quinta-feira, 1 de março de 2012

0301 B LEUCIPO pesquisa científica sobre o mundo e a mente

MARÇO 01: Leucipo:  o criador da teoria dos átomos: Leucipo.

LEUCIPO
Leucippus
(viveu no século 5º antes da nossa era, cerca dos anos 400 a 300, na costa ocidental da Asia Menor, talvez em Abdera)

FILÓSOFO GREGO CRIADOR DA TEORIA DOS ÁTOMOS, DESENVOLVIDA POR DEMÓCRITO


A evolução intelectual livre do cruel regime teocrático de castas. Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve. Mas a explicação não se baseou na vontade arbitrária dos deuses, mas foi feita usando a observação dos fatos. Antes a observação se destinava a imaginar a vontade dos seus poderosos deuses.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia. O estudo filosófico se enfraqueceu enquanto o estudo da ciência particular se fortaleceu.
A primeira semana do mês representa o nascimento do pensamento grego, durante o qual se tentou explicar o universo por algum princípio físico, fora das lendas religiosas. Ao mesmo tempo a ciência positiva, segura, comprovada da Geometria se desenvolvia gradualmente. Tales é o principal representante da época.
A semana termina no domingo, com Tales como seu chefe.

Ver o Quadro 0226-1 do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata.


LEUCIPO é citado por Aristóteles e por Teofrasto como o criador da hipótese corpuscular da matéria, a teoria dos átomos, como pequenas partículas indivisíveis. Conhecemos Leucipo pelas referências de Demócrito, seu aluno mais famoso. Poucos escritos dele chegaram até nós, como O GRANDE SISTEMA DO MUNDO e SOBRE A MENTE.
O materialismo como escola de pensamento ou escola filosófica científica é notado com Tales de Mileto (cerca ano 580 antes da nossa era) e outros pensadores pré-socráticos, mais tarde desenvolvido por Leucipo e Demócrito. Em filosofia o materialismo é o modo de pensar que todos os acontecimentos são resultado de processos mecânicos ou materiais, físicos e até mesmo que os fatos são apenas processos físicos. Em sociologia e política, o materialismo socialista comunista explica tudo como decorrência da situação econômica da sociedade, do poder do dinheiro ou da riqueza.
Se fizermos uma escala dos fenômenos da natureza e dos humanos, podemos afirmar que existe uma medida de complexidade entre todos os acontecimentos ou fenômenos estudados pelas ciências. Existem fenômenos mais simples e fenômenos mais complicados, mais difíceis de serem estudados para se descobrir suas relações.
O fenômeno mais simples é o da existência das coisas ou dos seres. O que existe, qualquer coisa que seja conhecida, apresenta-se como uma QUANTIDADE. Isso existe? É um ou são vários? Em contabilidade se chama de EXISTÊNCIA a quantidade daquilo que a empresa possui.
Um objeto ou uma coisa pode apresentar vários fenômenos, como sua cor, seu peso, sua forma, movimento, se é vivo, se forma agrupamentos. Mas se nada apresenta, ou se nada sabemos de suas qualidades, apenas sabemos que EXISTE, essa coisa que é um SER, somente apresenta o fenômeno de quantidade, apenas podemos representar como um número: é UMA coisa, ou são TRÊS, ou DEZ. Nesse caso não sabemos sua forma. O objeto que apresenta o fenômeno da forma além de ter existência ainda mostra o tamanho e o aspecto de sua aparência, seja esférica, seja um disco, ou outra forma. Os fenômenos matemáticos são o NÚMERO, a FORMA e o MOVIMENTO. São os mais simples de todos.
Na escala dos fenômenos podemos afirmar com segurança, positivamente, que mais complexos do que os da matemática (1) pela ordem são: (2) os fenômenos astronômicos; (3) físicos; (4) químicos; (5) biológicos, isto é, da vida; (6) de agrupamento, isto é sociológicos; e os mais complexos, (7) os fenômenos do comportamento individual dos seres vivos, isto é, os fenômenos psicológicos. Cada degrau depende dos fenômenos anteriores e não depende dos que lhe seguem. Nessa escala estão indicados TODOS OS FENÔMENOS que podemos pesquisar no mundo. Essa original escala forma as CATEGORIAS da moderna filosofia de Augusto Comte, definindo os predicados dos seres.
Conhecida essa escala de complicação cada vez maior, pode-se definir como MATERIALISMO o modo de pensar que supõe que pode ser um fenômeno mais complexo explicado somente por um fenômeno mais simples. Por exemplo, se supomos que TUDO É APENAS MOVIMENTO, como pensava o grande filósofo Descartes (1596-1650), então estaremos reduzindo acontecimentos mais complexos como os dos corpos vivos para um fenômeno mais simples.
Se ao contrário explicarmos fenômenos mais simples pelos mais complexos, estaremos fazendo ESPIRITUALISMO. Esse é o caso de acreditar que podemos curar todas as doenças por meio das orações ou por benzedura. Ou acreditar que um santo homem pode se elevar do chão somente por efeito de sua santidade.
A pesquisa da composição da matéria prossegue, tendo a modernidade avançado no estudo da teoria atômica como proposto por Leucipo e por seu famoso aluno Demócrito. Dessa forma podemos verificar que nosso conhecimento é sempre RELATIVO, isto é, depende da pesquisa das relações entre os fenômenos em estudo. O conhecimento está sempre procurando saber mais a respeito dos grandes espaços siderais que parecem sem limites. E também sobre o microcosmos, e sobre os menores espaços sub-microscópicos, também sem limites. Assim se mostra nossa modéstia quando sabemos que não sabemos tudo. QUANTO MAIS SE ESTUDA, MAIS SABEMOS QUE POUCO SABEMOS.


AMANHÃ: Heródoto o historiador e seu estilo admirável.


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