sexta-feira, 18 de setembro de 2015

0920c VOLTAIRE: o teatro instrumento de luta contra a opressão religiosa e política.

20 DE SETEMBRO. Voltaire: o hostilizado chefe mais típico da literatura francesa

VOLTAIRE
Pseudônimo de François-Marie Arouet
(nasceu em 1694, em Paris; morreu em 1778, em Paris, França)

GRANDE DRAMATURGO FRANCÊS DE TRAGÉDIAS HISTÓRICAS

Estética
parte da Filosofia para a idealização, para a emoção

O motor da ação humana é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Define-se a arte afirmando que:
arte é a representação idealizada da realidade, dos seres e dos acontecimentos.
O objetivo da arte é cultivar o nosso sentimento, da emoção de perfeição, do belo. Assim como a ciência explica a realidade, a arte embeleza o real para emocionar, estimulando o sentimento social, a compaixão, o altruísmo.
Nesta segunda semana do Calendário estão como representantes desta fase da evolução social aqueles mestres do drama histórico que pintaram os tipos tomados do passado de preferência a caracteres puramente imaginários. Desse modo aqui Schiller é colocado ao lado de Corneille, assim como na semana passada Goethe foi colocado ao lado de Calderon. A semana tem como chefe Corneille.
Ver em 0910 C   O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.


NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS

VOLTAIRE (1694-1778) foi o nome literário adotado na idade de 24 anos pelo filho mais novo de François Arouet, tabelião em Paris e de tradicional família do Poitu. Ele nasceu em Paris em 1694 e foi educado pelos jesuítas no colégio aristocrático de Louis-le-Grand onde se destacou logo por sua audácia e seu talento.
Voltaire é homenageado neste calendário, que é um instrumento educativo resumido da longa evolução construtiva de nossa sociedade em todos os seus aspectos, na arte, no saber da filosofia e na tecnologia, na indústria. Voltaire está aqui como escritor de peças teatrais, como dramaturgo e não como filósofo. Como pensador e crítico, Voltaire não teve um papel intelectual construtor. Muitos outros personagens históricos que não tiveram uma obra construtiva não têm lugar no calendário.
A proposta de Voltaire foi destruir a religião, mantendo a monarquia. Jean-Jacques Rousseau foi o divulgador, não o criador, da proposta invertida de manter a religião, destruindo a monarquia. Mas os filósofos modernos têm o desafio de construir tanto a nova formação da opinião em liberdade como o moderno regime político com unidade de comando.
Voltaire produziu imensa quantidade de escritos, mas aqui se mostram apenas a suas peças de teatro, como arte, de sua fecunda obra, feita numa longa vida de 84 anos, como poeta dramático.
Voltaire após os seus estudos foi logo admitido na companhia dos jovens nobres brilhantes e dissolutos. Por duas vezes ficou preso na fortaleza da Bastilha e por duas vezes foi agredido a pauladas pelas vítimas de seu espírito crítico maldizente.
Com a idade de 32 anos foi para a Inglaterra onde ficou por três anos, talvez os anos mais importantes de sua vida, que lhe deram a chave de sua futura carreira. Depois, durante vinte anos, ele se ocupou principalmente da poesia.
Voltaire passou a maior parte de seu retiro na fronteira, em Ciry, no castelo de Madame du Châtelet. Quando ela morreu em 1749 ele foi visitar o imperador Frederico o Grande da Prússia, em Berlin, onde viveu por três anos. Em 1755 ele fixou residência perto do lago de Geneva e se dedicou inteiramente à sua inesgotável atividade literária até 1778. Nesse ano ele fez uma entrada triunfal em Paris, depois de 28 anos de ausência. Três meses depois, ele morreu com a idade de 84 anos, em maio de 1778.
A hostilidade do rei Luis XV, de sua corte e dos jesuítas forçaram o chefe mais típico da literatura francesa a passar quase toda sua vida fora de sua pátria ou em qualquer retiro obscuro, tendo quase todas as suas obras características publicadas no estrangeiro.
Até hoje se recomenda a leitura de nove de suas tragédias: Brutus, Zaïre, Alzire, Mérope, Semiramis, Oreste, Rome Sauvée, l’Orphelin de la Chine e Tancredo. Recomenda-se também seu texto Século de Luiz XIV.
Voltaire deixou de produzir apenas poesia para fazer de seu teatro histórico um instrumento de libertação espiritual. Pregava o fim da opressão religiosa retrógrada e de uma autocracia cruel sem limites.
Desse modo, Voltaire se coloca entre os benfeitores permanentes do gênero humano na qualidade de grande poeta dramático.

AMANHÃ: O único poeta criador que encanta pela ternura e pela emoção: Metastásio.




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