26 DE SETEMBRO. Madame
de Sévigné: estilo único, simples, delicado, vivo e engenhoso
MADAME DE SÉVIGNÉ
Marqueza de Sévigné, Marie de Rabutin-Chantal
(nasceu em 1626, em Paris;
morreu em 1696, em Grignan, no Drôme, França)
BRILHANTE
ESCRITORA NA CRIAÇÃO DO GÊNERO EPISTOLAR DA LITERATURA
Estética
parte da Filosofia para a
idealização, para a emoção
O motor da ação humana é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o
conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Esta terceira semana contem os
grandes cômicos os mestres do drama satírico de costume. Entre dose nomes, dois
somente são autores de peças de teatro. Ao passo que entre os poetas antigos,
no mês de Homero, acham-se quatro autores de comédias. No mundo moderno a
comédia de costumes sai do teatro para o romance.
Ver em 0910 C O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama
Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
MARIE DE RABUTIN (1626-1696) foi a autora das mais graciosas cartas na literatura
mundial. Filha única do Barão de Chantal, de família de destaque,
distinguindo-se tanto na paz como na guerra. Ela nasceu em Paris em fevereiro
de 1626. Seu pai morreu no ano seguinte, em combate contra os ingleses e sua
mãe morreu poucos anos depois. A partir dos 10 anos de idade ela foi educada
pelo seu excelente tio o abade de Coulanges, irmão de sua mãe. Graças aos seus
cuidados paternais ela recebeu a melhor educação, tendo como seus mestres
Ménage e Chapelain. Aprendeu latim, o italiano e o espanhol, tendo passado
alguns anos na corte da rainha da França Ana da Áustria.
Aos 18 anos, Marie casou-se com o Marquês de Sévigné, um militar
que pertencia a uma antiga e rica família da Bretanha. Ele mostrou-se pródigo,
debochado e brutal, a ponto de se dizer que ela o amava sem o respeitar,
enquanto ele a respeitava sem a amar. Ele acabou morrendo num duelo em 1651,
deixando sua jovem esposa com um filho e uma filha.
A viúva, ainda na flor de sua juventude e beleza, aos 25 anos de
idade, rica, brilhante e já célebre, dedicou sua vida a suas duas crianças e
durante 45 anos viveu somente para elas e principalmente para sua filha.
Durante a infância de seu filho e de sua filha Marie de Rebutin se
manteve num total retiro da sociedade. Mas por volta de 1644, ela se colocou no
centro de tudo que havia de mais destacado em Paris, e na França.
Nenhuma sombra de desconfiança se conheceu de sua conduta, nenhuma
tentativa, nesse tempo cheio de crítica e de escândalo. Ela foi cortejada em
vão por muitos nobres e admiradores. Mas a bela viúva os afastou sem fazer um
só inimigo. Um dos pretendentes mais audaciosos escreveu-lhe dizendo que “Vós
sois a única dama na França que pode forçar um amante a se contentar apenas com
a amizade”.
Madame Sévigné fez parte da elegante sociedade literária do Hotel
de Rambouillet e foi colocada no grupo chamado As Preciosas.
Ela casou sua filha querida, no momento oportuno, com o Conde de
Grignan, nobre provençal, viúvo de meia idade de alta posição, de bom caráter e
de muito mérito. A nomeação como governador da Provença em 1669 obrigou a ele e
sua família a se afastarem de Paris. Foram morar no castelo de Grignan, no
Drôme, separando a mãe de sua idolatrada filha.
Essa separação fez valer ao mundo as mais célebres e mais
deliciosas de todas as cartas particulares. Por 25 anos Madame de Sévigné
continuou a escrever a sua filha quase que dia a dia, estivesse ela em Paris ou
em sua terra em Roches, na Bretanha. Ela morreu em Grignan em 1696 na idade de
70 anos com varíola, feliz ao pensar que assim ela não sobrevivia então à sua
querida filha.
As Cartas escritas por Madame de Sévigné completam 14 volumes. São
as mais belas que existem em toda a literatura. O estilo é único, simples,
delicado, vivo e engenhoso. Como descrição da vida e dos costumes
contemporâneos elas não têm superiores na literatura moderna.
AMANHÃ: Com variedade, vida e verdade, está entre os maiores
mestres da comédia: Lesage.
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