FEVEREIRO 17. Luciano:
O humor de suas sátiras contra a teologia grega e os filósofos
LUCIANO
Lucianos em
grego, Lucianus ou Lucinus em latim
(nasceu no ano 120 da
nossa era em Samosata, Síria, hoje Samsat, Turquia;
morreu depois de 180,
em Atenas, Grécia)
SATÍRICO E
RETÓRICO GREGO OPOSTO A SUPERSTIÇÕES E A FALSA FILOSOFIA
O Politeísmo Militar Ocidental vence a Teocracia Sacerdotal do
Oriente
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando
a civilização do futuro.
Na Grécia a arte coordenou a
política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o
total poder político e mental da casta hereditária dos sacerdotes das teocracias.
O que foi feito pela primeira vez no mundo. Para sempre.
A arte gera emoções, cria visões
de progresso, visões do futuro.A arte tem, desse modo, o poder de antever o
progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por
humanos em sociedade.
A terceira semana se compõe de autores cômicos e satíricos
da Grécia e de Roma, porque, nesse
gênero a obra dos romanos
pode ser comparada à dos gregos.
Isso não acontecia no caso
da tragédia e nas artes da forma.
Os autores de fábula aqui figuram
por continuarem a comédia dos
costumes humanos. A semana
tem como chefe Aristófanes, que a termina.
Ver em 0129 C Quadro do Mês
de Homero, a Poesia Antiga,
com os
grandes tipos representantes do mês.
Veja em 0101 00 (código para JANEIRO 01) a apresentação
e a fonte do Calendário Filosófico.
LUCIANO (120-180 dC) nasceu em Samosata, no
rio Eufrates. Seu pai era pobre e o destinou a ser um talhador de pedra ou
escultor das figuras que representavam o deus Hermes que eram colocados nas
esquinas das ruas. Como menino mostrou habilidade em fazer modelos em barro e
fez sua aprendizagem com seu tio que era escultor.
Luciano não ficou nesse trabalho e ele foi para a Ásia Menor, lá
aprendendo a cultura literária em língua grega. Sua língua materna era o
aramaico, mas ele conseguiu dominar a língua da Grécia antiga, tornando-se um
extraordinário orador. Nessa ocasião ele foi à Grécia, à Itália e à Gália, hoje
França.
Ele passou a redigir discursos, tornou-se advogado e ensinou a arte de falar em público até a idade
de 40 anos. Luciano viajou por todo o Império Romano como orador e
conferencista. Mais tarde mudou-se para Atenas e se dedicou ao estudo da
filosofia e aos trabalhos literários, escrevendo os seus famosos diálogos. Um
grande número de suas obras foi preservado, consistindo em sátiras contra a teologia grega, contra os filósofos e contra a
sociedade em geral.
Comparando Luciano a
Juvenal e Aristófanes, os dois autores de sátiras, nos impressiona seu espírito
mais moderno. Ele se mostra sempre alegre,
nunca amargo e é possuído de um amor todo moderno por um mundo imaginário muito
melhor.
Luciano indica os casos da mitologia antiga e descreve suas lendas
com humor complacente de um crítico completamente emancipado, livre das velhas
crenças, mas que guarda ainda muita simpatia por essa fé. Nas histórias
imaginadas, sua palavra fácil e a riqueza de sua invenção superam a melhor
literatura. Entre suas obras se encontram os Diálogos dos Deuses e os Diálogos
dos Mortos. As suas sátiras eram dirigidas principalmente contra as crenças supersticiosas e contra
as falsas doutrinas filosóficas.
Nas Sátiras sociais ele toma emprestados por vezes temas de
Juvenal, mas nunca é pessoal como ele nos seus ataques e críticas. Interessa-se
por todos os aspectos da vida humana, mas mostra a disposição favorita de seu
espírito para tratar das questões filosóficas e teológicas do politeísmo.
Nos Diálogos dos Mortos, Luciano mostra o espírito e a vivacidade de seu diálogo e suas pinturas dos caracteres
se apresentam na sua melhor ocasião. Muitos dos pensamentos são tão profundos como verdadeiros sobre a morte, sobre o
vazio do orgulho e da riqueza. Ele indica o terror de uma consciência
culpada e a recompensa que encontra uma
vida bem empregada pela permanência dos seus resultados e pela lembrança que
ela fica entre os homens.
AMANHÃ: A comédia antiga de Aristófanes.
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