23 DE SETEMBRO.
Corneille: o drama do choque de idéias, seu pensar, suas angústias
CORNEILLE
Pierre Corneille
(nasceu em 1606, em
Rouen, França; morreu em 1684, em Paris)
POETA E
DRAMATURGO FRANCÊS INTRODUTOR DA POESIA HISTÓRICA NA LITERATURA
Estética
parte da Filosofia para a
idealização, para a emoção
O motor da ação humana é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o
conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Nesta segunda semana do Calendário
estão como representantes desta fase da evolução social aqueles mestres do
drama histórico que pintaram os tipos tomados do passado de preferência a
caracteres puramente imaginários. Desse modo aqui Schiller é colocado ao lado
de Corneille, assim como na semana passada Goethe foi colocado ao lado de
Calderon. A semana tem como chefe Corneille.
Ver em 0910 C O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama
Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
PIERRE CORNEILLE (1606-1684) realizou a introdução principal da poesia histórica
na literatura mundial.
Corneille recebeu o nome de seu pai, Pierre, um advogado do rei de
França. Nasceu em Rouen, em 6 de julho de 1606, numa casa ainda conservada na
Rue de la Pie.
A longa vida de Corneille se deu toda em paz, sem outra alteração
a não ser a produção de suas peças teatrais. Ele foi educado pelos jesuítas,
pelos quais conservou sempre o respeito e gratidão. Ele substituiu seu pai na
função de advogado e se dedicou à prática do direito “sem prazer e sem
sucesso”.
Aos 23 anos de idade, em 1629, ele produziu sua primeira peça, uma
comédia, representada em
Paris. Com seu sucesso, ele foi admitido na sociedade
dramática do grande estadista o cardeal Richelieu, que formou o grupo chamado
como “les cinq auteurs”, sociedade dos cinco autores.
Outras peças teatrais foram feitas, e em 1636 Corneille revelou
seu poder como escritor nos dramas Médée
e Le Cid. O drama clássico já havia
sido feito antes, mas, com Le Cid,
Corneille elevou esse gênero teatral à perfeição.
O drama Le Cid provocou, desde sua apresentação, um grande
entusiasmo da parte do público. Ele foi traduzido para todas as línguas da
Europa. Mas as peças de Corneille não seguiam a norma de regularidade exigida
pelos críticos.
A doutrina da unidade exigia que houvesse unidade de tempo, os
eventos devendo ficar dentre do período entre o nascer e o pôr do sol. Deveria
também manter a unidade de lugar e de ação evitando mais do que uma situação.
Formou-se um conflito com a crítica e nos dramas seguintes feitos por Corneille;
ele acabou obedecendo à norma.
Corneille escrevia realizando a concentração emocional num dilema
moral e num supremo momento da verdade, quando os personagens principais
reconheciam o seu envolvimento com o dilema moral.
Ele não só faz o enfoque do personagem como destaca o choque entre
idéias. A ação provoca a reação. Não só o que é feito, mas o que é pensado,
sentido, sofrido. Ele usa o método da simetria. Apresenta, como um bom
advogado, um lado do conflito e depois o outro lado, uma posição em seguida de
seu oposto.
Os dramas históricos de Corneille formaram uma série de peças
retratando com verdadeira compreensão todas as principais fases da civilização
romana com um tratamento dramático ideal. Por seu conteúdo cultural suas peças
são até hoje recomendadas para leitura. Uma seleção conteria os dramas:
Le Cid
Horace
Cinna
Polyeucte
Pompée
Rodogune
que são as
obras-primas de Corneille.
Recomendam-se ainda os dramas:
Heraclius
Nicomède
Pertharite
Oedipe
Sertorius
Othon
Pulchérie.
São todos
dramas de nobres personagens e de elevada idealização histórica.
Corneille é não somente o criador e o chefe do drama na França,
mas ainda um dos mais nobres educadores e um dos tipos humanos mais importantes
da nação francesa, digno por seu próprio valor e também por suas obras, de ser
colocado à frente dos autores históricos da França e de toda a Europa.
AMANHÃ:
Um gigante como dramaturgo tanto no México como na Espanha: Ruiz de Alarcon.
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