0823 DOLLOND AS LENTES ACROMÁTICAS
23 DE AGOSTO: O criador da lente sem aberração cromática: John Dollond.
DOLLOND
John Dollond
(nasceu em 1706, em Londres; morreu em 1761, em Londres)
CIENTISTA INVENTOR DAS LENTES ACROMÁTICAS
O progresso realizado na Europa do ocidente durante a Idade Média decorreu do Feudalismo na política associado ao Catolicismo na formação da opinião, pelo ensino e pela consagração. Não ocorreu no resto da Europa, que não era católico romano. Desse modo o escravo passou a ser servo da gleba. O escravo adquiriu os direitos de servo, acabando com a escravidão que havia em toda antiguidade. O servo da gleba trabalhava livremente embora obrigado a ficar no território de seu Senhor, de seu Barão, devendo a ele servir com serviços e pagamento em troca de sua proteção. Foi no primeiro terço do período medieval, entre os anos de 400 e 700 da nossa era. Na Europa oriental essa fase ocorreu com muito atraso, por vezes somente nos anos 1900, no século XX.
Em seguida, com a passagem dos servos da gleba a trabalhadores livres, a produção industrial artesanal se desenvolveu com a libertação gradual dos servos de suas obrigações devidas ao seu Barão feudal. O que ocorreu entre os anos 700 e 1000.
No terço seguinte, do ano 1000 até 1300 a produção industrial e o comércio se desenvolveram, as profissões se organizaram em corporações e o capital se acumulou
Este calendário registra os grandes representantes da preparação humana até a Revolução Francesa de 1789. Essa foi a base para a positivação da Sociologia e da Psicologia ocorrida nos anos 1800, do século XIX.
O progresso geral se acelerou nos séculos seguintes, cujo julgamento deve ser feito mais tarde, avaliando os significativos resultados obtidos.
Nesta segunda semana estão os representantes dos que desenvolveram o emprego de materiais para obter equipamentos e máquinas úteis ou artísticas. Vaucanson é o chefe da semana. Ele mostrou extraordinária habilidade em criar autômatos, máquinas que imitam o movimento e funções de um ser vivo, animado.
Ver em 0813 1 O Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.
JOHN DOLLOND era filho de um francês protestante fabricante de tecidos de seda. Seu pai, refugiado da perseguição religiosa no seu país, estabeleceu-se em Spitalfields, um distrito de Tower Hamlets na Grande Londres. Nessa área, a tecelagem da seda fora introduzida por huguenotes foragidos da França, nos anos 1600, no século 17.
Dollond desde cedo mostrou interesse pelas ciências e aprendeu línguas, matemática e física por esforço próprio. Tornou-se um sábio e um cientista destacado. Mas só depois da madureza, em 1752, associado ao seu filho Pierre, passou a fabricar material de ótica. Dollond é o fundador de uma família de óticos que floresceu por mais de um século.
Os primeiros fabricantes de telescópios verificaram que a imagem observada aparecia cercada de uma borda com as cores do arco íris, o que tornava confusa a visão. Esse fenômeno foi chamado de aberração cromática. Newton demonstrara que quando um raio de luz branca atravessava um prisma, refratando, as cores que compunham a luz se dispersavam, isto é, as cores sofriam refração diferente.
Em 1747 levantou-se uma controvérsia a respeito da afirmação de Newton de que essa aberração cromática das lentes não poderia ser eliminada. Dollond em princípio concordou e pensou que esse defeito era totalmente próprio às lunetas refringentes e deixou de fabricá-las, e se dedicou aos telescópios de espelho refletor, no que foi seguido pelos mais experimentados óticos.
Apesar da grande autoridade de Newton, sempre se manteve a esperança de que, pela combinação de meios de transmissão da luz com poderes refratores diferentes se poderia neutralizar a dispersão das cores.
Euler propôs fazer a combinação de lentes ocas, cheias com água, com as lentes de cristal. Chester Hall, de Essex parece ter chegado em 1730 a realizar uma combinação análoga. Mas Dollond não teve conhecimento dessa experiência, que, de fato, só foi comunicada muito mais tarde. Ele foi levado a fazer experiências nessa questão ao ler uma memória de Kingenstierna da Suécia. Seus testes foram coroados de sucesso e foram claramente descritas na memória que Dollond leu diante da Sociedade Real de Ciências em 1758. Depois de ter explicado os fenômenos de refração e de dispersão, ele mostrou que se um raio de luz passando através de dois prismas de mesma substância dispostos de modo que as refrações sejam iguais e em sentidos contrários, o raio de luz que sai é de luz branca, sem cores. Mas o que ocorre se a refração oposta se faz em meio diferente? Newton mantém que se teria o mesmo resultado: Dollond se dispôs a examinar o problema.
Das experiências que fez, Dollond começou a pesquisar a propriedade ótica dos diferentes tipos de vidro. Depois de repetidos ensaios, ele verificou que o vidro tipo Crown e o tipo Flint tinham poder dispersivo muito diferente. O vidro Crown era de uso comum em telescópios e microscópios nessa época, mas o vidro Flint era muito mais duro para trabalhar e tinha menor aplicação. Fazendo a combinação de peças dos dois tipos de vidro, de modo que a sua refração ficasse na relação de 3 para 2, em direções opostas, ele conseguiu neutralizar a dispersão colorida. Dollond tinha criado a lente ACROMÁTICA, a lente sem aberração cromática, a lente acromática.
A invenção de Dollond resultou, na verdade, de várias tentativas de antecessores e de contemporâneos seus. Muitos fabricantes procuravam a solução do problema, em vários países.
Dollond continuou a produzir telescópios de primeira qualidade e sua fabricação de aparelhos óticos passaram para seus filhos John Júnior e Pierre, depois que Dollond morreu em 1761 em Londres.
AMANHÃ: O inventor de aperfeiçoamentos da máquina de produção de fios para tecidos: Sir Arkwright.
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