terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

0217 C LUCIANO lições profundas sobre a morte e o vazio da ambição e da riqueza

FEVEREIRO 17. Luciano: O humor de suas sátiras contra a teologia grega e os filósofos

LUCIANO
Lucianos em grego, Lucianus ou Lucinus em latim
(nasceu no ano 120 da nossa era em Samosata, Síria, hoje Samsat, Turquia;
morreu depois de 180, em Atenas, Grécia)

SATÍRICO E RETÓRICO GREGO OPOSTO A SUPERSTIÇÕES E A FALSA FILOSOFIA

O Politeísmo Militar Ocidental vence a Teocracia Sacerdotal do Oriente

ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

Na Grécia a arte coordenou a política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o total poder político e mental da casta hereditária dos sacerdotes das teocracias. O que foi feito pela primeira vez no mundo. Para sempre.
A arte gera emoções, cria visões de progresso, visões do futuro.A arte tem, desse modo, o poder de antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por humanos em sociedade.
A terceira semana se compõe de autores cômicos e satíricos
da Grécia e de Roma, porque, nesse gênero a obra dos romanos
pode ser comparada à dos gregos. Isso não acontecia no caso
da tragédia e nas artes da forma. Os autores de fábula aqui figuram
por continuarem a comédia dos costumes humanos. A semana
tem como chefe Aristófanes, que a termina.
Ver em 0129 C Quadro do Mês de Homero, a Poesia Antiga,
com os grandes tipos representantes do mês.
Veja em 0101 00 (código para JANEIRO 01) a apresentação
e a fonte do Calendário Filosófico.


LUCIANO (120-180 dC) nasceu em Samosata, no rio Eufrates. Seu pai era pobre e o destinou a ser um talhador de pedra ou escultor das figuras que representavam o deus Hermes que eram colocados nas esquinas das ruas. Como menino mostrou habilidade em fazer modelos em barro e fez sua aprendizagem com seu tio que era escultor.
Luciano não ficou nesse trabalho e ele foi para a Ásia Menor, lá aprendendo a cultura literária em língua grega. Sua língua materna era o aramaico, mas ele conseguiu dominar a língua da Grécia antiga, tornando-se um extraordinário orador. Nessa ocasião ele foi à Grécia, à Itália e à Gália, hoje França.
Ele passou a redigir discursos, tornou-se advogado e ensinou a arte de falar em público até a idade de 40 anos. Luciano viajou por todo o Império Romano como orador e conferencista. Mais tarde mudou-se para Atenas e se dedicou ao estudo da filosofia e aos trabalhos literários, escrevendo os seus famosos diálogos. Um grande número de suas obras foi preservado, consistindo em sátiras contra a teologia grega, contra os filósofos e contra a sociedade em geral.
Comparando Luciano a Juvenal e Aristófanes, os dois autores de sátiras, nos impressiona seu espírito mais moderno. Ele se mostra sempre alegre, nunca amargo e é possuído de um amor todo moderno por um mundo imaginário muito melhor.
Luciano indica os casos da mitologia antiga e descreve suas lendas com humor complacente de um crítico completamente emancipado, livre das velhas crenças, mas que guarda ainda muita simpatia por essa fé. Nas histórias imaginadas, sua palavra fácil e a riqueza de sua invenção superam a melhor literatura. Entre suas obras se encontram os Diálogos dos Deuses e os Diálogos dos Mortos. As suas sátiras eram dirigidas principalmente contra as crenças supersticiosas e contra as falsas doutrinas filosóficas.
Nas Sátiras sociais ele toma emprestados por vezes temas de Juvenal, mas nunca é pessoal como ele nos seus ataques e críticas. Interessa-se por todos os aspectos da vida humana, mas mostra a disposição favorita de seu espírito para tratar das questões filosóficas e teológicas do politeísmo.
Nos Diálogos dos Mortos, Luciano mostra o espírito e a vivacidade de seu diálogo e suas pinturas dos caracteres se apresentam na sua melhor ocasião. Muitos dos pensamentos são tão profundos como verdadeiros sobre a morte, sobre o vazio do orgulho e da riqueza. Ele indica o terror de uma consciência culpada e a recompensa que encontra uma vida bem empregada pela permanência dos seus resultados e pela lembrança que ela fica entre os homens.


AMANHÃ: A comédia antiga de Aristófanes.


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