quinta-feira, 13 de outubro de 2011

1013 CAMPANELLA inicia a revolução do mito para a experiência

13 DE OUTUBRO. Campanella: O início da maior renovação mental, do pensar mítico para o científico.

CAMPANELLA
Tomás Campanella, Tommaso Campanella, Giovanni Domenico Campanella
(nasceu em 1568, em Nápoles, Itália; morreu em 1639, em Paris, França)

DOMINICANO ITALIANO FILÓSOFO DA EXPERIÊNCIA E DA NATUREZA

A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da religião e do feudalismo.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII passou a ter duas correntes. Um movimento foi de destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente, contra as crenças recebidas, a assaltos ainda mais poderosos do que os feitos pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A primeira semana mostra os representantes da filosofia Escolástica. É a tentativa sistemática de Alberto Magno, Tomás de Aquino e outros para empregar a lógica de Aristóteles na defesa das crenças e para reconciliar a fé com o pensamento científico. O ceticismo inicial é também representado por nomes como Ramus, Erasmo e Montaigne. O chefe de semana é Aquino.

Ver em 1008 1 em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês


CAMPANELLA nasceu em Stillo na Calábria, Itália, em 1568. Aos 14 anos tornou-se membro da Ordem dos dominicanos e se consagrou ao estudo da filosofia.
Em suas mãos a filosofia tomou a forma de uma revolta contra a filosofia de Aristóteles, então predominante na religião. O aristotelismo se tornara um sistema pedantesco que tinha pouco do que se conhecia com esse nome no tempo de Roger Bacon e de Tomás de Aquino. O aristotelismo era então considerado pela hierarquia religiosa católica como uma fortificação mental para a defesa das opiniões e das instituições da Igreja.
Em 1591 as tendências revolucionárias de Campanella se mostraram em seu tratado Philosophia sensibus demonstrata, Filosofia demonstrada pelos sentidos, publicada em Nápoles. Nesse livro ele reflete a influência recebida do pensador italiano Bernardino Telesio, opositor ao aristotelismo escolástico.
Campanella recomenda um estudo filosófico apoiado na experiência da natureza. E ele ataca aqueles que especulam somente sobre suas próprias noções arbitrárias, sem tomar conhecimento das informações que a experiência fornece da natureza. Suas afirmações o colocaram como suspeito das mesmas idéias que levaram Giordano Bruno a ser queimado vivo na fogueira, pela Santa Inquisição.
Ele fugiu de Nápoles e foi para a Toscana, onde, durante vários anos, teve a proteção do Gran Duque. Mas em 1599 foi acusado de cumplicidade numa conspiração para destruir o domínio da Espanha sobre a Itália, com a ajuda dos turcos. Nesse caso nunca foram dadas as provas contra Campanella, embora fosse provável que ele tivesse aversão ao governo espanhol sobre a Itália, poder que era de opressão e de obscurantismo religioso atrasado.
Campanella ficou preso por 27 anos, durante os quais foi tratado com rigor e com tortura. Depois de algum tempo ele teve mais liberdade na prisão, já que a maior parte de suas obras foi escrita lá e publicadas na Alemanha.
Em 1626, por intercessão do papa Urbano VII, ele foi posto em liberdade, ficando, porém, ainda submetido a apertada vigilância. Ele fugiu então de Roma em 1634 e foi para Marselha. Ele foi apresentado ao rei Luis XIII e a Richelieu, de quem recebeu uma pensão em dinheiro. Ele morreu em 1639 no convento dos Jacobinos da Rua St-Honoré, em Paris.
A filosofia de Campanella marca a transição da filosofia da Idade Média para uma nova forma de pensar. Na filosofia medieval as doutrinas da Igreja Católica tinham sido reunidas e sustentadas pela autoridade de Aristóteles.
A nova filosofia científica moderna, inaugurada por Roger Bacon e por Descartes, passou a ser uma filosofia em que a meditação sobre os atributos divinos é deixada de lado, para ser feito e estudo científico da natureza e do homem.
Campanella registra o início da maior revolução mental já ocorrida na grande evolução do pensamento. Estava no começo a grande renovação mental da raça humana. A passagem do pensar mítico para o pensar científico, da civilização da guerra para a civilização industrial e pacífica.


AMANHÃ: O grande mérito de conciliar a escritura da Bíblia com a ciência: Tomás de Aquino.


Nenhum comentário:

Postar um comentário