10 DE AGOSTO: Klopstock: A majestade épica da sublimidade religiosa ressoando na lingua alemâ.
KLOPSTOCK
Friedrich Gottlieb Klopstock (1724-1803)
(nasceu em 1724. na Saxônia, Alemanha; morreu em 1803, em Hamburgo)
POETA ÉPICO E LÍRICO FUNDADOR DA POESIA MODERNA DA LÍNGUA ALEMÃ
A Estética, as artes da linguagem, da emoção e da expressão.
É parte da Filosofia. O sentimento é o motor da atividade e da inteligência.
O Calendário Filosófico consagra dois meses do ano à Estética moderna. O mês de Dante com o nome de Epopéia Moderna coloca também os nomes de representantes da poesia romântica. O outro mês é o de Shakespeare, dedicado ao drama moderno.
A civilização moderna, após o fim da Idade Média, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, sofre uma longa e demorada revolução. Criou-se uma grande variedade na atividade humana, pela liberdade do povo, pela paz necessária para a indústria e o comércio. Criou também a saída das artes e do ensino de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito, de modo quase despercebido.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolta.Os formadores de opinião da Idade Média, fortes e sistemáticos, perderam a unanimidade na sociedade. Mas a nova classe de formadores é heterogênea, sem unidade de doutrina. Ainda não está pronto o sistema próprio da nova civilização de liberdade, a ser pacífica, científica e industrial. A diversidade infinita de atividade social, de conflitos e alterações incessantes da vida estimula a originalidade mental, mas não são favoráveis à perfeição da criação artística.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico independente apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade de produção da natureza humana.
Nesta quarta semana a poesia dos sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde Tomás de Kempis e Bunyan até Byron Shelley.
Ver em 0716 1 O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.
KLOPSTOCK, o mais antigo dos fundadores da poesia moderna na Alemanha, nasceu em Quedlinburg, Saxônia, em respeitável e austera família.
Ele recebeu uma educação completa, primeiro em sua cidade natal, depois em Iena e em Leipzig. Aos 24 anos ele publicou, em Leipzig, os três primeiros cantos de seu poema épico DER MESSIAS ( O Messias), escrito em hexâmetros sem rima. O tratamento em grande emoção do tema religioso criou muita sensação. A obra foi decerto inspirada no conhecido poema de Milton, O PARAÍSO PERDIDO.
O poema foi recebido com entusiasmo pela crítica e o jovem Klopstock tornou-se, desde então, um poeta célebre. Dois anos depois, ele foi para Zurich, a convite do crítico autorizado Bodmer e o ficou sendo o poeta da época, acolhido com um entusiasmo sem limites.
Ele foi coberto de honrarias, de convites e, depois de algum tempo, ganhou como protetores príncipes e nobres, mais um título de nobreza e ainda duas pensões em dinheiro. Sua vida era passada nas sociedades literárias, escrevendo suas composições poéticas e em sua vida doméstica.
Ele viajou a Kopenhagem, a Karlsruhe e finalmente para Hamburgo, onde ele morreu, em 1803, com 79 anos de idade.
A principal obra de Klopstock é DER MESSIAS, publicada em partes, em 1748, em 1755 e em 1773. Seu espírito ficou sem parar ocupado nesse poema desde os 22 anos até ter 50 anos de idade. A primeira metade foi publicada quando Klopstock tinha 31 anos e se considera um grande acontecimento que um poeta tão jovem tenha podido criar uma literatura da nação alemã plenamente desenvolvida.
A crítica da época foi unânime em admitir que Klopstock, na verdade, forneceu um possante impulso ao nascimento de uma literatura na língua alemã. O seu poema DER MESSIAS foi um grande avanço na arte de seu tempo.
Klopstock marcou a história da literatura alemã, levantando um grande entusiasmo no mundo da língua alemã, que considera DER MESSIAS um poema sublime. Ele também produziu poemas líricos, de amor, tocantes e puros, que atraem a atenção de mitos leitores.
A epopéia sagrada possui, na verdade, preciosas qualidades. Tem elevação de construção, força de expressão, dignidade de sentimentos e uma majestade épica de sublimidade religiosa que parece ressoar como o som dos órgãos de uma catedral.
O grande poema DER MESSIAS é, com todo o entusiasmo, o verdadeiro batismo da literatura nacional alemã.
Deve-se notar que o desenvolvimento das línguas nacionais na Europa corresponde ao abandono da língua da religião internacional da igreja católica, o latim. Essa evolução é um dos aspectos do fim da Idade Média, um dos sintomas da secularização e descontrole religioso dos costumes do ocidente, a mais avançada civilização do planeta. Ocorre ao mesmo tempo da perda de liderança dos sacerdotes cristãos, com o fim do papel de formador de opinião e da liderança do papado e do clero. É o começo da revolução cultural do ocidente, que se prolonga por mais de seis séculos. E dentro dessa revolução é que nós estamos progredindo.
AMANHÃ: A visão do poder da humanidade no futuro: Byron.
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