teodósio dizia que “NÃO EXISTE UM BISPO COMO AMBRÓSIO”.
Durante toda a Idade Média ficou na memória do sacerdócio católico o quadro com a imagem de coragem do Bispo Ambrosio proibindo a entrada do Imperador Teodósio na Catedral, por ter se mostrado cruel. Mostra ainda a pintura a vista do Imperador arrependido submetido à penitência imposta pelo Bispo.
A capacidade política de Ambrosio se devia à sua base cultural, tendo estudado o saber dos gregos, tanto cristãos como pagãos, como Philon, Orígenes e Plotino. Os seus sermões ficaram conhecidos por sua erudição e por sua beleza. É atribuída a Ambrósio a introdução de hinos religiosos no ritual católico, com grande admiração dos seus seguidores.

AMANHÃ: Santa Mônica piedosa mãe de S. Agostinho.

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