08 DE AGOSTO. Madame
de La Fayette :
ação dos problemas íntimos pessoais na política
MADAME DE LA FAYETTE
Marie
Magdelaine Pioche de la Vergne ,
Condessa de La Fayette
(nasceu em 1634, morreu em 1693)
PRIMEIRA ROMANCISTA DO
REALISMO PSICOLÓGICO NA REVOLUÇÃO MENTAL MODERNA
GRANDE POETA
FLORENTINO FUNDADOR DA RENASCENÇA CLÁSSICA NA ITÁLIA
ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da
atividade
Nesta quarta semana a poesia dos
sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os
poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde
Tomás de Kempis e Bunyan até Byron e Shelley.
Ver em 0716 1 C O
QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
Madame
de La Fayette (1634-1693) nasceu em Paris em 1634. Seu nome de
família era Marie Magdelaine Pioche de la Vergne.
Destacava-se
por sua beleza e sua graça bem como pela forma atraente de suas maneiras e a
delicadeza de seu espírito. Logo ela se tornou uma das mais brilhantes damas
entre as brilhantes damas da sociedade que se reuniam no palácio de
Rambouillet.
Ela
casou-se em 1655 com o conde de La
Fayette , que faleceu pouco depois. Ela cercou-se de boas
amizades e se dedicou à literatura. Escreveu várias obras, entre elas a mais
importante sendo A PRINCESA DE CLEVES, publicada anonimamente em 1678. Madame
de La Fayette
morreu em 1693.
A
PRINCESA DE CLEVES forma um só volume de pequeno formato. Algumas personagens
são históricas. A cena se passa na corte do rei Henrique II. Madame de La Fayette é a própria
heroína e seu marido é o príncipe de Cleves. O trágico dilema da heroína, a
bela e vivaz Madame de Cleves, uma mulher a quem seu enamorado marido oferece a
felicidade. Mas a heroína é compelida a rejeitar a felicidade ao seu alcance. O
seu amor pelo Duque de Nemours se torna uma paixão mais forte do que qualquer
seu desejo de ter a felicidade.
O
romance, escrito há mais de trezentos anos, transporta o leitor para a corte do
rei de França nos anos 1600, no século 17. Nessa época, o amor está sempre
ligado à política e a política ligada ao amor. Ninguém poderia ficar distraído
e parado, porque cada um calculava como avançar, como elogiar, como servir ou
como agredir. Tristeza e preguiça eram impossíveis. Todos estavam empenhados na
intriga ou na busca do prazer.
A
narrativa mostra uma notavelmente bela e jovem mulher, educada em recato e
colocada na corte do rei na idade de casar. Casada como o príncipe de Cleves, é
muito feliz. O marido é poderoso, amoroso homem apaixonado por ela e desejoso
de que ela lhe correspondesse o seu amor.
No
entanto, a Madame de Cleves fica apaixonada pelo Duque de Nemours, um homem
nascido com todas as qualidades para a vida na corte e para conseguir todo o
sucesso.
Tudo
é descrito ao pormenor, cartas perdidas, mensagens sussurradas, auto censura
enquanto a Madame de Cleves procura vencer a forte tentação e tenta manter-se
uma dama virtuosa.
A
obsessão dessas personalidades parece exagerada, mas a autora coloca a
narrativa dentro de um amplo contexto histórico, que mostra a extraordinária
influência desses problemas íntimos pessoais sobre a política de governo do
reino. O livro dá uma visão em pormenor da vida pessoal do rei Henrique XIII,
de Mary Stuart, da rainha Elizabeth e de outras figuras. O que é feito pela
autora ao mostrar a Madame de Cleves e ao leitor a moralidade e o manejo
político de seu tempo e de sua classe.
O
enredo de A PRINCESA DE CLEVES parece ser um romance da desilusão com o amor.
Mas é essencialmente um estudo de realismo psicológico das personalidades
envolvidas, realizado com firmeza e habilidade.
O
romance é a primeira novela francesa e já tem o caráter moderno e bem francês
por fazer uma análise psicológica profunda. Ele mantém a pureza da linguagem e
mostra uma simplicidade clássica na construção da narrativa.
Ali
se vê o primeiro ensaio do romance moderno onde tudo poderia ser verdade, sendo
finamente estudado na própria natureza do drama. A obra mostra claramente um
contraste com as antigas narrativas de aventura e de romances da Idade Média.
Pertence
a Madame de La Fayette ,
então, o mérito de haver criado uma nova arte, um campo da cultura em que as
mulheres continuaram a ser excelentes. A PRINCESA DE CLEVES é, hoje,
considerada como um marco na história da literatura de autoria feminina.
È
necessário notar que A PRINCESA DE CLEVES é notável pela elevação do sentimento
e a delicadeza das observações, ao mesmo tempo em que se destaca pela graça e
pela pureza da linguagem.
A
obra é recomendada até hoje, para leitura, na qualidade de primeiro romance
francês com o estudo do caráter psicológico dos personagens.
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