quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

1214 D’ALEMBERT apoio aos aos livre pensadores enciclopedistas do iluminismo

DEZEMBRO 14.  d’Alembert: a generalização do estudo do pêndulo composto

D’ALEMBERT
Jean le Rond d’Alembert
(nasceu em 1717, em Paris; morreu em 1783, em Paris, França)

FAMOSO MATEMÁTICO, FILÓSOFO E ENCICLOPEDISTA

FILOSOFIA DA HISTÓRIA.
Este Calendário Filosófico tornou-se ser um  CURSO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA, por meio da pesquisa inteligente da evolução social pela análise dos anais da história. Observações específicas completam o conhecimento da Filosofia geral, na arte, na tecnologia e na teoria política aplicada.
O Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, no aspecto afetivo, intelectual e prático. O que é feito por meio pelo estudo das maiores figuras humanas. Assim os princípios científicos são demonstrados e comprovados por sua observação e fundamentação empírica nos registros históricos.
Indica o calendário a maravilhosa faculdade criadora da sociedade para o melhoramento da vida humana. Tanto antes como depois do fim do feudalismo da guerra de defesa e do fim do poder político do papa e da fé medieval. É devido ao desenvolvimento enciclopédico do conhecimento que prepara a nova civilização pacífica e industrial moderna. São os cientistas da nova civilização, pensadores que antes eram teólogos e metafísicos e passam ao saber firme comprovado, isto é, ao saber positivo teórico puro e aplicado sobre o mundo e sobre o próprio homem.
Deve-se notar que os maiores progressos da ciência feitos na modernidade foram nas teorias abstratas puras, isto é, relativas aos fenômenos e não aos seres. Foi a descoberta das leis imutáveis no meio da permanente mudança da variável realidade concreta.
Nesta semana se mostra principalmente a complementação da Mecânica Celeste pelo cálculo infinitesimal. Aqui encontramos Viète, Fermat e Wallis que prepararam esse cálculo; Clairaut, Euler, d’Alembert e Fourier que o aplicaram aos problemas da física; Lagrange que o assimilou ao cálculo ordinário. E também Newton, cujo gênio matemático transformou a vaga hipótese da gravitação planetária numa certeza científica abstrata imutável. Newton tem aqui o lugar principal. Ele mesmo falou, aliás, de Descartes e de Leibnitz, cuja iniciativa matemática se igualou àquela de Newton.

D’Alembert era o filho ilegítimo de uma escritora francesa. Ele foi deixado ainda recem-nascido nas escadas da Capela de Saint Jean le Rond. Foi encontrado pela polícia e entregue a uma pobre vidraceira que o criou, dando-lhe o nome da igreja em que foi achado, de Jean le Rond. Ele respondeu à sua mãe, que mais tarde se apresentou: “A senhora é minha mãe de ocasião, mas minha verdadeira mãe é a vidraceira”.
D’Alembert morou por 40 anos com a pobre mulher. Durante a vida de seu pai, um oficial de artilharia, recebeu uma pequena pensão e foi educado no Colégio das Quatro Nações, por professores jansenistas que notaram o seu talento científico para a matemática. Ele matriculou-se inicialmente com o nome de Jean-Baptiste Daremberg, mas depois mudou seu nome para d’Alembert.
Os professores jansenistas tentaram sufocar a tendência científica do aluno, na esperança de levá-lo para as doutrinas místicas, no estudo da teologia, como aconteceu com Blaise Pascal. O que não conseguiram, d’Alembert demonstrando mesmo uma aversão completa por toda a vida a essas doutrinas. Depois de estudar Direito por dois anos e Medicina por um ano, finalmente dedicou-se às ciências, a única ocupação que de fato lhe interessava. Ele foi um autodidata, estudando todos os assuntos quase inteiramente sozinho, por conta própria.
Sua primeira obra d’Alembert escreveu com a idade de 22 anos, Mémoire sur le calcul intégral, Memória sobre o cálculo integral, de 1739. Com a idade de 24 anos, em 1741 ele foi admitido para a Academia de Ciências de Paris, começando uma carreira brilhante de descobertas científicas por 25 anos. Ele colaborou com Denis Diderot na produção da célebre ENCICLOPÉDIA, para a qual escreveu a Introdução e vários artigos. Depois da publicação do segundo volume da obra, o governo francês proibiu sua venda e d’Alembert se retirou do empreendimento. Os colaboradores da Enciclopédia eram os mais competentes pensadores da época, sempre empenhados na construção da nova ciência e da nova filosofia moderna e em geral emancipados das crenças religiosas.
O tratado mais importante de d’Alembert, o Traité de dynamique, se baseia sobre o PRINCÍPIO DE D’ALEMBERT, foi publicado em 1741. Era uma generalização do estudo do pêndulo composto, que havia ocupado as pesquisas de Huyghens e os irmãos Bernoulli. No caso do pêndulo composto passou-se do estudo do movimento de uma única partícula, para o estudo do movimento de uma massa, ou seja, de um SISTEMA de partículas, cada uma animada por sua própria tendência a se mover e sendo, no conjunto, ativas e passivas. O problema foi tratado por d’Alembert em seu amplo aspecto e marcou uma época na história da Mecânica Racional.
O princípio de d’Alembert pode ser mostrado da forma mais simples como
“a resultante das forças que agem sobre um sistema é equivalente à força que age sobre todo o sistema”
Em 1752 ele recebeu uma pensão anual de Frederico o Grande, da Prússia, com quem manteve uma longa correspondência. Esteve em visita a Berlim em 1763, mas recusou-se a ficar, mesmo convidado pelo imperador.
Os filósofos Enciclopedistas receberam o apoio de d’Alembert na hostilidade ao cristianismo, embora fosse muito cauteloso. Em 1765 ele escreveu um folheto sobre a expulsão dos jesuítas da França, mostrando que, apesar de suas qualidades como intelectuais e educadores, eles acabaram se destruindo pela sua descontrolada ambição pelo poder político.
Na sua vida pessoal d’Alembert foi simples e discreto, nunca procurando a riqueza, mas divulgando o conhecimento científico para a formação da cultura do iluminismo.

AMANHÃ: Tratamento filosófico das noções da pesquisa sempre no ponto de vista da evolução histórica: LAGRANGE.

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