19 DE FEVEREIRO: Ênio
o poeta da potência de Roma, civilizadora de toda Europa
ÊNIO
Quintus Ennius
(nasceu em 239 antes
da nossa era, em Rudia, Calábria, sul da Itália; morreu no ano 169)
FAMOSO POETA
FUNDADOR DA LITERATURA DE ROMA
O Politeísmo
Militar Ocidental vence a Teocracia Sacerdotal do Oriente
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando
a civilização do futuro.
Na Grécia a arte coordenou a
política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o
total poder político e mental da casta hereditária dos sacerdotes das
teocracias. O que foi feito pela primeira vez no mundo. Para sempre.
A arte gera emoções, cria visões
de progresso, visões do futuro.
A arte tem, desse modo, o poder de
antever o progresso, de criar
novos ideais. É um poder profético
natural, criado por um período
de seis séculos e meio pelo menos,
humanos em sociedade.
Na quarta semana do mês de Homero estão os poetas
de Roma, tanto os épicos como os
líricos. Ela compreende
sua influência continuando através
da idade média. É como a
visão profética de uma era de paz
que inspira os poemas de
Virgílio até que seria formulada
de novo por Dante.
A semana termina no domingo tendo como chefe Virgílio.
Ver em 0129 C Quadro do Mês
de Homero, a Poesia Antiga,
com os
grandes tipos representantes do mês.
Veja em 0101 00 (código para JANEIRO 01) a apresentação
e a fonte do Calendário Filosófico.
ÊNIO (329 aC-169) é o poeta da origem da poesia de Roma, que foi
importada da Grécia. Essa poesia só se desenvolveu em Roma quando, mais tarde,
se estabeleceu o Império. Ênio é que trouxe a arte poética dos gregos quando
Roma ainda era república.
Ele teve como língua materna o oscan de sua terra natal em Rudia,
na Calábria, sul da Itália. Era conhecedor da língua grega, na qual foi educado
em Tarento e que ensinou por muito tempo. Foi conhecer o latim da língua falada
no exército romano, ao servir na segunda guerra de Roma contra Cartago, a
segunda guerra púnica. Por conhecer os
três idiomas, dizia “ter três corações”.
Ênio tornou-se cidadão romano no ano 184 antes da nossa era, o que
lhe permitiu fundar a poesia complexa do politeísmo militar e social de Roma,
por meio de sua formação cultural em três línguas. Por um feliz acontecimento,
ele foi levado para Roma no ano 204 por um grande tipo do nacionalismo
aristocrático, Catão o Velho, então um centurião do exército romano no sul da
Itália.
Dos versos escritos por Ênio temos hoje apenas 600 versos
mutilados dos ANAIS. De sua obra
foram conservadas 19 peças de teatro, em todos os gêneros de poesia. As
comédias foram feitas a partir de Menandro, as tragédias de acordo com as de
Eurípides, sendo que todas tiveram coroamento na velhice do poeta com a epopéia da história de Roma desde os
tempos mais recuados até o fim da primeira guerra contra Cartago, da primeira
guerra púnica. Sobre essa obra é que seus contemporâneos e a posteridade firmaram sua reputação de grande poeta.
Por desejo de seu protetor Cipião o Africano, seus restos mortais
foram depositados no túmulo da família Cipião e seu busto teve lugar ao meio
das efígies dessa grande família. As obras poéticas de Ênio estavam ainda
inteiras no século terceiro de nossa era.
Ênio viveu na época em que eram colhidos os frutos do
desenvolvimento romano e reunidos com o início de uma nova cultura. Ele adotou
na versificação o hexâmetro grego como Homero usou e também a métrica iâmbica.
O hexâmetro é a métrica poética que tem seis pés. Chama-se PÉ o grupo formado por uma sílaba acentuada acompanhada de uma
sílaba átona. No verso iâmbico a sílaba não acentuada vem antes da sílaba acentuada.
Pela forma de sua poesia e também pelo seu conteúdo, Ênio foi o primeiro a mostrar qual seria o
destino da civilização romana: o seu engrandecimento de Roma pelo domínio
das tribos da Europa então em permanente guerra, estabelecendo uma paz permanente, universal. O Império Romano criou
uma civilização uniforme e de paz na
Europa do ocidente. Os povos do Império, depois da importante evolução cultural da Idade Média católica, formou a
mais adiantada civilização do mundo. Que hoje é levada a todos os
países pela globalização.
O herói da poesia de Ênio
é o povo romano. Os
diversos episódios, tanto os relatos da lenda como eventos históricos, são
ligados pela mesma visão universal de um
grande império e extensa cultura. Da mesma forma como Homero, Ênio viveu
num país jovem e forte, mas a diferença é que ele canta em seus versos o futuro de Roma, não o seu passado. Seu entusiasmo pelo futuro se apóia na
pesquisa aprofundada das coisas antigas.
A força da poesia de Ênio está na crença do progresso da sociedade
romana, recuperando a mente do poeta dos fetiches antigos, dos sonhos de
Pitágoras e das antigas crenças da tribo. Pode-se considerá-lo como um
verdadeiro precursor do grande Virgílio, sendo Ênio o mais importante dos poetas latinos, de direito chamado o
fundador da literatura de Roma.
AMANHÃ: A poesia filosófica de Lucrécio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário