19 DE AGOSTO: Colombo coragem, energia e
perseverança frente ao desconhecido
COLOMBO
Cristóvão Colombo,
Cristoforo Colombo, Cristóbal Colón; Columbus,
Christopher
(nasceu em 1451, em
Gênova, Itália; morreu em 1506, em Valadolid, Espanha)
ALMIRANTE
NAVEGADOR PRIMEIRO IMPORTANTE DESCOBRIDOR DO NOVO MUNDO
A INDÚSTRIA MODERNA
Nos últimos anos da idade média
foram libertados os servos da gleba, trabalhadores rurais ligados à agricultura
do feudo e a seu barão. Entre os anos 700 e 1000 ocorre a libertação dos
servos, que se tornam comerciantes e artesões na manufatura de bens de
necessidade imediata. O que ocorre nos burgos, povoados formados fora das
muralhas dos castelos. Nasce então a burguesia.
Nesta primeira semana comemoramos
os grandes exploradores por terra e por mar, que nos fazem conhecer a extensão
do planeta. A influencia do comercio sobre o governo político tem por tipos
Jacques Coeur e Gresham. A aplicação da ciência abstrata à navegação se vê em
Napier e Briggs.
Ver em 0813 01 C O QUADRO DO MÊS GUTENBERG, A INDÚSTRIA
MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.
CRISTÓVÃO COLOMBO (1451-1506) nasceu em território genovês. Por
algum tempo trabalhou com seu pai na fiação de lã e depois foi estudar em Paris. Aos quinze anos
já estava navegando.
Colombo
conheceu desde o oriente até o norte da Europa e tomou parte com seu irmão
Bartolomeu em muitas expedições portuguesas para a costa da África. Pelos mapas
marítimos de Palestrello e por seu diário, sabe-se que Colombo conhecia os
progressos dos portugueses no sul da África e as dificuldades que eles tinham
encontrado. Palestrello era um dos navegadores do príncipe dom Henrique, o
Navegador. Colombo casou-se com sua irmã.
Colombo
formou a idéia de chegar à Índia viajando para o oeste, no lugar de ir para o
sul e para o leste, contornando a África. Com base na esfericidade da terra,
esse modo também levaria até a Índia. Informações e encorajamento de Toscanelli
de Florença aprovavam seu projeto e dizia que o mundo não era tão extenso como
o povo pensava.
Durante
muitos anos de fadiga, Colombo deveria expor o seu projeto de um rei para
outro, trabalhando em vão para demonstrar aos cosmógrafos que ele não estava
enganado, aos padres que ele não era um herege e para persuadir os príncipes
que eles não deviam pensar somente nas grandes despesas envolvidas.
Finalmente,
em 1492, depois de desistir de Portugal, Colombo na Espanha conseguiu que a
rainha Isabel aceitasse seus argumentos de que uma grande glória se daria ao
soberano que aprovasse a viagem. E um grande serviço seria oferecido à religião
para a expansão da fé cristã nas novas nações e que se encontrariam grandes
riquezas nos países de além-mar. O argumento religioso seria repetido sempre
nos relatórios de viagem de Colombo.
Em
3 de agosto de 1492 Colombo, com três barcos, partiu de Palos, na Andaluzia
para encontrar a Índia. A viagem foi de ansiedade a cada dia. Os homens perdiam
gradativamente a confiança e insistiam em abandonar a missão e por várias vezes
chegaram a ponto de se amotinar contra Colombo.
Cada
fenômeno diferente, a variação da agulha da bússola, por exemplo, era tomado
como um sinal de perigo. Até mesmo os ventos favoráveis inspiravam o receio de
não poder voltar.
Em
12 de outubro eles chegaram a uma das ilhas da Lucaias, onde eles permaneceram
até janeiro de 1493, descobrindo várias ilhas muito povoadas, entre elas Haiti
e Cuba. O nome geral dado de Ilhas Ocidentais lembra a idéia de Colombo de ter
chegado ao mar das Índias. Deixando uma pequena colônia no Haiti, ele voltou à
Espanha, levando as provas da riqueza do novo mundo. Ele recebeu dos reis
Fernando e Isabel as honras de conquistador.
Seis
meses depois, ele embarcou em nova viagem, desta vez com 17 navios e 1500
homens. Essa viagem durará até a primavera de 1496. Explorou o Haiti e visitou
a Jamaica e outras ilhas. Mas fatigado das disputas e dos ciúmes entre os novos
colonos, cuja maior preocupação era a busca de ouro, resolveu voltar à Espanha.
Na
sua terceira viagem em 1498, ele atingiu Trinidad e fez contato com o
continente americano junto à embocadura do rio Orenoco, que, com sua grande
largura o convenceu de que para o sul se estendia uma grande terra
desconhecida. Ao voltar ao Haiti, encontrou a colônia em grande confusão. Seus
inimigos tramaram sua prisão e acorrentado foi mandado para a Espanha. Ao
chegar, a visão do conquistador acorrentado provocou grande revolta e ele foi
de imediato solto.
Colombo
guardou as correntes que o prenderam como troféu das recompensas que recebeu
por seus serviços e mandou que elas fossem enterradas com ele.
Em
1503 fez a sua quarta e última viagem, quando descobriu a Martinica, chegou
novamente ao continente americano e contornou a costa de Honduras e o golfo de
Darien. O mau estado de seus navios forçou seu retorno. Doente, morreu em
abandono e pobre em 20 de maio de 1506.
Colombo
é o herói do descobrimento do Novo Mundo, o grande episódio na tarefa da
sociedade humana de conhecer o seu planeta. Não foi por acaso. O seu plano foi
preparado, pouco a pouco, por muitos trabalhadores, por mais de um século.
Cristóvão
Colombo é o símbolo da imensa multidão de nossos antepassados que prepararam o
maravilhoso romance da evolução da sociedade humana. Que foi feita pela
convergência das sucessivas gerações.
Estudos
recentes identificaram várias tentativas para conhecer e ocupar o planeta
humano. A própria corajosa e perseverante personalidade de Colombo e sua laboriosa
vida tem sido estudada com grande interesse.
O
resultado final desse esforço coletivo foi o progresso contínuo, feito de
avanços e recuos, erros e acertos, a sociedade escrevendo certo por linhas
tortas.
Assim
reconhecemos a imensa dívida para com nossos antepassados. E a história desses
trabalhos forma uma evolução gradual, longa, sinuosa, que mostra nossas
origens, desde a mais cruel animalidade até nossos dias.
Não
basta esse registro superficial. É necessário pesquisar com seriedade, nesse
caminhar, de onde viemos e para onde vamos. E determinar em que ponto de fato
estaremos hoje nessa grande jornada evolutiva, para continuarmos felizes em
nossa vida de eterna fraternidade universal.
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