segunda-feira, 31 de outubro de 2011

1031 KANT as duas realidades, a do sujeito observador e a do objeto observado

31 DE OUTUBRO. Immanuel Kant: Demarcou as duas realidades, a do observador e a da coisa observada.

KANT
Immanuel Kant
(nasceu em 1724, em Königsberg, na Prússia; morreu em 1804, em Königsberg)

SISTEMÁTICO INFLUENTE FILÓSOFO METAFÍSICO ALEMÃO

A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da religião e do feudalismo.
É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes míticos misteriosos.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII passou a ter duas correntes. Um movimento foi de destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente, contra as crenças recebidas, a assaltos ainda mais poderosos do que os feitos pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A quarta semana está sob a presidência de Hume, que, na discussão da natureza humana e da vida social, industrial e religiosa coloca as bases da moderna Sociologia teórica abstrata. Aqui estão historiadores filosóficos como Robertson e Gibbon; Condorcet com a teoria positiva da História; de Maistre que fez a primeira apreciação do sistema da Idade Média sob o ponto de vista humano e os três principais representantes do pensamento alemão moderno com Kant, Fichte e Hegel.

Ver em 1008 1 em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês.

KANT nasceu em Koenigsberg, na antiga Prússia, hoje Kaliningrad, na Rússia, em 1724, em família de origem escocesa. Estudou matemática e física na Universidade local e publicou várias memórias sobre as ciências. Numa de suas publicações ele previu a existência do planeta Urano, depois descoberto por Herschel. Em 1770 foi nomeado professor de lógica e de metafísica. Em 1781, depois de 12 anos de preparação, preparou sua grande obra, a Crítica da razão pura, cuja publicação teve uma influência de grande importância na história da filosofia. A segunda edição foi feita depois de 6 anos, com mudanças substanciais.
Nessa época ele apresentou um ensaio de destaque sobre a filosofia da história universal em que o homem se apresenta como cidadão do mundo. Em 1788, em sua Crítica da razão prática, ele procurou modificar suas doutrinas anti-religiosas da primeira obra, a Crítica da razão pura. Ali, ele demonstrou que a Metafísica não poderia ser considerada uma ciência, o que foi interpretado como a morte da metafísica, decretada por um grande pensador metafísico.
No primeiro período, Kant lecionava e escrevia com ampla liberdade de consciência, garantida pelo libertário imperador Frederico II da Prússia. O sucessor de Frederico II ameaçou Kant com a perda de seu lugar de professor na Universidade com a perda de sua renda, caso ele continuasse com suas publicações anti-metafísicas e anti-religiosas. Na Crítica da razão prática, Kant procura justificar filosoficamente as crenças religiosas e metafísicas, para não contrariar o novo governo imperial. O que faz depois de provar que é impossível demonstrar a existência de Deus na primeira fase de sua vida. Foi o retorno à forma de pensar com base em figuras de ficção imaginárias, absolutas, inverificáveis, como o Ser, o Ente, o Imperativo Categórico e Imperativo Hipotético.
Esse é um exemplo da violência do totalitarismo do poder político, na restrição da liberdade de consciência do pensador, invadindo o âmbito da ação dos intelectuais, que são os formadores da opinião, que são os líderes da sociedade, por meio da produção e ensino do conhecimento e da informação.
Kant nunca deixou Koenigsberg, onde viveu com uma simplicidade e uma regularidade extrema, universalmente respeitado. Ele morreu com 80 anos, em 1804.
Ele aceitou completamente as conclusões de David Hume sobre a relatividade dos nossos conhecimentos. O que significa que as verdades ditas absolutas, eternas, mas que não podem ser verificadas, não são claras e distintas, como recomendava Descartes e não podem ser aceitas em filosofia como certas e seguras, como científicas, positivas.
Kant fez um resumo metódico das doutrinas de David Hume, deixando bem clara a existência das duas realidades, a do observador e a da coisa observada, isto é, a existência do sujeito espectador e a existência do objeto, do espetáculo, do que é observado.
Na filosofia moderna considera-se que esse é um caso particular da lei geral dos seres vivos, em biologia, que afirma a subordinação do organismo vivo ao meio em que se encontra. Em outras palavras, o mundo exterior serve de alimento, estimulante e regulador, ao mesmo tempo, tanto para as ações mais elevadas do pensamento como para os mais simples atos materiais do ser vivo. É o mesmo dualismo SUJEITO e OBJETO, o que seja subjetivo e o que seja objetivo.

AMANHÃ: Criou a noção de progresso contínuo da espécie humana: Condorcet.


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