quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

1221 BERTHOLLET o cloro como branqueador industrial para tecidos e papel em 1785

DEZEMBRO 21. BERTHOLLET: Sábio francês desenvolveu a teoria química das reações e suas aplicações.

BERTHOLLET
Claude Louis Berthollet, Conde Berthollet
(nasceu em 1748, em Annecy, França; morreu em 1822, em Arcueil, França)
QUÍMICO FRANCÊS DESTACADO PESQUISADOR CIENTÍFICO


Este Calendário Filosófico tornou-se um  CURSO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA, por meio da pesquisa inteligente da evolução social pela análise dos anais da história. Observações específicas completam o conhecimento da Filosofia geral, na arte, na tecnologia e na teoria política aplicada.
O Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, no aspecto afetivo, intelectual e prático. O que é feito por meio pelo estudo das maiores figuras humanas. Assim os princípios científicos são demonstrados e comprovados por sua observação e fundamentação empírica nos registros históricos.
Indica o calendário a maravilhosa faculdade criadora da sociedade para o melhoramento da vida humana. Tanto antes como depois do fim do feudalismo da guerra de defesa e do fim do poder político do papa e da religião medieval. É devido ao desenvolvimento enciclopédico do conhecimento laico que prepara a nova civilização pacífica e industrial moderna. São os cientistas da nova civilização, pensadores que antes eram teólogos e metafísicos e passam ao saber firme comprovado, isto é, ao saber positivo teórico puro e aplicado sobre o mundo e sobre o próprio homem. A sabedoria passou a ter como referência o bem da sociedade, um ponto de vista humanista. A referência passou a ser a lei dos homens e não mais a lei dos deuses, dos livros sagrados.
Deve-se notar que os maiores progressos da ciência feitos na modernidade foram nas teorias abstratas puras, isto é, relativas aos fenômenos e não aos seres. Foi a descoberta das leis imutáveis no meio da permanente mudança da variável realidade concreta.

Esta semana mostra os grandes cientistas do desenvolvimento da Química abstrata como ciência experimental positiva nos anos 1700 e 1800, nos séculos XVIII e XIX. A Química científica abstrata das leis de composição e decomposição, mais complexa do que a Física, só poderia se desenvolver após a criação nos anos anteriores dessa ciência das leis abstratas dos fenômenos da natureza. O patrono da semana é LAVOISIER, por suas pesquisas da oxidação e da combustão e ainda pela destruição da hipótese do flogístico, um fluido metafísico. Ele era mágico transcendente intangível, i.e inverificável como ficção que era, explicaria a ocorrência da combustão (do grego phloks, phlogos= chama, flama). LAVOISIER está no domingo que termina a semana.



BERTHOLLET nasceu na França, mas foi estudar medicina na Universidade de Turim, na Itália. Tornou-se médico do duque de Orleans e ficou conhecido por suas descobertas na ciência da química. Ele foi o primeiro a registrar que as reações químicas dependiam das massas das substâncias em reação. Por efeito da controvérsia com Berthollet, sobre as proporções dos reagentes foi que Joseph-Louis Proust chegou a estabelecer a lei das proporções definidas.
Em 1785 Berthollet propôs o uso do cloro como um agente branqueador para os tecidos e para o papel. O branqueador mais usado na ocasião era a luz do sol, até que o químico sueco Karl Scheele descobriu o cloro. Berthollet demonstrou as propriedades branqueadoras desse elemento químico o que levou os industriais ingleses a desenvolver uma grande indústria em seu país. Nesse ano de 1785 também descobriu a composição da amônia.
Ele se associou a Antoine Lavoisier na pesquisa química. Com Guyton-Morveau, Lavoisier e outros, formou o novo sistema de nomenclatura dos produtos químicos em 1787, com aceitação geral em todos os países, constituindo o método científico característico da química.
Berthollet ocupou vários cargos públicos ligados à ciência e quando a França foi atacada pela coalizão européia, ele indicou como o salitre importado necessário para fabricar a pólvora poderia ser obtido com os recursos do próprio país. Dessa forma aconteceu que, em momento crítico, foi estabelecida na França a indústria do salitre. Associado a Gaspard Monge ele também realizou o mesmo com relação à fabricação do ferro e do aço.
Berthollet serviu em várias comissões científicas durante a Revolução Francesa e tornou-se membro da administração da Casa da Moeda. Foi nomeado conselheiro da agricultura e professor da famosa Escola Politécnica de engenharia.
Em 1798 ele foi com Napoleão na expedição ao Egito.
O grande tratado químico de Berthollet foi publicado em 1803, Essai de statique chimique, Ensaio sobre o equilíbrio químico, em dois volumes. Ali ele apresentou sua teoria da afinidade química e sobre a reversibilidade das reações.
Berthollet foi feito senador do Império Francês e grande oficial da Legião de Honra, tornando-se Conde.
Quando se afastou dos trabalhos, manteve um Laboratório de Pesquisas em sua casa de campo em Arcueil, perto de Paris, onde se reuniam os mais famosos cientistas da época, cujas discussões foram publicadas em 1807 e 1817. Muitas das primeiras pesquisas de Gay-Lussac foram feitas ali, a vila ficando o centro de um grupo jovens cientistas conhecido como o CÍRCULO DE ARCUEIL, orientado por Bertholet e por Pierre Simon Laplace, ambos recebendo o patrocínio do Império Francês.

AMANHÃ: Grande químico sueco desenvolveu a teoria eletroquímica dos radicais: BERZELIUS.

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