FEVEREIRO 18.
Aristófanes: elevou a poesia na caricatura da comédia satírica antiga
ARISTÓFANES
Aristophanes
(nasceu cerca do ano
450 antes da nossa era; morreu cerca de 390 aC)
AUTOR GREGO MAIOR
SATÍRICO DE COMÉDIA NA LITERATURA MUNDIAL
O Politeísmo Militar Ocidental vence a Teocracia Sacerdotal do
Oriente
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando
a civilização do futuro.
Na Grécia a arte coordenou a
política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o
total poder político e mental da casta hereditária dos sacerdotes das
teocracias. O que foi feito pela primeira vez no mundo. Para sempre.
A arte gera emoções, cria visões
de progresso, visões do futuro.A arte tem, desse modo, o poder de antever o
progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por
humanos em sociedade.
A terceira semana se compõe de autores cômicos e satíricos
da Grécia e de Roma, porque, nesse
gênero a obra dos romanos
pode ser comparada à dos gregos.
Isso não acontecia no caso
da tragédia e nas artes da forma.
Os autores de fábula aqui figuram
por continuarem a comédia dos
costumes humanos. A semana
tem como chefe Aristófanes, que a termina.
Ver em 0129 C Quadro do Mês
de Homero, a Poesia Antiga,
com os
grandes tipos representantes do mês.
Veja em 0101 00 (código para JANEIRO 01) a apresentação
e a fonte do Calendário Filosófico.
ARISTÓFANES (450 aC-390 aC) foi o maior poeta cômico da antiguidade.
Ele deixou uma viva descrição de sua própria pessoa, do que ele amava e daquilo
que ele desprezava. Viveu perto de 50 anos depois da grande época de glória de
Atenas e nos deixou imortais quadros descritivos sobre a república de Atenas quando
ela começava a caminhar para seu rápido declínio. Pouco sabemos dos detalhes de
sua vida pessoal.
Aristófanes era filho de Philippe e nasceu em Atenas em meados dos
anos 400 antes de nossa era. Ele gostava
do prazer e da vida em sociedade, sendo representado como um dos brilhantes
convivas do banquete de Platão.
Ele ganhou um prêmio por sua primeira comédia em 427, logo após o
começo da guerra do Peloponeso, quando ainda era bem jovem. E continuou a
compor suas comédias por um período de 40 anos. Ele produziu mais de 50 peças
de teatro, mas apenas 11 subsistiram até hoje. Deixou três filhos que foram
todos poetas cômicos como o pai, que morreu em torno do ano 390 quando Atenas
já tinha perdido toda sua importância política e morrido seus grandes homens, a
não ser Platão e seus discípulos.
Aristófanes não teve rival
na comédia antiga, aquela que fazia a sátira direta, política, pessoal e
social e nesse domínio ele tomou a liberdade de fazer a caricatura, a imitação e a extravagância a tal ponto que as sátiras
mais críticas e violentas, antigas ou modernas, nunca alcançaram.
Ele viveu na Grécia num tempo de atividade intensa e de rudes
conflitos no mundo das idéias e no campo da política. O poeta Aristófanes,
amante apaixonado dos velhos heróis, das antigas instituições e dos antigos
costumes de Atenas, atacou, numa série de sátiras, os demagogos, os políticos,
os pretensiosos, os charlatães, os trapaceiros, os modismos em filosofia, em
política, nos costumes e na poesia.
Aristófanes se mostra um
homem de partido, sem escrúpulo, um escarnecedor incorrigível dos deuses e dos
homens, um apoio firme
da “boa causa” e do “velho bom tempo”. Por baixo de sua
severidade excessiva e de sua extravagância obscena, ele revela um senso político de justiça, se mostra o conservador
sincero e corajoso de tudo que é justo e verdadeiro. No tempo de
Aristófanes as cenas obscenas faziam parte do culto a Dionísio, o deus do vinho
e do prazer. O poeta empregou esse meio para fins morais e sociais.
Vivendo no meio de uma democracia inferior e inconstante, ele só
poderia ser um reacionário num século cheio da arte do sofisma enganoso e da
retórica frívola que absorveu o pensamento de Atenas. Ele fez então um ataque
cego contra os reformadores da sociedade como Sócrates e contra os que
professavam a sensibilidade como Eurípides. Ele ridiculariza sem cessar a Cleon
o demagogo, a Eurípides o sentimental, a Sócrates como o tipo do sofista
crítico.
Muitas de suas peças se referem a promessas usadas até hoje pelos demagogos de nossos dias.
Na sátira VESPAS ele zomba das cortes de
justiça da época. Na AS NUVENS ele faz a sátira contra Sócrates, como um
pensador oposto aos interesses da nação. Na sua mais famosa sátira, a
LYSISTRATA ele faz a crítica contra a guerra; em ECCLESIAZUSA ele ridiculariza a idéia da propriedade comunista da
propriedade e em PLUTUS ele mostra o absurdo da redistribuição da riqueza na
sociedade.
Entre os ataques há muitos injustos, muitos sem razão; mas para um
conservador ardente como o poeta Aristófanes, Cleon personificava a loucura e a
vaidade democráticas, Eurípides dizia do gosto por uma retórica doentia em
poesia e Sócrates o revolucionário da antiguidade que submetia todas as crenças
estabelecidas a uma crítica metafísica falsificadora.
Os estudiosos de todas as épocas estão de acordo com a opinião de
que Aristófanes reuniu, como poeta e
como satírico, todas as melhores qualidades no mais alto grau. Ele elevou a caricatura da sátira do gracejo ao mais
sublime dos gêneros.
AMANHÃ: Ênio o poeta da potência civilizadora de Roma.
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