22 DE SETEMBRO. SCHILLER: a arte e sua felicidade para uma
ordem social mais justa
SCHILLER
Friedrich von Schiller, Johann Christoph Friedrich von Schiller
(nasceu em 1759, em
Marbach, Württemberg, Alemanha; morreu em 1805, no Weimar, Alemanha)
POETA ALEMÃO
DRAMATURGO HISTORIADOR ENTRE OS MAIORES DA LITERATURA EUROPÉIA
Estética
parte da Filosofia para a
idealização, para a emoção
O motor da ação humana é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o
conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Nesta segunda semana do Calendário
estão como representantes desta fase da evolução social aqueles mestres do
drama histórico que pintaram os tipos tomados do passado de preferência a
caracteres puramente imaginários. Desse modo aqui Schiller é colocado ao lado
de Corneille, assim como na semana passada Goethe foi colocado ao lado de
Calderon. A semana tem como chefe Corneille.
Ver em 0910 C O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama
Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
SCHILLER (1759-1805)
nasceu em Marbach em 10 de novembro de 1759. Enquanto ele estudava na Academia
Militar sob a vigilância do duque de Wurtemberg, em Stuttgart, ele escreveu sua
primeira peça teatral Brigands, em
1781, aos 22 anos de idade. Um ano depois Brigands
foi representada no Teatro Nacional em Mannheim, com aplausos, tornando-se um
marco na história do teatro alemão.
Mas Schiller, então oficial subalterno, tendo viajado sem
autorização do duque, por isso foi preso e recebeu do duque de Wurtemberg, como
castigo, a proibição de continuar a sua carreira de escritor.
Em lugar de obedecer, Schiller fugiu durante a noite para fora da
fronteira do ducado. Esse “êxodo”
mostrou que a única profissão que lhe estava aberta era a da literatura. Foi
natural, assim, que tomasse por tema a LIBERDADE em suas primeiras peças de
teatro.
Mas por vários anos ele teve uma vida penosa de exilado e
necessitado, não conseguindo um benfeitor que oferecesse ajuda. Deixando a
poesia, ele passou a escrever prosa, e, depois de seu drama Don Carlos, de 1787, escreveu seu livro A Revolta dos Países Baixos. Esse texto
serviu de demonstração para que fosse colocado como professor de História na
Universidade de Jena.
Na Universidade ele compôs seu segundo livro histórico, A Guerra dos Trinta Anos. Foi em 1790
que se casou com Charlotte de Lengefeld. Quatro anos depois, em 1790 conheceu e
ganhou a importante amizade de Goethe. Esses dois acontecimentos contribuíram
para sua felicidade pessoal e para estimular sua atividade intelectual, numa
época, em que, por seus problemas e por suas doenças, foi um tempo de provação.
Mas ele conseguiu vencer.
Em 1799 o duque do Weimar acolheu Schiller em sua corte, com uma
modesta pensão. Ele então viveu o resto de sua curta vida sem outra preocupação
a não ser a de uma saúde abalada, mas feliz em seu íntimo, recebendo as
homenagens do público e com muito trabalho.
Foi a época de sua amizade com Goethe, ambos trabalhando sem
cessar, ocupados na crítica, na direção do teatro da corte do Weimar e de todos
os meios práticos para enobrecer a arte do drama, difundindo o conhecimento no
país por meio da arte.
As mais belas obras de Schiller, as mais maduras, são Wallenstein, de 1799, Maria Stuart, de 1801 e Guilherme Tell, de 1804. Em 1802 ele
recebeu o título de nobreza, a partir de então podendo usar antes do nome o título “von”. Passou, então, a ser chamado de Friedrich von Schiller.
Ganhar a harmonia interior por meio da ajuda da arte é o que
Schiller ensina com suas obras, em seus poemas e em seus livros. Mostra como,
com a educação estética, das artes, o homem, como uma pessoa feliz, pode
desenvolver uma ordem social mais humana, mais justa. Dessa forma, Schiller faz
a ligação de seu pensamento histórico e com seu ideal político.
Schiller morreu no Weimar em maio de 1805, com apenas 45 anos de
idade. Ele mostrou uma grande nobreza de espírito, mesmo numa vida de pobreza,
da dependência, da doença e até de sucesso. Tinha um entusiasmo pela arte, que
ele não afastava da felicidade humana. Tinha um sentimento constante da elevada
função da poesia considerada como um sacerdócio.
AMANHÃ: Valoroso e nobre tipo humano, merece ficar à frente de
todos os autores históricos: Corneille.
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