21 DE MARÇO. João
Evangelista: do quarto evangelho no Novo Testamento.
JOÃO EVANGELISTA
Saint Jean
l’Evangelist, John the Evangelist
(viveu entre os anos 100 a 180 da nossa era)
AUTOR DO QUARTO
EVANGELHO FORMADOR DA DOUTRINA CRISTÃ
A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez
no mundo acontece nas cidades da Grécia
Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo.
Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e
que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como
Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo
explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas
forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a
primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda
fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da
filosofia.
Esta é a quarta semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga.
É consagrada à escola de Platão que prepara a doutrina da igreja cristã.
O chefe de semana é Platão no domingo que a
encerra.
Ver o Quadro 0226 C do Mês de
Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes
da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO.
NOSSOS
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade, preparando
a civilização do
futuro.
JOÃO EVANGELISTA (entre 100 a 180 dC) é o nome do autor do quarto evangelho do
Novo Testamento. A palavra evangelho do grego significa BOA NOVA, BOA NOTICIA,
em grego ev=bom, angel=mensagem.
O quarto evangelho é conhecido como O Evangelho segundo São João ou segundo João. Mais do que as outras
partes do Novo Testamento, esse
evangelho formou a doutrina cristã junto com as epístolas de Paulo de Tarso
para estabelecer uma religião católica. O nome católico quer dizer universal,
que é também para os gentios, para os não judeus, em oposição a uma religião nacional judaica, apenas aos
judeus, como queriam os cristãos judeus aliados a S. Pedro inimigo de Paulo.
A crença geralmente aceita diz que esse evangelho é de autoria de
São João, filho de Zebedeu, que também seria o autor do livro do Apocalípse.
Mas a crítica moderna chegou a conclusões diferentes dessa crença por razões
que parecem decisivas.
Em primeiro lugar o estilo do texto grego do Apocalipse difere
tanto do estilo do quarto evangelho que é difícil que os dois livros tenham
sido escritos pela mesma pessoa. Em segundo lugar, as matérias são ainda mais
divergentes: o Apocalipse é o mais judeu
de todos os livros do Novo Testamento, ao passo que o quarto evangelho é o menos ligado ao judaísmo para um só povo, do
que mais dirigido a uma doutrina católica, universal, para todos os povos.
O Apocalipse parece ter sido escrito no ano 68, antes da morte do
imperador Galba e quando a crença estava difundida por todo lugar que Nero
reapareceria, de acordo com Cap. XVII, 10, 11. Jerusalém ainda não estava sob
cerco e no livro é ardentemente expressada a convicção de que o povo judeu era
a nação central do mundo, com a qual todas as outras nações deveriam se unir.
Ao contrário, no quarto evangelho, não há nenhum traço de judaísmo. A luta entre os cristãos judaicos
de Jerusalém contra o universalismo ou catolicismo de São Paulo parece então ter
acabado há muito tempo. Na época nem em Jerusalém nem sobre o monte Gerizim há algum
privilégio de culto. Muitas das numerosas diferenças entre o quarto e os outros
três evangelhos indicam a mesma tendência para a universalidade ou catolicidade
pregada por Paulo de Tarso no texto atribuído a João Evangelista.
Ocorre o mesmo na notável diferença sobre o ponto de saber se
Jesus celebrou ou não a páscoa na noite anterior à sua crucificação. De acordo
com o quarto evangelho, segundo o qual a crucificação foi colocada um dia mais
cedo do que nos outros evangelhos, não foi feita a celebração da páscoa, já que
o próprio Jesus seria a realização do que a páscoa simbolizaria.
Enfim, não há prova evidente de que o quarto evangelho tenha sido
reconhecido pela Igreja Católica antes do meio ou do fim do segundo século de
nossa era. Há evidências de que ele teria sido escrito por um cristão de
Alexandria profundamente compenetrado do espírito
universalista dirigido para os
gentios como Paulo de Tarso e seus
discípulos compreendiam. A filosofia de Platão era familiar com esse
espírito de universalidade e o pensamento de Filon também. Pode-se ver que a
primeira frase do evangelho tem toda a alegoria ilimitada na interpretação das
escrituras sagradas criada por Filon e poderia ter sido escrita pela mão do
próprio filósofo judeu:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo
era Deus.”
AMANHÃ: As apologias de S.Justino.
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