19 DE SETEMBRO.
Racine: na língua francesa em tragédias com grande beleza
RACINE
Jean-Baptiste
Racine
(nasceu em 1639, em La Ferté-Milon ,
Valois, França; morreu em 1699, em Paris)
POETA TEATRÓLOGO DRAMÁTICO
FRANCÊS NOTÁVEL POR SUAS TRAGÉDIAS CLÁSSICAS
Estética
parte da Filosofia para a
idealização, para a emoção
O motor da ação humana é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o
conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Nesta segunda semana do Calendário
estão como representantes desta fase da evolução social aqueles mestres do
drama histórico que pintaram os tipos tomados do passado de preferência a
caracteres puramente imaginários. Desse modo aqui Schiller é colocado ao lado
de Corneille, assim como na semana passada Goethe foi colocado ao lado de
Calderon. A semana tem como chefe Corneille.
Ver em 0910 C O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama
Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
RACINE (1639-1699) nasceu em família que, por três
gerações, manteve o nome de Jean e que foram coletores de impostos. Os seus
pais morreram quando ainda era criança.
Foi
educado por seus avós, que tinham relações muito estreitas com a abadia de
Port-Royal. Recebeu sua educação no colégio de Beauvais até os 16 anos e
continuou em seguida seus estudos no Port-Royal, onde ficou por três anos, até
ir para o colégio de Harcourt, em Paris. Mais tarde foi ao Languedoc, onde morou
algum tempo na casa de um tio, um cônego, estudando teologia para se tornar
padre.
Aos
22 anos, voltando a Paris, decidiu-se definitivamente pela poesia. Os seus
biógrafos relatam sua dedicação ao estudo dos clássicos e de seus sucessos
precoces. Ele escrevia poemas latinos elegantes e se interessou pelos autores
dramáticos da Grécia. Sófocles, Eurípides e Ariosto eram seus autores
favoritos. Nenhum poeta moderno teve uma educação clássica tão completa, a não
ser talvez John Milton e Thomas Gray.
Na
idade de 20 anos, sua Ode sobre o casamento de Luis XIV chamou a atenção de
Colbert que lhe ofereceu um prêmio e, mais tarde, uma pensão lhe foi dada por
outra ode que escreveu aos 23 anos. Racine se associou a Nicolas Boileau e
Molière e algumas tragédias datam dessa época de sua juventude.
Na
sua peça Andrômaco, de 1667, o jovem poeta com apenas 27 anos se revelou em
toda sua força. Ele obteve o apoio do rei da França e de sua corte. Houve até
um movimento que proclamava sua superioridade em relação a Pierre Corneille.
Mas, na verdade, seu predomínio passageiro se devia mais ao majestoso estilo do
que ao conteúdo criativo de suas peças. Mas a comparação não desmerece o alto
valor de Racine.
Entre
1667 e 1677, em dez anos, Racine compôs sete tragédias e uma comédia cheia de
encanto. Todas as suas peças foram recebidas com aplausos gerais, quase
extravagantes. Ele foi proclamado o primeiro poeta de seu tempo.
Phedro,
de 1677, a
última tragédia desses dez anos, é decerto, sua obra-prima na tragédia pura.
Mas Racine ficara muito sensível e desconfiado e procurou se afastar da arte
dramática. Aborrecido das intrigas, dos ataques da crítica, com grandes dúvidas
religiosas sobre as injustiças do teatro e até de desilusões amorosas, ele
resolveu se consagrar à vida religiosa.
Racine
foi nomeado historiógrafo do rei de França. Durante vinte e dois anos
consagrou-se a recolher os materiais para uma história de Luis XIV nas horas
que não consagrava à devoção e à meditação religiosa. Ele morreu em 1699 aos 60
anos de idade.
Racine
escrevia com grande elegância e beleza. Toda a crítica reconhece nele o maior
mestre da língua francesa. Até nossos dias se recomenda a leitura de suas
peças: Andrômaco, Les Plaideurs, Britannicus, Bajazet, Iphigénie, Phedro,
Athalie.
AMANHÃ: O teatro como instrumento de luta contra a opressão
religiosa e política: Voltaire.
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