FEVEREIRO 23: Ovídio
poeta romano fecundo e sutil.
OVÍDIO
Ovid, Publius
Ovidius Naso
(nasceu no ano 43 antes
da nossa era, em Sulmona, Itália; morreu no ano 17 da nossa era em Constanta,
Romênia)
POETA ROMANO DE
SUPREMA EXECUÇÃO NA ARTE POÉTICA DO VERSO E DA RIMA
O Politeísmo
Militar Ocidental vence a Teocracia Sacerdotal do Oriente
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando
a civilização do futuro.
Na Grécia a arte coordenou a
política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o
total poder político e mental da casta hereditária dos sacerdotes das
teocracias. O que foi feito pela primeira vez no mundo. Para sempre.
A arte gera emoções, cria visões
de progresso, visões do futuro.
A arte tem, desse modo, o poder de
antever o progresso, de criar
novos ideais. É um poder profético
natural, criado por um período
de seis séculos e meio pelo menos,
humanos em sociedade.
Na quarta semana do mês de Homero estão os poetas
de Roma, tanto os épicos como os
líricos. Ela compreende
sua influência continuando através
da idade média. É como a
visão profética de uma era de paz
que inspira os poemas de
Virgílio até que seria formulada
de novo por Dante.
A semana termina no domingo tendo como chefe Virgílio.
Ver em 0129 C Quadro do Mês
de Homero, a Poesia Antiga,
com os
grandes tipos representantes do mês.
Veja em 0101 00 (código para JANEIRO 01) a apresentação
do Calendário Filosófico e sua fonte.
OVÍDIO (43 aC-17 dC) nasceu em Sulmona na
Itália central. Ele levou em Roma uma vida de intensa produção literária até
que perto de ter seus 52 anos uma ordem do Imperador Augusto o exilou para
Tomi, em Constanta, na Romênia, no Mar Negro, onde morreu depois de oito anos
de tristeza solitária.
A imoralidade de muitos
de seus escritos e a
suspeita de uma intriga envolvendo o adultério da jovem Júlia, a neta do
Imperador, teriam sido a causa de seu exílio. O Imperador fez da punição dada a
Ovídio um exemplo público de que Augusto exercia o controle da moralidade em Roma. A jovem Júlia também
foi exilada.
Ovídio, o mais fecundo
dos poetas latinos nos
deixou três longas séries de poemas de amor, um poema sobre As Razões e As Estações das cerimônias romanas, duas séries de lamentações a
respeito de seu exílio, sob a forma de elegias e um romance poético em
hexâmetros mais longo do que qualquer de seus poemas.
O pequeno número de anos que separam Ovídio de Tíbulo marca um
progresso evidente nas condições políticas e sociais do Império Romano. O
regime imperial de comando único por mérito estava então firmemente
estabelecido: não se ouvia nenhum murmúrio, nenhuma reclamação. A poesia de Ovídio é um reflexo dessa
tranqüilidade social.
Dedicado ao gênero da elegia, foi necessário que fizesse certo
sacrifício do tema em favor da forma da poesia; mas elevando a forma dos versos
à mais alta perfeição de que ela era suscetível, Ovídio se mostrou incontestavelmente um dos mais habilidosos mestres da
linguagem que até hoje o mundo já conheceu.
Ele empregou a mesma capacidade no desenvolvimento de suas idéias.
Sua poesia, a não ser quando aborrecido, nunca saiu de um impulso; é um produto
preciso, correto, que saia de seu pensamento. Nenhum grande interesse público
ou particular influenciou suas afeições nem seu talento ou reduziu seu
entusiasmo sempre muito pessoal, sem ser, no entanto, desprovido de
generosidade.
Algumas de suas obras são
de amor verdadeiro.
Outras são imorais devido a sua destinação satírica e estão quase esquecidas. O
aspecto particular de seu pensamento encontrou uma aplicação na reconstituição
dos detalhes das coisas antigas em
Os Fastos , As
Datas. Um uso mais completo e mais elevado dos fatos antigos estão em As Metamorfoses. É nesse livro de Ovídio e no livro de Luciano que foi preparada a Novela moderna de que nós desconhecemos, talvez, o seu valor.
As freqüentes citações que foram feitas de sua obra em combinação
com a graça contagiante de seus versos asseguraram a Ovídio na Idade Média e na
modernidade um círculo de leitores e de
admiradores mais amplo do que a outro qualquer poeta da antiguidade.
AMANHÃ: A imaginação e a paixão de Lucano na poesia sem deuses.
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